sábado, 2 de outubro de 2010

O PREÇO DO VOTO

Votar deveria ser uma atitude de natureza cívica e voluntária, livre, democrática e espontânea.
O ato de votar, presume-se, deveria ser revestido e precedido de um espírito independente sem as amarras que o associam a intercâmbios financeiros ou materiais.

O voto não é objeto de troca nem de venda.
O voto sufragado nas urnas haveria de ter as digitais da nossa conduta ética e moral.

Ele tem o exato valor da nossa consicência.
E a nossa consciência não está à venda.
Ela não tem preço.

O abuso do poder econômico constitui um vício danoso à democracia cuja existência o eleitor é um dos responsáveis.
O eleitor que vende ou troca o seu voto é também o maior perdedor numa eleição independentemente de quem a venceu.
O meu voto não pode ter o valor de uma dentadura nem de um reles par de chuteiras.

Fazer do voto moeda de troca não é racional, quanto mais legal.
E não contribui para o fortalecimento do processo democrático.
Quem vende ou negocia seu voto também comete uma ilicitude diante da Justiça contribuindo penosamente para que as fraudes eleitorais sejam uma nódoa que desnuda o atraso cultural e foca na pobreza material ainda existentes no Brasil.

Neste domingo é dia de eleição.
O povo escolherá, pelo voto, os seus candidatos.

A palavra candidato vem de “cândido” e lembra alguém limpo, inocente e puro.

Sôa até cômico e pretensioso buscar encontrar alguém com tal perfil nos dias atuais.
Entretanto, importa frisar que não existe o político corrupto sem que haja o eleitor que se deixe corromper.
Ninguém vende nada se ninguém nada comprar.
Não faça da sua consciência uma mercadoria e vote de acordo com seus valores éticos.

O Brasil precisa de cidadãos justos e coerentes comprometidos com o seu desenvolvimento e bem estar social, político e econômico.
E quando deixamos nos manipular pelos políticos de caráter ou ficha sujas, estamos, ainda que involuntariamente, desconstruindo a ética e deixando transparecer que o outro lado da nossa personalidade habita alguém cuja ficha também não é tão limpa assim.

O voto livre, só é livre verdadeiramente quando brota como planta do centro da nossa consicência e se ramifica na terra arenosa das urnas e cresce sem imposições nem manipulações de qualquer espécie.

Vote e escolha o candidato que achar mais comprometido com as causas sociais do nosso Município, Estado e País.
Faça a melhor escolha. E leve, além do Título, um documento oficial com foto.

Leve também, se quiser ou precisar, uma cola com os nomes e números dos seus candidatos.

Boa votação a todos!

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