segunda-feira, 4 de outubro de 2010

SEM ESSA DE APONTAR CULPADOS POR UMA DERROTA QUE NÃO EXISTIU

A princípio, pensei em desferir meu arsenal de críticas contra quem nem mesmo eu saberia dizer.
Apontar culpados na campanha petista pelo segundo turno que as oposições forçaram – a despeito das injúrias, mentiras e baixarias via-mídia e de outros meios – seria como reconhecer uma derrota que não houve.

Ao longo de quase dois anos fui projetando no meu cérebro a opção praticamente única e obrigatória de vitória logo em primeiro turno da ministra Dilma.
Não desejo ser redundante, tampouco repetitivo, mas faz sentido lembrar o fato de que Lula ganhou duas eleições consecutivas.
E nem uma delas no primeiro turno.

Na de 2006 temos até hoje a nítida constatação de que nem mesmo o caseiro Francenildo tiraria de Lula a reeleição no primeiro turno.

Seria necessária uma hecatombe política de proporções ainda mais destrutivas ou a ocorrência de algum desastre que pudesse ser ligado ao Governo.

Aí a Globo descobriu os aloprados petistas com suas malas e cuecas abarrotadas de dinehiro e levou uma eleição dada como certa para o segundo turno.
Em 2010, nem o sigilo do EJ nem a Erenice surtiram o efeito esperado.
O efeito atende pelo nome de Marina Silva.
Falsa, traíra, usada ou não.
Ela fez a difeença

Haverá nova votação no dia 30 de outubro.
E Dilma terá que vencer o candidato tucano José Serra.
Não tem outra escolha.

Se erros existiram, não foram dos eleitores que votaram em Dilma Rousseff.
Culpar Marina Silva pelos vinte milhões de votos por ela obtidos é negar a democracia.
Méritos dela e para ela.

Marina fez o que deveria ser feito, pouco importando se foi ou não um joguete usado pela direita.
Sem apelar para a baixaria.
E, se disse algo que tirou votos de sua concorrente e esta não os reconquistou, paciência.

Que trate de fazê-lo agora enquanto há tempo.
Não é criticando Marina Silva que o PT conseguirá fazer a sucessão de Lula.

Dilma teve nesse primeiro turno a mesma média dos votos que Lula obteve nas duas últimas eleições ganhas por ele no segundo.
Dá perfeitamente para repetir, com acréscimo, a vitória de 3 de outubro.

Dilma Rousseff não perdeu.
O grande perdedor foi a oposição.
Essa, sim, saiu desmilinguida e massacrada nacionalmente.
O brasileiro foi impiedoso e eliminou da política o que de pior havia no Congresso.
Mandar ao ostracismo um Arthur Virgílio da vida e o raivoso Tarso Jereissate somado-se gente do quilate do Mão Santa, Heráclito e Companhia é um fato digno de entrar para os anais da história.

Dilma terá uma base de apoio no Congresso sólida e aprovará folgadamente, todas as emendas constitucionais pondo em prática as mudanças que se fizerem necessárias.
E isso é o que contará.
Sua vitória foi apenas adiada pela vontade soberana dos brasileiros até 30 de outubro.

Faz parte.







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