Qualquer elemento relativamente desavisado a respeito do que se passa no Brasil, diria, ao ver a cobertura insidiosa da mídia e o horário gratuito do candidato à Presidência do PSDB que vivemos a preparação de uma guerra.
Na verdade a guerra já foi deflagrada.
Ela está em pleno curso.
Quem teve a doce ilusão de que a posição ultra-defensiva adotada por Dilma Rousseff ante aos ataques injuriosos de seus adversários no 1º turno da eleição presidencial a beneficiaria teve que provar do amargo cálice da decepção.
Não tivesse lhe faltado ousadia para contrapor-seàos movimentos ignomínios de seus aadversários, possivelmente a batalha teria tido um final em 3 de outubro.
Não tivesse lhe faltado ousadia para contrapor-seàos movimentos ignomínios de seus aadversários, possivelmente a batalha teria tido um final em 3 de outubro.
Numa batalha nem o recuo como também a defesa estática não são estratégias suficientes para conter a fúria do adversário e salvar a tropa.
Time que joga no seu campo à espera do contra-ataque corre o risco de um revés sem que possa esboçar reação antes da paralisação final do cronômetro.
Assusta-me perceber que Dilma é esse time que parou para ver o adversário jogar.
E achou que, no decorrer da partida, num lance magistral faria o gol da vitória.
Não foi o que se viu.
Porque o jogo jogado não foi uma partida de futebol.
Antes, foi uma batalha.
Uma batalha onde a baixaria, a injúria e a infâmia campearam, galoparam.
Tivemos nas últimas semanas do primeiro turno uma guerra suja, reacionária e fratricida contra a mulher, o ser humano Dilma Rousseff e sua candidatura.
Algo inimaginável e despropositadamente levado a cabo por interesses que não são os de um Brasil livre e democrático.
É certo que o Serra é dissimulado e demagógico em demasia.
Um sujeito rasteiro sem nem um escrúpulo, de índole e caráter altamente duvidosos e alevadamente perigoso quando se trata de trucidar adversários.
Mas ele foi além dos limites do ódio.
Ele se superou.
O Serra mocinho, o “Serrado do bem” que sugere ser no horário eleitoral nem de longe é o “Serra do mau” que personifica o ódio que emana em avassaladoras doses de denuncismos constantes de panfletos apócrifos jorradas do comitê tucano que invadem as páginas virtuais e se derramam na mídia aliada e parceira.
José Serra é o odioso e notório patrocinador dos mais vergonhosos e injustificáveis crimes que já se praticaram contra um candidato na história política-eleitoral nesse País desde a República.
Toda mentira saída de sua boca ganha contornos de incontestável verdade e merece relevância na grande imprensa.
Imprensa que agride a ética jornalística e atropela olimpicamente o princípio da democracia e o sentimento de liberdade e imparcialidade na divulgação da notícia.
Porque ela despudoradamente se quer aumenta, mas inventa a notícia.
Para prejudicar Dilma, a mídia nociva não se contém em distorcer e, quando lhe é conveniente, sonega, suprime e nega ao cidadão o direito à informação.
O fundamentalismo religioso pautado no que deveria ser uma questão de Estado e levado a sério como a bioética vulgarizou-se como mote de campanha preconceituosa numa afronta à moral que desvirtua perigosamente o sentido da vida, banalizando-a.
Para a deputada distrital eleita pelo PT de Brasília, campanha que abusa do sentimento religioso não é campanha, é cruzada.
Dilma foi posta nesta guerra suja e covarde, onde sequer sua fé no nome de Cristo foi preservada.
Dilma se vê hoje numa encruzilhada.
Ou reage indo para o ataque ou seus adversários lhe tomarão as armas e lhe farão refém da história.
Uma história marcada por uma guerra que poderá vir a ser perdida por quem fez da trincheira uma eterna retaguarda.
Se não partir para o ataque Dilma estará entrando na tática sórdida de Serra.
Ela não tem do que ter medo.
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