sexta-feira, 8 de outubro de 2010

SERRA, DE ENGENHEIIRO E ECONOMISTA À "AMBIENTALISTA" - NENHUMA NEM OUTRA COISA

Do blog Os Amigos do Presidente Lula: José Serra diz que é "ambientalista desde criancinha", mas vetou fim de sacolas plásticas

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), vetou no dia 27 de julho de 2009 dois projetos de lei que visavam obrigar os estabelecimentos comerciais do estado a utilizarem sacolas plásticas oxibiodegradáveis.
Ele seguiu os passos de seu aliado político, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Kassab justificou o veto a projeto parecido, em Abril, dizendo que seriam necessárias mais pesquisas e avaliações sobre alternativas.
No veto Serra seguiu orientação da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, alegando que o assunto é de competência federal, portanto a Assembléia Legislativa do estado não poderia legislar sobre o assunto.

Segundo informações do próprio secretário estadual do meio ambiente Xico Graziano e um dos cordenadores da campanha de José Serra, o plástico oriundo de sacolas distribuídas pelo comércio no lixo representa 18% do lixo de São Paulo. Por exemplo, na cidade de São Paulo que gera 15.000 toneladas de lixo por dia nada menos que 2.700 toneladas viriam de sacolas de plástico.
A posição de Graziano foi secundada pelo Instituto Plastivida, que representa os interesses das produtoras de plásticos no Brasil e que em seu site deu destaque ao veto de Serra.

LOBBY

Em seu artigo Grazziano politizou o assunto indiretamente, acusando os deputados petistas, autores dos projetos, de fazer lobby a favor de empresas que produziriam o aditivo ao plástico oxibiodegradável.Autor de um dos projetos em questão, o deputado estadual Sebastião Almeida (PT) acusou o próprio Graziano de fazer lobby a favor da indústria do plástico em artigo também publicado na Folha de S.Paulo no dia 1 de agosto.
Almeida argumentou que leis parecidas estão sendo debatidas em outros estados e também projetos de lei federal em debate no congresso nacional. Ainda, além dos aditivos não serem tão nocivos para o meio ambiente, a degradação mais rápida do plástico nos lixões ajudaria também a acelerar a decomposição do lixo lá.Ele ainda infere que pesquisadores que dizem serem contrários "ao fim das sacolas plásticas" são em sua maior parte patrocinados pelas empresas da área petroquímica.
(Revista da sustentabilidade)

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