As perguntas que Dilma fez ao Serra no debate da Band ficaram sem respostas.
Absolutamente todas.
E assim permanecerão.
Para sempre.
A não ser que que o Serra as debata direto do ostracismo no qual habitará em breve - ele o Arthur Virgílio, o Tasso, a Marina com seu Gabeira - e outros "vultos" da direita que se transformarão em vultos do passado e entrarão para o esquecimento.
O Serra é ocado por dentro.
Um talo de bambu escuro internamente.
O Serra é um vácuo, um buraco negro que se autodestroi e se consome interiormente.
Uma espécie de aspirador de pó em cujo interior nada existe além de partículas de sujeira.
Um poço vazio de conteúdo e idéias.
Parece que a Dilma andou lendo o Conversa Afiada e a Carta Capital antes do debate.
A Dilma foi a Dilma.
Partiu pra cima do Serra como deveria tê-lo feito desde o primeiro turno.
Elevou-o às cordas, jogando em seu colo a privataria tucana.
A tentativa de vender a Petrobras.
E de mudar seu nome para Petrobrax.
Para torná-la mais palatável aos olhares estrangeiros.
Para torná-la mais palatável aos olhares estrangeiros.
O seu tresloucado empenho de grande privatista, reconhecido pelo próprio padrinho, o FHC.
Serra não se deu ao trabalho de defender suas idéias simplesmente porque não as tem.
Se trivesse se defendido, Serra haveria de defender também seus amigos, assemelhados e assessores mais próximos.
Como o Ricardo Sérgio, o David Zylberstajn, o Preciado, e o Mendonça de Barros.
O Serra preferiu se travestir do “Serra do bem” e acabou se dando mal.
Mal como ficou a própria mulher, a chilena Mônica Allende, que disse em plena Copacabana que a Dilma come criancinhas.
O Serra abandonou na arena da covardia a sua Mônica.
Oh! Serra.
Que infidelidade, né?
Como diz o Paulo Henrique Amorim, se ele não defende a própria mulher o que dizer da mulher dos outros?
A tentativa de colar em Dilma a pecha de agressiva e grosseira não colou.
Logo o Serra se autovitimar e acusar alguém de grosseiro?
Foi como reconhecer a força da adversária e sua própria inoperância.
Demagogicamente, Serra demonstrou-se surpreso pelo tom agressivo de Dilma, por ela ter assimilado tão bem o treinamento petista.
E a imprensa sonoramente lhe fez coro, inclusive a emissora que promoveu o debate.
"O debate teve um tom agrassivo".
"A candidata petista partiu para o ataque."
Mal sabe o Serra – e a mídia - que se a Dilma tivesse sido a Dilma desde o início da campanha aquele debate não teria acontecido.
Na verdade, Serra esperava a Dilma do primeiro turno quando foi “amarrada” pelas regras dos debates e, como se não bastasse, pentelhada pelo folclórico Plínio e a insossa Marina.
Tudo para beneficiar o candidato oficial da imprensa de direita.
Tudo para beneficiar o candidato oficial da imprensa de direita.
Não tenho como afirmar que ou se o Lula “liberou” a Dilma.
Mas que ela bateu no Serra, isso ela bateu.
Até a Folha acusou o golpe.
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