sexta-feira, 22 de outubro de 2010

UMA BOLA DE PAPEL: PERIGO!

O papel é uma das maiores invenções já feitas pelo homem.
O papel foi inventado a 105 anos antes de Cristo, na China.
E os chineses mantiveram em segredo as técnicas de sua fabricação durante 500 anos.
Até que os japoneses, muito tempo depois, conseguiram produzir a primeira publicação, em 770 d.C.
Eles imprimiram a incrível quantidade de 1 milhão de exemplares de uma oração budista.

As grandes revoluções – cultural, industrial e tecnológica – tem no papel seu primeiro aliado e objeto impulsionador dos avanços alcançados pelo homem.
Todas as notáveis mudanças que perpassaram o mundo e influenciaram a vida humana e seu ritmo de conhecimento e desenvolvimento não teriam ocorrido jamais sem a descoberta do papel.

O papel é tão importante e indispensável quanto a escrita.

Mesmo fazendo uso das grandes tecnologias digitais e explorando assombrosamente as comunicações virtuais – marcas do seu mundo contemporâneo – ainda assim, o homem não pode prescindir daquela ínfima folinha de papel.
O papel alcançou sua escala de produção industrial faz tempo.
Com ele surgiram jornais, livros e revistas.
E iniciou-se o atual processo democratizado do qual fazemos parte, em que se difundiu a cultura generalizada, a ciência, a fé, o terror e a publicidade impressa.

Ninguém experimentaria a aventura de viver sem o papel.
Sobretudo em tempo de eleição quando ele cumpre destacado papel.
O papel é usado na confecção de santinhos e para imprimir documentos contento programas e propostas de candidatos.
Políticos lançam mão do papel para semear mentiras e difamar seus adversários.

O peso do papel é medido pela sua capacidade de espalhar boatos e disseminar mensagens de ódio em forma de panfletos falsos e apócrifos.
Mas o papel em si é tolerante, inofensivo e incapaz de ferir quem quer que seja.
Salvo um acidental corte aqui e outro ali no dedo de algum desatento usuário devido sua finíssima espessura.
Há ocasião no ambiente de trabalho que uma simples folha de papel assume o papel de verdadeira lâmina afiada.

Não se tinha, todavia, notícia no mundo, de alguém que tenha ido parar no hospital em virtude de um acidente sofrido por uma folha de papel.
Isso até o 20º dia do 10º mês do ano de 2010 do calendário cristão.
Naquela inesquecível e histórica quarta feira, na cidade do Rio de Janeiro, um homem aparentando boa saúde física e mental foi vítima de uma reles folha de papel tipo A4.

Uma folha de papel amassada em forma de bola.

Seu nome: José Serra.
Candidato à Presidência da República pelo PSDB.

Jogada contra sua cabeça, aquela levíssima e insignificante bolinha branca estarreceu o País inteiro ao causar um incomum e injustificado impacto – mais na mídia do que na própria cabeça do tucano.
Serra foi levado ao hospital e submetido a uma tomografia craniana.
O Jornal Nacional trouxe até um deus “especialistas”, Ricardo Molina, para demonstrar que Serra fora atingido por outro objeto.
Tudo para criar um fato novo capaz de incriminar sua adversária, Dilma Rousseff, depois que o feitiço do aborto virou contra o feiticeiro.

A questão do aborto tirou votos da Dilma e passou a tirá-los do Serra quando se descobriu que sua mulher, D. Mônica Serra, fizera um aborto no Chile.

A máscara do Serra caiu.
O Serra é uma farsa.
A Globo não conseguiu provar nada.
A Globo desaprendeu a arte de manipular o telespectador porque o brasileiro aprendeu a deixar de ser bobo.

 
O que se comprovou foi a fragilidade do caráter de um homem que simula situações de gravidade sofrida por agressões forjadas por sua própria campanha.
Serra foi a nocaute por uma bolinha de papel.

E com ele, sucumbe a ética e a credibilidade de uma imprensa parcial e partidária.
Que não cumpre com isenção o seu papel.
Triste papel – um papelão – esse do Serra e da imprensa brasileira.

















quarta-feira, 20 de outubro de 2010

BATEU O DESÂNIMO. O NÓ COMEÇOU APERTAR

Não deu mais para segurar o ânimo diante da vital necessidade de criar um escândalo e uma mentira diariamente.
O rosário das baixarias patrocinadas por José Serra perdeu muitas contas.
Aí, nem a Folha conseguiu mais fingir que tudo o que foi dito contra Dilma era verdadeiro.
Porque não era.
E não é.

Então, veio nesta quarta feira, a manchete: “Campanha de Serra vê perda de fôlego e traça mudanças”.
É a sumária confissão de perda da fé.
Não da fé numa causa porque o Serra nunca teve causa alguma a defender.
Nem projeto.

A campanha de Serra, mais que vê, sente lhe faltar o fôlego.
É que a Dilma encontrou a ponto da corda.
Era o que faltava para enforcar o Serra.

Aí, a Dilma deu o nó.
E puxou.
E continua puxando.
Devagarinho.
Para o Serra ir morrendo aos poucos.
Sem o fôlego que sua campanha agora vê lhe faltar.
O nome da corda que Dilma lançou mão para laçar o pescoço do Serra chama-se Paulo Preto.
E o nó que a petista atou para apertar paulatinamente atende pelo nome de aborto... da Mônica Serra.
Um nó tão bem dado que literalmente deixou sem Fala, no debate da Band, um Serra que até então imaginava haver um deus dentro dele.

Um serra ególatra.
O Paulo Preto é o ponto parágrafo nas más traçadas linhas da candidatura tucana.

Por seu turno, sua mulher, com seu aborto no exílio chileno, põe o ponto final à arrogância e ao cinismo de um candidato tão sem escrúpulos quanto sem propostas.
Só resta ao serra apelar para as mudanças.
Que haverão de ser novas baixarias e mentiras contra Dilma Rousseff.

Até que o Ibope desta noite no Jornal Nacional jogue a pá de cal que ainda resta na campanha e no ânimo – agora mais desanimada do que nunca – dos tucanos.
O Ibope confirmará o crescimento de Dilma.

José Serra volta a sua especialidade: à velha e habitual prática de cair.
Clique aqui para ler a notícia do site da Folha.






segunda-feira, 18 de outubro de 2010

SERRA É UM EGÓLATRA. ELE SÓ NÃO CONTAVA COM O ABORTO DA MULHER

O ex-governador do Pará, Almir Gabriel é um dos fundadores do PSDB.
Almir foi vice na chapa de Mário Covas quando este concorreu à Presidência da República.
Vem de Almir Gabriel uma das definições mais sofisticadas - e assertivas até agora - atribuída a José Serra.

Serra é um ególatra.
Aquele sujeito que se autocultua.
Que imagina existir um deus dentro dele.
E o deus-serra se julga maior que tudo e o melhor de todos.
José Serra é a representação do “euteísmo”: ele é o próprio Deus.
O deus sou eu.

A campanha presidencial de 2010 caminha para se consolidar como a mais rasteira e emporcalhada de todos os tempos.
No leito dessa vala pútrefa corre o ácido chorume que Serra hipócrita e criminosamente deixou derramar.
Num atentado aos valores morais, aos bons costumes e à democracia.
Tudo acortadamente pelos interesses de uma imprensa que lhe dá guarida e dissimuladamente prega o golpe contra o Governo Lula.

Serra introduziu um tema da mais alta complexidade como o aborto à campanha e, com a ajuda da Mônica e da Marina, trouxe a eleição para o segundo turno.
Somente para o Brasil saber que a mulher dele fez um aborto.
Depois que a Mônica Allende disse que Dilma era a favor do aborto e da morte de criancinhas, a cortina de fumaça do Serra caiu.
E, juntamente com ela, a máscara da Igreja Católica.
Voltamos aos tempos da Inquisição.

Dilma Rousseff foi inquirida, ultrajada e julgada no coliseu midiático que se formou para jogá-la às feras e roubar-lhe uma eleição praticamente ganha por um crime que jamais cometeu.

Se alguém deveria passar por tudo que Dilma passou esse alguém seria a mulher do Serra.
Mônica Serra foi quem abortou.
Dilma, não.

Agora, que os atores tucanos se viram nus e desmascarados no palco da hipocrisia, o Fernando Henrique Cardoso vem dizer que o aborto não deve ser tratado como tema eleitoral.
Talvez seja este também o que pensa a CNBB.

A CNBB se vestiu com um manto amarelo e azul.
E se revestiu, pelo silêncio e parcialidade, de um cinismo vil e afrontoso ao recomendar o voto em quem defende a vida.
Serra seria, até aqui, o candidato a cujos valores eram atribuídos - aos olhos da santa e imaculada igreja.

Já que o bispo de Guarulhos não se manifesta, o mínimo que a CNBB deveria fazer era dizer de uma vez por todas que tem predileção pelo marido que escondeu o aborto da mulher.
E não vale a desculpa de que ela abortou porque estava no Chile.
Quem aborta no Chile aborta no Brasil e até na China.
Por que será que a Igreja não se manifesta a respeito do aborto da mulher do Serra?
Ou explica quem pagou a conta dos panfletos apreendidos pelo Polícia Federal contra Dilma, impressos em uma gráfica cuja dona é filiada ao PSDB?

A água que passa debaixo da ponte do Serra toldou.
O rio do Serra vai virar pântano.
Com o aborto da Mônica e o Caixa 2 do Paulo Preto o caldo do Serra entornou.
O povo não é bobo.
O Serra não engana mais ninguém.
E a Dilma encontrou o nó que aperta a goela do Serra.

O deus do Serra ególatra não é tão portentoso assim.
Ele falhou.
E falhou feio, diga-se de passagem.

sábado, 16 de outubro de 2010

QUEBRAR O SILÊNCIO E SAIR DA INÉRCIA PARA A LUTA

VERMELHO: 'Se nos calarmos, até as pedras gritarão', dizem religiosos pró-Dilma

A exemplo de Dilma - que divulgou ontem uma carta para encerrar ‘a campanha de calúnias’ contra ela -, um grupo de 168 pessoas, na maioria religiosos, além de professores, intelectuais e artistas, também divulgou nesta sexta-feira (15) manifesto contra boatos, pela verdade e a favor da candidatura da petista.

No documento o grupo afirma: “Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff e as razões que nos levam a tomar esta atitude”.

O texto também afirma que uma vitória de Serra significaria “recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira”. Diz ainda que as “gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido”.

Sete bispos encabeçam a lista dos que assinam o documento: dom Thomas Balduino, bispo emérito de Goiás Velho (GO); dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Felix do Araguaia (MT); dom Demetrio Valentini, bispo de Jales (SP); dom Luiz Eccel, bispo de Caçador (SC); dom Antonio Possamai, bispo emérito de Rondônia; dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Viana (MA); e dom Xavier Gilles, bispo emérito de Viana (MA). Leia abaixo:

“Se nos calarmos, até as pedras gritarão!”

Manifesto de Cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da Vida em Abundância!

Somos homens e mulheres, ministros, ministras, agentes de pastoral, teólogos/as, padres, pastores e pastoras, intelectuais e militantes sociais, membros de diferentes Igrejas cristãs, movidos/as pela fidelidade à verdade, vimos a público declarar:

1. Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como “contrárias à moral”.

A própria candidata negou a veracidade destas afirmações e, ao contrário, se reuniu com lideranças das Igrejas em um diálogo positivo e aberto. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: “se nos calarmos, até as pedras gritarão!” (Lc 19, 40).

2. Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff e as razões que nos levam a tomar esta atitude:

3. Consideramos que, para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira.

4. Consideramos que o direito à Vida seja a mais profunda e bela das manifestações das pessoas que acreditam em Deus, pois somos à sua Imagem e Semelhança. Portanto, defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam. Por isso, um governo justo oferece sua opção preferencial às pessoas empobrecidas, injustiçadas, perseguidas e caluniadas, conforme a proclamação de Jesus na montanha (Cf. Mt 5, 1- 12).

5. Acreditamos que o projeto divino para este mundo foi anunciado através das palavras e ações de Jesus Cristo. Este projeto não se esgota em nenhum regime de governo e não se reduz apenas a uma melhor organização social e política da sociedade. Entretanto, quando oramos “venha o teu reino”, cremos que ele virá, não apenas de forma espiritualista e restrito aos corações, mas, principalmente na transformação das estruturas sociais e políticas deste mundo.

6. Sabemos que as grandes transformações da sociedade se darão principalmente através das conquistas sociais, políticas e ecológicas, feitas pelo povo organizado e não apenas pelo beneplácito de um governante mais aberto/a ou mais sensível ao povo. Temos críticas a alguns aspectos e algumas políticas do governo atual que Dilma promete continuar. Motivo do voto alternativo de muitos companheiros e companheiras.

Entretanto, por experiência, constatamos: não é a mesma coisa ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma manifestação popular, mande a polícia reprimir. Neste sentido, tanto no governo federal, como nos estados, as gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade para com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido.

7. Sabemos de pessoas que se dizem religiosas, e que cometem atrocidades contra crianças, por isso, ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo, por isso, não nos interessa se tal candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer “Senhor, Senhor”, mas realizar a vontade de Deus, ou seja, o projeto divino.

Esperamos que Dilma continue a feliz política externa do presidente Lula, principalmente no projeto da nossa fundamental integração com os países irmãos da América Latina e na solidariedade aos países africanos, com os quais o Brasil tem uma grande dívida moral e uma longa história em comum.

A integração com os movimentos populares emergentes em vários países do continente nos levará a caminharmos para novos e decisivos passos de justiça, igualdade social e cuidado com a natureza, em todas as suas dimensões. Entendemos que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano – como Marina Silva defende – só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido. No momento atual, Dilma Rousseff representa este projeto que, mesmo com obstáculos, foi iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula. É isto que está em jogo neste segundo turno das eleições de 2010.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

SE BOTAR O VELHO LULA DE GUERRA NA PRPOGANDA DA DILMA NEM O ABORTO SALVA O SERRA

Convém não alimentar ilusões.
Tampouco tentar tampar a sol com a peneira.
A estratégia do golpe montado pela cúpula demotucana e a mídia aliada surtiu o efeito (por eles) esperado.
Enquanto compete à campanha governista a árdua tarefa de queimar o que lhe sobrou até aqui de neurônios para descobrir e, se possível corrigir, os erros cometidos.

Presumo que o tempo seja, agora, o maior adversário de Dilma Rousseff.
Tempo somado à incômoda e inexplicável letargia de seus marqueteiros.
Dilma não reage, nem de longe, aos ataques e mentiras de seu adversário.
O programa eleitoral de Dilma se perdeu no mesmismo e numa repetição de falas que não convencem nem mais o Eduardo Cardozo.
Ao passo que o de Serra cresceu na produção e em qualidade.
Está, de fato, mais bonito, perspicaz e alegre sempre com “tiradas” criativas que servem para “cutucar” a adversária.

Verdade seja dita.
O Serra, mesmo mentindo, atacando e falseando tem sido incisivo e convincente.
Trocando em miúdos: o Serra tem sido competente naquilo que se propôs a fazer.
Ao passo que sua concorrente...

Bom, a Dilma optou por dormir e ruminar enfadonhamente programas ultrapassados.
Da série “Não Vale a Pena Ver De Novo”.

Para se ter uma idéia, Dilma e Lula repetiram no programa de hoje o mesmo blá-blá que falaram no de ontem, que por sua vez não foi diferente do que disseram a cada dois dias durante o mês de setembro.
Assim fica evidente que não dá.
Evidente fica também que a campanha de Dilma parou no tempo.

O que se vê é um Lula limitado e morno que não empolga, não inflama.
O Lula valente, apaixonante e iluminado estacionou na campanha de 2006.
E não embarcou no horário eleitoral de sua pupila.
Se resolver fazê-lo tem tudo para mudar o rumo da locomotiva que conduz o próximo ocupante do Palácio por ele ora ocupado e que o sucederá.

Mais importante do que acompanhar Dilma nos comícios País afora, é sua presença no palanque eletrônico do horário gratuito.
Pouco importa se Lula fala para 20 mil dilmistas em Ananindeua, no Pará, e nada diz para milhões de pessoas - que vão desde eleitores indecisos a serristas nem tão convictos – no Brasil inteiro na propaganda gratuita.
O Serra não faz comício, mesmo porque não precisa.
Ele tem o horário eleitoral e o palanque midiático: tevê, jornais e revistas, sem contar com os púlpitos.

A mídia faz a campanha do Serra e desfaz a da Dilma.
Diária e sistematicamente.

A Dilma só conta com o horário eleitoral e sem o Lula o que ela tem é quase nada.
A despeito do desempenho da candidatura neoliberal, a campanha tucana cresceu mais pelos deméritos de Dilma, que por méritos de Serra nesse segundo turno.
A decisão pela vitória da candidata da situação está na mão – ou na cabeça dura – de quem a coordena.

Não são o Paulo Preto e o Eduardo Jorge nem a Erenice ou o aborto.
Nada nem ninguém é capaz de protagonizar um fato novo e relevante até o dia 31.

A não ser que atenda pelo nome de Lula.
O Lula sem dedo e língua presa.
O Lula de Garanhuns, o retirante nordestino amado, admirado e devotamente respeitado pela esmagadora maioria dos brasileiros de bem.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A CRIMINOSA HIPOCRISIA E OFENSIVA DA DIREITA

No mínimo causa estranheza o esforço da direita em manter aberta há duas semanas a mesma agenda.
O aborto continua na pauta do candidato da oposição e, evidentemente, da mídia que lhe ancora.

Numa junção do escândalo Berenice com o aborto, a direita operou todos os seus mecanismos para que o estrago na candidatura Dilma redundasse numa catástrofe.
Compete reconhecer, para ser franco, que tal objetivo só não foi efetivamente atingido graças tratar-se o seu candidato de uma inexorável carroça ruim de subida e que jamais ultrapassou a casa dos trinta pontos.

Os métodos espúrios e rasteiros da campanha de José Serra foi capaz de tirar os votos que dariam a vitória da candidata governista ainda no primeiro turno.
Ocorre que o eleitor que não votou em Dilma rejeitou também o Serra.
E optou pela Marina Silva.
Que agora é bajulada pelo Serra e paparicada pela mídia.
A Marina vai acabar caindo no colo do Serra.

Mas os 20 milhões dos votos dela, não.
Como um travesseiro de penas rasgado, eles se dispersarão pelo ar.
Poucas, pouquíssimas serão recuperadas.

A Marina nem ninguém no PV tem autoridade ou liderança para fazer com que seus filiados e eleitores votem quer em Serra, quer em Dilma.

Embora não encontre patamares, pelo menos no que se refere a interferência nos índices de pesquisas que lhe sejam favoráveis, a baixaria do Serra bateu no teto.
Isso até que outra desponte no sempre nebuloso e cinzento horizonte da campanha demotucana.

O blogueiro e colunista da Folha, Jozias de Sousa deu evidentes sinais de que a próxima bala (já não se sabe mais de quê) do Serra é acusar Dilma através de uma ação fraudulenta de ter tido uma amante com a qual viveu por quinze anos.
Na ação, a tal amante pediria certa quantia em dinheiro a título de idenização.

Uma monstruosidade, algo irracionalmente dito e irresponsavelmente jogado em uma campanha onde se cogita o mais alto cargo da República que só poderia encontrar ressonância numa cabeça doente como a de José Serra, que para chegar à Presidência venderoa até a alma.

O Serra não tem escrúpulos, mesmo.
Dá asco sua cara de gente do bem agora posando de vítima ante o que acusa ser um ataque a sua família.

Dilma se tornou a raivosa.
A descontrolada.
Já Serra, o controlado e sereno.

Até as pedras sabem que Serra não passa de um brucutu dissimulado que ataca nos bastidores, que envereda pelas valas fétidas e obscuras do submundo da baixaria mais torpe.
Seu bom-mocismo é uma ofensa aos padrões éticos e aos bons costumes.
Ah! mas a Dilma atacou a família dele.
E isso não é bom, segundo brilhantemente disse o Serra.
O que se conclui que a Dilma foi um desastre no debate da Band.

Tão desastrosa que não repetiu mais seus melhores momentos no programa desta terça.
Segundo a Folha, integrantes da campanha petista reconheceram o fracasso da estratégia de Dilma.
Defender-se dos ataques, das mentiras e baixarias do Serra foi um erro indesculpável para Dilma.
Lhe renderam apenas a perda de alguns milhares de votinhos.

Dilma teria que ter dito que a mulher do Serra tem razão: ela come mesmo criancinha, é o que a Folha tenta sugerir.

Para a Folha, integrantes da campanha de Dilma entendem que ela tem a obrigação que afirmar que é a favor do aborto.
Só o Serra – o santarrão da vez – é pela vida e pela moral.
Pelo visto, a Dilma vai acabar pedindo desculpas ao Serra.
Enquanto o Serra a estraçalha no submundo da internet.

Ou alguém o faz por ele nos púlpitos ultraconservadores e maculados das igrejas.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

PERGUNTE AO SERRA QUE ELE NÃO RESPONDE

As perguntas que Dilma fez ao Serra no debate da Band ficaram sem respostas.
Absolutamente todas.
E assim permanecerão.
Para sempre.
A não ser que que o Serra as debata direto do ostracismo no qual habitará em breve - ele o Arthur Virgílio, o Tasso, a Marina com seu Gabeira - e outros "vultos" da direita que se transformarão em vultos do passado e entrarão para o esquecimento.

O Serra é ocado por dentro.
Um talo de bambu escuro internamente.
O Serra é um vácuo, um buraco negro que se autodestroi e se consome interiormente.
Uma espécie de aspirador de pó em cujo interior nada existe além de partículas de sujeira.
Um poço vazio de conteúdo e idéias.

Parece que a Dilma andou lendo o Conversa Afiada e a Carta Capital antes do debate.
A Dilma foi a Dilma.
Partiu pra cima do Serra como deveria tê-lo feito desde o primeiro turno.
Elevou-o às cordas, jogando em seu colo a privataria tucana.
A tentativa de vender a Petrobras.
E de mudar seu nome para Petrobrax.
Para torná-la mais palatável aos olhares estrangeiros.
O seu tresloucado empenho de grande privatista, reconhecido pelo próprio padrinho, o FHC.

Serra não se deu ao trabalho de defender suas idéias simplesmente porque não as tem.
Se trivesse se defendido, Serra haveria de defender também seus amigos, assemelhados e assessores mais próximos.
Como o Ricardo Sérgio, o David Zylberstajn, o Preciado, e o Mendonça de Barros.

O Serra preferiu se travestir do “Serra do bem” e acabou se dando mal.
Mal como ficou a própria mulher, a chilena Mônica Allende, que disse em plena Copacabana que a Dilma come criancinhas.

O Serra abandonou na arena da covardia a sua Mônica.
Oh! Serra.
Que infidelidade, né?

Como diz o Paulo Henrique Amorim, se ele não defende a própria mulher o que dizer da mulher dos outros?

A tentativa de colar em Dilma a pecha de agressiva e grosseira não colou.
Logo o Serra se autovitimar e acusar alguém de grosseiro?
Foi como reconhecer a força da adversária e sua própria inoperância.

Demagogicamente, Serra demonstrou-se surpreso pelo tom agressivo de Dilma, por ela ter assimilado tão bem o treinamento petista.
E a imprensa sonoramente lhe fez coro, inclusive a emissora que promoveu o debate.
"O debate teve um tom agrassivo".
"A candidata petista partiu para o ataque."

Mal sabe o Serra – e a mídia - que se a Dilma tivesse sido a Dilma desde o início da campanha aquele debate não teria acontecido.

Na verdade, Serra esperava a Dilma do primeiro turno quando foi “amarrada” pelas regras dos debates e, como se não bastasse, pentelhada pelo folclórico Plínio e a insossa Marina.
Tudo para beneficiar o candidato oficial da imprensa de direita.

Não tenho como afirmar que ou se o Lula “liberou” a Dilma.
Mas que ela bateu no Serra, isso ela bateu.

Até a Folha acusou o golpe.











domingo, 10 de outubro de 2010

JOSIAS DE SOUZA: SERRA SUCUMBE AO ATRASO BEATO

Aborto: Serra silencia sobre ato que baixou na Saúde

Na propaganda eleitoral, o presidenciável José Serra é apresentado como “o melhor ministro da Saúde” que o Brasil já teve.

Entre os feitos de Serra, são realçados: o programa de combate à Aids e a conversão dos remédios genéricos em realiadade.

A campanha tucana esquiva-se de mencionar, porém, uma outra realização do ministro Serra.

Em 1998, sob Fernando Henrique Cardoso, Serra assinou portaria disciplinando o socorro, no SUS, a mulheres vítimas de agressões sexuais.

No item de número seis, a portaria trata do “atendimento à mulher com gravidez decorrente de estupro”. Anota o texto:

“Esse atendimento deverá ser dado a mulheres que foram estupradas, engravidaram e solicitam a interrupção da gravidez aos serviços públicos de saúde”.

Ou seja, como ministro da Saúde, Serra ditou as normas para a realização de abortos nos hospitais do SUS. A providência foi necessária.

O Código Penal brasileiro autoriza o aborto em dois casos: quando a gravidez decorre de estupro ou quando há risco de morte da gestante.

Na prática, porém, as mulheres tinham dificuldade para fazer valer o seu direito.

Apenas oito cidades dispunham de serviço hospitalar público voltado à interrupção da gravidez nos casos previstos em lei. Daí a necessidade da portaria.

Serra deveria orgulhar-se do ato que editou. Mas a conveniência eleitoral o inibe de propagandeá-lo.

Na pele de candidato, Serra prefere apresentar-se como alguém "que sempre condenou o aborto e defendeu a vida".

"Eu quero ser um presidente com postura, equilíbrio e que defenda os valores da família brasileira”, disse, no reinício da propaganda de TV, nesta sexta (8).

Decidido a fustigar a rival Dilma Rousseff, associada à defesa da legalização do aborto, Serra vincula-se mais ao obscurantismo religioso do que ao passado de ministro.

Em 1998, a portaria de Serra gerou uma enorme grita de católicos e evangélicos. O Serra de então deu de ombros.

Severino 'Mensalinho' Cavalcanti (PP-PE), à época deputado federal, tentou barrar a portaria de Serra na Câmara.

Enfrentou a resistência da bancada feminina, liderada pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), hoje fervorosa aliada de Dilma.

Em essência, o tema do aborto mais aproxima do que separa Serra e Dilma. Ambos consideram –ou consideravam— que a encrenca é caso de saúde pública.

Mais: a dupla acha –ou achava— que não cabe à Igreja ditar o comportamento do Estado nessa matéria.

Rendido à (i)lógica eleitoral, Serra como que sucumbe ao atraso beato. Chega a equivar-se de enaltecer uma iniciativa da qual deveria se orgulhar.


Josias de Souza

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A GUERRA FUNDAMENTALISTA E REACIONÁRIA DE JOSÉ SERRA

Qualquer elemento relativamente desavisado a respeito do que se passa no Brasil, diria, ao ver a cobertura insidiosa da mídia e o horário gratuito do candidato à Presidência do PSDB que vivemos a preparação de uma guerra.

Na verdade a guerra já foi deflagrada.
Ela está em pleno curso.

Quem teve a doce ilusão de que a posição ultra-defensiva adotada por Dilma Rousseff ante aos ataques injuriosos de seus adversários no 1º turno da eleição presidencial a beneficiaria teve que provar do amargo cálice da decepção.
Não tivesse lhe faltado ousadia para contrapor-seàos movimentos ignomínios de seus aadversários, possivelmente a batalha teria tido um final em 3 de outubro.

Numa batalha nem o recuo como também a defesa estática não são estratégias suficientes para conter a fúria do adversário e salvar a tropa.

Time que joga no seu campo à espera do contra-ataque corre o risco de um revés sem que possa esboçar reação antes da paralisação final do cronômetro.

Assusta-me perceber que Dilma é esse time que parou para ver o adversário jogar.
E achou que, no decorrer da partida, num lance magistral faria o gol da vitória.
Não foi o que se viu.
Porque o jogo jogado não foi uma partida de futebol.
Antes, foi uma batalha.
Uma batalha onde a baixaria, a injúria e a infâmia campearam, galoparam.

Tivemos nas últimas semanas do primeiro turno uma guerra suja, reacionária e fratricida contra a mulher, o ser humano Dilma Rousseff e sua candidatura.
Algo inimaginável e despropositadamente levado a cabo por interesses que não são os de um Brasil livre e democrático.

É certo que o Serra é dissimulado e demagógico em demasia.
Um sujeito rasteiro sem nem um escrúpulo, de índole e caráter altamente duvidosos e alevadamente perigoso quando se trata de trucidar adversários.
Mas ele foi além dos limites do ódio.
Ele se superou.

O Serra mocinho, o “Serrado do bem” que sugere ser no horário eleitoral nem de longe é o “Serra do mau” que personifica o ódio que emana em avassaladoras doses de denuncismos constantes de panfletos apócrifos jorradas do comitê tucano que invadem as páginas virtuais e se derramam na mídia aliada e parceira.

José Serra é o odioso e notório patrocinador dos mais vergonhosos e injustificáveis crimes que já se praticaram contra um candidato na história política-eleitoral nesse País desde a República.

Toda mentira saída de sua boca ganha contornos de incontestável verdade e merece relevância na grande imprensa.

Imprensa que agride a ética jornalística e atropela olimpicamente o princípio da democracia e o sentimento de liberdade e imparcialidade na divulgação da notícia.

Porque ela despudoradamente se quer aumenta, mas inventa a notícia.
Para prejudicar Dilma, a mídia nociva não se contém em distorcer e, quando lhe é conveniente, sonega, suprime e nega ao cidadão o direito à informação.
O fundamentalismo religioso pautado no que deveria ser uma questão de Estado e levado a sério como a bioética vulgarizou-se como mote de campanha preconceituosa numa afronta à moral que desvirtua perigosamente o sentido da vida, banalizando-a.

Para a deputada distrital eleita pelo PT de Brasília, campanha que abusa do sentimento religioso não é campanha, é cruzada.

Dilma foi posta nesta guerra suja e covarde, onde sequer sua fé no nome de Cristo foi preservada.
Dilma se vê hoje numa encruzilhada.

Ou reage indo para o ataque ou seus adversários lhe tomarão as armas e lhe farão refém da história.

Uma história marcada por uma guerra que poderá vir a ser perdida por quem fez da trincheira uma eterna retaguarda.
Se não partir para o ataque Dilma estará entrando na tática sórdida de Serra.

Ela não tem do que ter medo.























SERRA, DE ENGENHEIIRO E ECONOMISTA À "AMBIENTALISTA" - NENHUMA NEM OUTRA COISA

Do blog Os Amigos do Presidente Lula: José Serra diz que é "ambientalista desde criancinha", mas vetou fim de sacolas plásticas

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), vetou no dia 27 de julho de 2009 dois projetos de lei que visavam obrigar os estabelecimentos comerciais do estado a utilizarem sacolas plásticas oxibiodegradáveis.
Ele seguiu os passos de seu aliado político, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Kassab justificou o veto a projeto parecido, em Abril, dizendo que seriam necessárias mais pesquisas e avaliações sobre alternativas.
No veto Serra seguiu orientação da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, alegando que o assunto é de competência federal, portanto a Assembléia Legislativa do estado não poderia legislar sobre o assunto.

Segundo informações do próprio secretário estadual do meio ambiente Xico Graziano e um dos cordenadores da campanha de José Serra, o plástico oriundo de sacolas distribuídas pelo comércio no lixo representa 18% do lixo de São Paulo. Por exemplo, na cidade de São Paulo que gera 15.000 toneladas de lixo por dia nada menos que 2.700 toneladas viriam de sacolas de plástico.
A posição de Graziano foi secundada pelo Instituto Plastivida, que representa os interesses das produtoras de plásticos no Brasil e que em seu site deu destaque ao veto de Serra.

LOBBY

Em seu artigo Grazziano politizou o assunto indiretamente, acusando os deputados petistas, autores dos projetos, de fazer lobby a favor de empresas que produziriam o aditivo ao plástico oxibiodegradável.Autor de um dos projetos em questão, o deputado estadual Sebastião Almeida (PT) acusou o próprio Graziano de fazer lobby a favor da indústria do plástico em artigo também publicado na Folha de S.Paulo no dia 1 de agosto.
Almeida argumentou que leis parecidas estão sendo debatidas em outros estados e também projetos de lei federal em debate no congresso nacional. Ainda, além dos aditivos não serem tão nocivos para o meio ambiente, a degradação mais rápida do plástico nos lixões ajudaria também a acelerar a decomposição do lixo lá.Ele ainda infere que pesquisadores que dizem serem contrários "ao fim das sacolas plásticas" são em sua maior parte patrocinados pelas empresas da área petroquímica.
(Revista da sustentabilidade)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

COISAS QUE SÓ A POLÍTICA EXPLICA

Em situações inversas, mas parecidas, as eleições do dia 3 de outubro para o governo do Pará e presidencial foram generosas em apresentar surpresas.
Se no plano nacional a prorrogação da eleição em um segundo turno foi comemorada pelos tucanos e aliados, no Pará estes, a contragosto, ruminaram, mas tiveram que engolir o resultado obtido pela candidata do PT, a governadora Ana Júlia Carepa.

Ela ressurgiu de um cenário obscurecido pelo que parecia ser uma derrota inadiável logo no primeiro tempo da partida para o que está sendo considerada uma nova eleição.
A vitória de seu adversário Simão Jatene teve gosto de derrota.
Para ele.
A linha tênue que o separa de Ana Júlia é de algo em torno de 450 mil votos.

Quase nada.

Se levarmos em conta as alianças que Ana Júlia poderá fazer.
Sobretudo com o PMDB de Jader Barbalho, cujo candidato a Governador, Domingos Juvenil, teve 10,79% dos votos válidos.
O Psol conquistou 3% do eleitorado paraense.

É evidente que o PSDB também tem o direito de tentar atrair o apoio de Jader à candidatura de Jatene para a disputa de 31 de outubro.

Mesmo porque até o próprio senador tucano eleito, Flexa Ribeiro, fez dobradinha com o cacique peemedebista.
E, igualmente Ana Júlia, pedia votos para Jader.

Jader, um ficha suja!

Hoje com sua candidatura cassada.
Nessa o Flexa foi astuto, argucioso. Enquanto o Jader...

Coisas que só a política explica.
Nada disso, todavia, quer dizer que os acordos possam estar definidos.
Seria precipitado afirmar que Jader penderá para a candidata que tem o apoio do Presidente Lula ou ficará com quem lhe faz oposição.
Cabe lembrar que Michel Temer é vice na chapa de Dilma Rousseff.
Dilma saiu na frente de Serra com 48% dos votos no Pará.

Temer é do PMDB – partido que fez a segunda bancada na Câmara – amigo e companheiro de Jader.
O que não significa que o fisiologismo do PMDB não possa nos deixar na mão.
E Jader vá de mala e cuia se aninhar com Simão Jatene.
Mas essa é uma possibilidade um tanto quanto improvável.

Não acredito que isso decidiria a eleição em favor da governadora assim como a decisão de Marina Silva não seria fator determinante na eleição para o Planalto – mas convém lembrar que Jader não é Marina e o PMBB não é o PV.
Jader ainda mantém enorme poder de liderança e prestígio sobre os peemedebistas.

O PMDB no Pará - queiram ou não, tem a cara e a voz de Jader.
Jader é o PMDB.
O PMDB é o Jader.

Tudo o que for dito não será nada além de meras especulações.
Como o resultado da votação de 3 de outubro, as eleições para o segundo turno ainda trarão muitas surpresas.
Como uma nova eleição para Senador.

Sem Jader e Paulo Rocha, evidentemente.
Uma janela salavadora que se abriria para o deputado derrotado Gerson Peres.