sexta-feira, 1 de outubro de 2010

SOLIDÃO E MELANCOLIA DE SERRA EM UM FINAL PREVISÍVEL



Serra é um solitário sem solidários.
O Aécio com o Anastasia nunca o quiseram lá pelas minas.
Até FHC – o criador – virou as costas a sua criatura.
Presumo que Serra jamais esteve em Manaus junto do Arthur Virgílio.
Caso esteja equivocado, então isso explicaria seu provável e amazônico naufrágio nas águas turvas do Rio Negro empurrado pela comunista Vanessa.

O único que, por alguma complacência e senso de esportividade deu guarida ao “grande feitor de tudo o quanto” – Serra foi quem descobriu o fogo e a pólvora, o big-bang, a penicilina e o eixo da Terra através do qual sua desconexa imaginação gira – foi seu afilhado Geraldo Alckmin.
E nem isso o livrou da humilhação de sofrer a maior derrota no quintal da própria casa que é São Paulo.

O blogueiro e colunista da Folha, Josias de Souza, desapontado com o pífio desempenho do candidato midiático no debate da Globo, declara que Serra perdeu para sua própria mediocridade.

O Serra é assim.
Como ele mesmo se autodescreve.
Um ser inexpressivo, medíocre, arrogante e autoritário travestido de inteligente e profundamente capaz.
Aquele que se “preparou para ser presidente”.
E que se esqueceu de combinar isto com os brasileiros.

O Serra não promete.
Ele anuncia. Ele faz.

O Serra que se diz professor de Economia ensina que não sabe nada de Português muito menos de tempos verbais.
Ele não sai do verbo “fazer” conjugado na 1ª pessoa do singular:

Eu fiz a lei.
Eu fiz a emenda da lei.
Eu fiz o genérico.
Eu fiz o mutirão da dengue, da catarata e das gengivas...
Eu fiz o FAT, a Fiat com a Ferrari do schumacher.
Eu fiz a Torre Eiffel.
Eu matei Saddam Hussein, prendi o Bin Laden e o entreguei ao Obma.

Serra fez, Serra faz tudo.
Fez tudo sozinho. Sem a intervenção ou colaboração de parceiros nem aliados.

Falta ao Serra anunciar que sua barca está agora mais vazia.
Um enorme fardo e incômodo peso atirou-se ao mar e ao que tudo indica, foi salvo pelo velho pescador, Plínio.

O paladino da moral Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, abandonou a nau tucana.
Ele “liberou” os petebistas a escolherem livremente o presidente da república.

Atitude desnecessária esta.
A maioria absoluta dos congressistas já apoiava a candidatura Dilma Rousseff.

O Roberto Jefferson não tem autoridade moral para proibir nem liberar ninguém para o que quer que seja.
Muito menos para votar na Dilma.
Jefferson explodiu de revolta e desapontamento ante a fragilidade e desmotivação de Serra no debate global.

Afinal, ali se armou o grande ring onde Serra poria à nocaute a candidata oficial.
Trucidar Dilma, liquidá-la e humilhá-la diante da maior audiência das Tvs abertas brasileira seria mais que uma obrigação do candidato “mais preparado”.
Jefferson e mais alguns comparsas que mal chega a lotar uma Kombi sucumbiram ao desastre que é Serra.

Se 3 de outubro fosse terça feira, o Serra correria sérios riscos de terminar esta malograda campanha solitariamente isolado e falando só.

Apenas ele e suas Mônica e Verônicas.

É de dar dó.

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