Sequiosa trafega
a noite
Por entre meus dedos Ao tocar a incisiva curva
Diametral do vento numa
Hesitante canção cuja melodia
Não comoverá a aurora.
Aniquiladora é a tempestade
De silencio que se insinua À noite num epílogo que traz
A limpidez de um sonho dorido
Esmagado como a flor
Pela chuva de primavera.
Resta a convergência
Da esperança intacta
Apontada para a lonjura
Da manhã que se expande
Sob os polens solares
Quando prefaciarei o dia.
Eu me tecerei de sol
E te tocarei a mão
Aí, ouviremos a nossa música
Nítida e infinita.