sexta-feira, 15 de outubro de 2010

SE BOTAR O VELHO LULA DE GUERRA NA PRPOGANDA DA DILMA NEM O ABORTO SALVA O SERRA

Convém não alimentar ilusões.
Tampouco tentar tampar a sol com a peneira.
A estratégia do golpe montado pela cúpula demotucana e a mídia aliada surtiu o efeito (por eles) esperado.
Enquanto compete à campanha governista a árdua tarefa de queimar o que lhe sobrou até aqui de neurônios para descobrir e, se possível corrigir, os erros cometidos.

Presumo que o tempo seja, agora, o maior adversário de Dilma Rousseff.
Tempo somado à incômoda e inexplicável letargia de seus marqueteiros.
Dilma não reage, nem de longe, aos ataques e mentiras de seu adversário.
O programa eleitoral de Dilma se perdeu no mesmismo e numa repetição de falas que não convencem nem mais o Eduardo Cardozo.
Ao passo que o de Serra cresceu na produção e em qualidade.
Está, de fato, mais bonito, perspicaz e alegre sempre com “tiradas” criativas que servem para “cutucar” a adversária.

Verdade seja dita.
O Serra, mesmo mentindo, atacando e falseando tem sido incisivo e convincente.
Trocando em miúdos: o Serra tem sido competente naquilo que se propôs a fazer.
Ao passo que sua concorrente...

Bom, a Dilma optou por dormir e ruminar enfadonhamente programas ultrapassados.
Da série “Não Vale a Pena Ver De Novo”.

Para se ter uma idéia, Dilma e Lula repetiram no programa de hoje o mesmo blá-blá que falaram no de ontem, que por sua vez não foi diferente do que disseram a cada dois dias durante o mês de setembro.
Assim fica evidente que não dá.
Evidente fica também que a campanha de Dilma parou no tempo.

O que se vê é um Lula limitado e morno que não empolga, não inflama.
O Lula valente, apaixonante e iluminado estacionou na campanha de 2006.
E não embarcou no horário eleitoral de sua pupila.
Se resolver fazê-lo tem tudo para mudar o rumo da locomotiva que conduz o próximo ocupante do Palácio por ele ora ocupado e que o sucederá.

Mais importante do que acompanhar Dilma nos comícios País afora, é sua presença no palanque eletrônico do horário gratuito.
Pouco importa se Lula fala para 20 mil dilmistas em Ananindeua, no Pará, e nada diz para milhões de pessoas - que vão desde eleitores indecisos a serristas nem tão convictos – no Brasil inteiro na propaganda gratuita.
O Serra não faz comício, mesmo porque não precisa.
Ele tem o horário eleitoral e o palanque midiático: tevê, jornais e revistas, sem contar com os púlpitos.

A mídia faz a campanha do Serra e desfaz a da Dilma.
Diária e sistematicamente.

A Dilma só conta com o horário eleitoral e sem o Lula o que ela tem é quase nada.
A despeito do desempenho da candidatura neoliberal, a campanha tucana cresceu mais pelos deméritos de Dilma, que por méritos de Serra nesse segundo turno.
A decisão pela vitória da candidata da situação está na mão – ou na cabeça dura – de quem a coordena.

Não são o Paulo Preto e o Eduardo Jorge nem a Erenice ou o aborto.
Nada nem ninguém é capaz de protagonizar um fato novo e relevante até o dia 31.

A não ser que atenda pelo nome de Lula.
O Lula sem dedo e língua presa.
O Lula de Garanhuns, o retirante nordestino amado, admirado e devotamente respeitado pela esmagadora maioria dos brasileiros de bem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE O SEU COMENTÁRIO