segunda-feira, 18 de outubro de 2010

SERRA É UM EGÓLATRA. ELE SÓ NÃO CONTAVA COM O ABORTO DA MULHER

O ex-governador do Pará, Almir Gabriel é um dos fundadores do PSDB.
Almir foi vice na chapa de Mário Covas quando este concorreu à Presidência da República.
Vem de Almir Gabriel uma das definições mais sofisticadas - e assertivas até agora - atribuída a José Serra.

Serra é um ególatra.
Aquele sujeito que se autocultua.
Que imagina existir um deus dentro dele.
E o deus-serra se julga maior que tudo e o melhor de todos.
José Serra é a representação do “euteísmo”: ele é o próprio Deus.
O deus sou eu.

A campanha presidencial de 2010 caminha para se consolidar como a mais rasteira e emporcalhada de todos os tempos.
No leito dessa vala pútrefa corre o ácido chorume que Serra hipócrita e criminosamente deixou derramar.
Num atentado aos valores morais, aos bons costumes e à democracia.
Tudo acortadamente pelos interesses de uma imprensa que lhe dá guarida e dissimuladamente prega o golpe contra o Governo Lula.

Serra introduziu um tema da mais alta complexidade como o aborto à campanha e, com a ajuda da Mônica e da Marina, trouxe a eleição para o segundo turno.
Somente para o Brasil saber que a mulher dele fez um aborto.
Depois que a Mônica Allende disse que Dilma era a favor do aborto e da morte de criancinhas, a cortina de fumaça do Serra caiu.
E, juntamente com ela, a máscara da Igreja Católica.
Voltamos aos tempos da Inquisição.

Dilma Rousseff foi inquirida, ultrajada e julgada no coliseu midiático que se formou para jogá-la às feras e roubar-lhe uma eleição praticamente ganha por um crime que jamais cometeu.

Se alguém deveria passar por tudo que Dilma passou esse alguém seria a mulher do Serra.
Mônica Serra foi quem abortou.
Dilma, não.

Agora, que os atores tucanos se viram nus e desmascarados no palco da hipocrisia, o Fernando Henrique Cardoso vem dizer que o aborto não deve ser tratado como tema eleitoral.
Talvez seja este também o que pensa a CNBB.

A CNBB se vestiu com um manto amarelo e azul.
E se revestiu, pelo silêncio e parcialidade, de um cinismo vil e afrontoso ao recomendar o voto em quem defende a vida.
Serra seria, até aqui, o candidato a cujos valores eram atribuídos - aos olhos da santa e imaculada igreja.

Já que o bispo de Guarulhos não se manifesta, o mínimo que a CNBB deveria fazer era dizer de uma vez por todas que tem predileção pelo marido que escondeu o aborto da mulher.
E não vale a desculpa de que ela abortou porque estava no Chile.
Quem aborta no Chile aborta no Brasil e até na China.
Por que será que a Igreja não se manifesta a respeito do aborto da mulher do Serra?
Ou explica quem pagou a conta dos panfletos apreendidos pelo Polícia Federal contra Dilma, impressos em uma gráfica cuja dona é filiada ao PSDB?

A água que passa debaixo da ponte do Serra toldou.
O rio do Serra vai virar pântano.
Com o aborto da Mônica e o Caixa 2 do Paulo Preto o caldo do Serra entornou.
O povo não é bobo.
O Serra não engana mais ninguém.
E a Dilma encontrou o nó que aperta a goela do Serra.

O deus do Serra ególatra não é tão portentoso assim.
Ele falhou.
E falhou feio, diga-se de passagem.

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