sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O QUE IMPORTA NO ANO NOVO

 O bom samarituno é um ótimo exemplo para que o emitemos em 2011


Não foi por falta de idéias que escrevi esta mensagem de Ano Novo.
Ela tomou essa forma mais em razão daquilo que não fiz porque não quis fazer e menos por falta do que disse, porém, quis que os outros fizessem enquanto eu poderia ter feito.
Porque grande é a distância que separa o verbo da ação, o dizer do fazer e a teoria da prática.
Confesso que era minha intenção escrever uma mensagem que falasse de amor.
Uma mensagem que transmitisse carinho e afeto.
Amizade e preocupação com o próximo.
Sobretudo com os mais necessitados.

Foi então que descobri na internet um vídeo com uma música interpretada por Elvis Presley.
Com o título em tradução livre “Ponte Sobre Águas Turbulentas”, a letra já traduz tudo isso.
Seria egoísmo de minha parte não compartilhar com vocês o conteúdo maravilhoso e verdadeiro desta canção tão lindamente rica e bela.

É a minha mensagem de Ano Novo.
Desnecessário dizer que ela fala mil vezes melhor do que esse fazedor de crônicas que, na sua infinita pequenez, agradece a todos pela companhia ao longo do ano que passou.

QUANDO VOCÊ ESTIVER CANSADO
SENTINDO-SE PEQUENO (OU PEQUENA)
QUANDO LÁGRIMAS ENCHEREM SEUS OLHOS
EU AS SECAREI
EU ESTAREI AO SEU LADO

QUANDO AS COISAS FICAREM DIFÍCEIS
E QUANDO NÃO ENCONTRAR MAIS AMIGOS
COMO UMA PONTE SOBRE ÁGUAS TURBULENTAS
EU ME INCLINAREI

COMO UMA PONTE SOBRE ÁGUAS TURBULENTAS
EU ME INCLINAREI

O VERDADEIRO AMOR E A VERDADEIRA AMIZADE
É ESTAR PRESENTE NÃO APENAS QUANDO TUDO VAI BEM
MAS, PRINCIPALMENTE, NOS MOMENTOS DIFÍCEIS
QUANDO VOCÊ ESTIVER DEPRIMIDO
SOLITÁRIO PELAS RUAS

QUANDO A NOITE CAIR TÃO DIFÍCIL
EU TE CONFORTAREI
EU TE DAREI APOIO

QUANDO A ESCURIDÃO CAIR
E QUANDO A DOR ESTIVER POR TODOS OS LADOS

COMO UMA PONTE SOBRE ÁGUAS TURBULENTAS
EU ME INCLINAREI

COMO UMA PONTE SOBRE ÁGUAS TURBULENTAS
EU ME INCLINAREI

QUE POSSAMOS NOS INCOMODAR MAIS COM O SOFRIMENTO ALHEIO
DO QUE COM FUTILIDADES DO DIA A DIA
E QUE SEJA UM SENTIMENTO CONSTANTE
E NÃO UMA AFETAÇÃO BARATA E PASSAGEIRA
PRODUZIDA PELO EMOCIONALISMO NATALINO

QUE O AMOR E A PREOCUPAÇÃO COM OS QUE SOFREM
SEJAM CONSTANTES EM NOSSO COTIDIANO
QUE POSSAMOS ESTENDER A MÃO AOS AFLITOS
REPARTIR O PÃO COM OS FAMINTOS
AMPARAR OS IDOSOS
E CONSOLAR OS QUE SOFREM

POIS PARA O NOSSO CRIADOR NÃO VALEM SUPOSTA “FESTAS EM SUA HOMENAGEM”
MAS SIM, PRATICARMOS E VIVERMOS O AMOR QUE ELE NOS ENSINOU E PELO QUAL MORREU

POIS A VERDADEIRA RELIGIÃO NÃO É FREQUENTAR TEMPLOS E PRATICAR CERIMONIAIS
MAS AMPARAR OS ÓRFÃOS, SOCORRER AS VIÚVAS E OS AFLITOS
E EVITAR O MAL

QUE REALMENTE POSSAMOS DIZER QUE SOMOS
COMO PONTES SOBRE ÁGUAS TURBULENTAS

UM FELIZ, ABENÇOADO E MARAVILHOSO ANO NOVO!
DEUS ABENÇOE A TODOS!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

SANTA MARIA DO PARÁ – UM NOVO TEMPO



Ao culminar a primeira década do século XXI, Santa Maria se volta para o começo de uma década.
E flameja em teu seio a esperança no advento de um novo ano que virá.
Os sonhos, os planos e os desejos de crescimento e progresso social florescem e se esparramam como relva no coração de cada pessoa que labuta na busca do bem, do amor e da paz.

É com esta perspectiva, e ainda contagiada pela magia e encantos que o Natal propicia que Santa Maria, na condição de aniversariante, se eleva um degrau a mais na sua escalada emancipatória.

Ao perfazer 49 anos de idade, Santa Maria do Pará – a nossa Cidade Trevo – registra no livro de sua história a chegada de um novo tempo.
O tempo de um governo que faz acontecer.
Governo que promove a cidadania das pessoas.
E se confraterniza com o bem estar delas.

Santa Maria saúda o tempo dos salários pagos regiamente em dia.
O tempo do respeito ao servidor.
Das pontes de cimento e concreto que deixaram para trás o tempo das velhas pontes de madeira.

É tempo de ver com orgulho uma frota de máquinas e veículos que compõem a Patrulha Mecanizada, trabalhando diariamente pelos quatro cantos do município.
Como é bom sentir o tempo do asfalto nas ruas.
E das ruas urbanizadas, saneadas com obra para tudo quanto é lado.

Com o tempo, Santa Maria viu nascer novas praças.
E a gratidão estampar-se na cara do seu povo.

Santa Maria aplaude de pé um novo tempo no qual as vicinais recebem atenção constante e regular.
E os agricultores escoam sua produção seguindo, como nunca antes, por estradas que os conduzem rumo à esperança de dias cada vez melhores.
Porque experimentamos o tempo do apoio intransigente às atividades agrícolas como agricultura, apicultura.

Santa Maria comemora o ensejamento de um tempo auspicioso para sua Educação.
Para a reforma e ampliação de escolas.
A construção de Quadras de Esporte
E para a melhoria cristalina da qualidade do ensino.
Do rendimento dos professores e o desempenho do alunado.

Santa Maria se regozija com o tempo de transporte escolar efetivo e seguro.
Com o tempo da Biblioteca Pública.
O apoio aos eventos culturais e religiosos, como o Círio da Padroeira e a realização do tradicional Forró Municipal.
Além do insubstituível e relevante incentivo ao esporte em todas as modalidades.

Quarenta e nove anos se passaram para Santa Maria, no transcurso do tempo, obter os frutos plantados nas áreas da Saúde e da Assistência Social.

O tempo revelou uma Santa Maria cujo Governo gosta de gente.
Cuida das pessoas.
E as trata como cidadãs.

Parabéns para Santa Maria e a sua gente!
Uma gente que tem o trabalho como vocação e a amizade por princípio.
E para quem o amor, a fraternidade e a paz constituem um apostolado.

Parabéns, Santa Maria do Pará, pela passagem do 49º ano de sua emancipação política – tempo no qual alvorece um novo tempo: um tempo que configura grande e historicamente o momento por ti vivido.

29/12/2010

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

MILAGRE DE NATAL

Isso é que é Natal


Quanto mais alguém possa insistir em negar a existência de Deus, tanto mais eu persisto em me convencer do contrário.
Mais: que, de alguma forma, Ele opera milagres em nós.
E por nós.
No nosso meio.
Por meio de nós.
Ele não nos desampara.

Aquela criança nascida em Belém, na noite de Natal é a prova inconteste e irrefutável da existência de um Deus.
E de seu poder transcendente.
Deus fez um milagre naquela noite belenense.

Não me refiro à Belém da Judéia, onde há dois mil anos atrás nascia uma criança enrolada em palhas num berço arranjado às pressa em meio a um estábulo.
Falo da Belém, a Casa do Pão – capital do Pará – e do Norte.

Foi outra vez em Belém aonde o milagre do Natal se refez.
E a criança ali nascida não teve, sequer, a companhia dos animais.

Não havia manjedoura.
Maria não era sua mãe.
E seu pai não se chamava José.

Aquele bebê veio ao mundo e foi envolto em um saco plástico.
Difícil explicar que uma criaturinha tão frágil e indefesa tenha sobrevivido ao sereno de uma noite amazônica.
E que, justo o plástico que a princípio lhe sufocaria, impediu a perda de sangue pelo cordão umbilical.

A Providência assim o quis.

Imagino que Deus optou por enviar para protegê-la os mesmos anjos que assistiram ao Seu Filho nascido em forma de homem no regaço materno da boa Maria.
Do ponto de vista científico não há justificativas plausíveis para o fato de aquele bebê não ter sofrido uma hipotermia.
A não ser que se acredite que alguma luz – mais que iluminá-la – o aqueceu por longas doze horas.

Já escrevi que anjos existem e milagres acontecem.

Anjos, todos sabem, são mensageiros.
Criaturas enviadas.
Anjo é encargo.
Encarregado de praticar o bem ao nosso favor.
Eles nos socorrem.
Eis porque socorreram aquele recém-nascido em Belém.

Belém do Pará.
Como em Belém de Judá.

Os anjos nos ajudam, “nos ungem de calma e serenidade”.
Os anjos sempre estão a serviço de Deus.
São nossos companheiros por toda a vida.

Quem confia nos anjos estará, também, confiando em Deus.
Os anjos do Natal cuidaram do pequeno bebê nascido e jogado por cima do muro pela mãe, em Belém.

Belém é, mesmo, o berço da vida.
O milagre do Natal se deu – de novo – em Belém.

Bem-vindo entre nós o nenê cuja vida foi confiada aos anjos de Deus na Noite de Natal.
Sem dúvida, milagre acontece.

Eu creio!













terça-feira, 28 de dezembro de 2010

VEJA QUE COISA BOA!

A Veja no seu devido lugar


Republico postagem do Blog do Planalto na qual o ministro da Controladoria-Geral da União esmaga a revista Veja.

Veja: má vontade e preconceito conduzem à cegueira

Não é todo dia que se encontra alguém com coragem para dar à revista Veja uma resposta contundente e colocá-la no seu devido lugar: a vala comum do lixo jornalístico pernóstico por ela praticado.

Resposta do ministro Jorge Hage a editorial de balanço da revista Veja:

Brasília, 27 de dezembro de 2010.

Sr. Editor,

Apesar de não surpreender a ninguém que haja acompanhado as edições da sua revista nos últimos anos, o número 52 do ano de 2010, dito de “Balanço dos 8 anos de Lula”, conseguiu superar-se como confirmação final da cegueira a que a má vontade e o preconceito acabam por conduzir.

Qualquer leitor que não tenha desembarcado diretamente de Marte na noite anterior haverá de perguntar-se “de que país a Veja está falando?”. E, se o leitor for um brasileiro e não integrar aquela ínfima minoria de 4% que avalia o Governo Lula como ruim ou péssimo, haverá de enxergar-se um completo idiota, pois pensava que o Governo Lula fora ótimo, bom ou regular. Se isso se aplica a todas as “matérias” e artigos da dita retrospectiva, quero deter-me especialmente às páginas não-numeradas e não-assinadas, sob o título “Fecham-se as cortinas, termina o espetáculo”. Ali, dentre outras raivosas

adjetivações (e sem apontar quaisquer fatos, registre-se), o Governo Lula é apontado como “o mais corrupto da República”.

Será ele o mais corrupto porque foi o primeiro Governo da República que colocou a Polícia Federal no encalço dos corruptos, a ponto de ter suas operações criticadas por expor aquelas pessoas à execração pública? Ou por ser o primeiro que levou até governadores à cadeia, um deles, aliás, objeto de matéria nesta mesma edição de Veja, à página 81? Ou será por ser este o primeiro Governo que fortaleceu a Controladoria-Geral da União e deu-lhe liberdade para investigar as fraudes que ocorriam desde sempre, desbaratando esquemas mafiosos que operavam desde os anos 90, (como as Sanguessugas, os Vampiros, os Gafanhotos, os Gabirus e tantos mais), e, em parceria com a PF e o Ministério Público, propiciar os inquéritos e as ações judiciais que hoje já se contam pelos milhares? Ou por ter indicado para dirigir o Ministério Público Federal o nome escolhido em primeiro lugar pelos membros da categoria, de modo a dispor da mais ampla autonomia de atuação, inclusive contra o próprio Governo, quando fosse o caso? Ou já foram esquecidos os tempos do “Engavetador-Geral da República”?

Ou talvez tenha sido por haver criado um Sistema de Corregedorias que já expulsou do serviço público mais de 2.800 agentes públicos de todos os níveis, incluindo altos funcionários como procuradores federais e auditores fiscais, além de diretores e superintendentes de estatais (como os Correios e a Infraero). Ou talvez este seja o governo mais corrupto por haver aberto as contas públicas a toda a população, no Portal da Transparência, que exibe hoje as despesas realizadas até a noite de ontem, em tal nível de abertura que se tornou referência mundial reconhecida pela ONU, OCDE e demais organismos internacionais.

Poderia estender-me aqui indefinidamente, enumerando os avanços concretos verificados no enfrentamento da corrupção, que é tão antiga no Brasil quanto no resto do mundo, sendo que a diferença que marcou este governo foi o haver passado a investigá-la e revelá-la, ao invés de varrê-la para debaixo do tapete, como sempre se fez por aqui.

Peço a publicação.

Jorge Hage Sobrinho

Ministro-Chefe da Controladoria-Geral da União

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

QUÉRCIA MORREU PARA ALOYSIO NUNES VIVER

O que eles tem ou tinham em comum?



Deu na Folha On-line: Ex-governador Orestes Quércia morre aos 72 anos em São Paulo

A Folha só não disse que o Quércia elegeu o Aloysio Nunes Ferreira.
Porque não precisava dizer.
Não fosse o câncer do Quércia, e os senadores por São Paulo seriam a Marta Suplicy e o Netinho.
A morte do Quércia para o Aloysio Nunes tem o condão de fazer valer a máxima de que é preciso um morrer para o outro viver.
A Folha foi mais rápida do que os tucanos no reconhecimento.
Morte é coisa séria.
Mas, jamais uma morte foi tão salvadora para alguém quanto a de Orestes Quércia foi para Aloysio Nunes.
O cara mesmo sentindo os odores da morte, ainda assim, pedia votos para seu aliado tucano.
E a Folha, profundamente grata, lhe rende terna e eterna homenagem por isso.

O ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (PMDB) morreu aos 72 anos vítima de um câncer na próstata. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 18 de novembro.

Quércia desistiu de concorrer ao Senado nas eleições de outubro por causa da doença. Durante o período eleitoral, passou 36 dias internado. Teve alta no dia 6 de outubro, um mês após renunciar à candidatura para senador.

Ao desistir de concorrer a senador, Quércia beneficiou Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), tucano que começou mal nas pesquisas e acabou sendo eleito para a primeira vaga paulista --a segunda ficou com Marta Suplicy (PT).

Com o peemedebista fora da disputa, Aloysio viu seu espaço na TV crescer para 5min29s --disparado o maior entre os candidatos.

Em nota divulgada à imprensa, logo após a desistência, Quércia pediu votos ao tucano. Sua filha Andreia apareceu diversas vezes no horário eleitoral para declarar o apoio da família ao aliado.

Em pesquisa Datafolha do começo de setembro, Quércia tinha 26% nas intenções de voto para o Senado, tecnicamente empatado no segundo lugar com Netinho (PC do B).

Aloysio, na ocasião, estava em quinto lugar, com 12%.

Ex-radialista, Quércia já foi vereador e prefeito de Campinas, senador, deputado estadual, vice-governador e governador de São Paulo de 1987 a 1991.
Ele foi um dos fundadores do PMDB e presidente do diretório paulista do partido.

Desde que saiu do governo, Quércia não venceu nenhuma eleição. Disputou a corrida presidencial em 1994, o governo estadual em 1998 e 2006 e o Senado em 2002.


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

ASSANGE É O HOMEM DO ANO DO MUNDO


Ele deu uma sonora goleada no Obama



Folha Uol: Jornal francês "Le Monde" elege criador do WikiLeaks como "homem do ano"

A imprensa internacional - ao contrário da nossa tupiniquim - se rendeu,  ao homem perseguido e preso a mando da maior democracia do mundo.
Aquele a quem Lula defendeu ao questionar o silêncio dos meios de comunicação sempre tão vorazes na defesa da liberdade de expressão.
A mídia brasileira que criou o "golpe democrático" em Honduras para justificar seu apoio à derrubada de Manoel Zelaya é a mesma que agora se revela a favor do cerceamento da liberdade de informação, da prisão de Assange e do fechamento do seu site.
O correspondente da Globo em Londres, mediocramente cunhou a expressão "excesso de informação" para acusar o dono do WikiLeaks de violar a lei por ter divulgado e-mails da diploacia americana, como se a publicação de fatos e verdades de interesse público fosse uma violação ao estado democrático de direito.
A mídia brasileira só não esperava levar pela cara o tapa que Lula lhe deu ao cobrar o mesmo rigor na defesa intrasigente da liberdade de expressão por esta suscitada ao longo da campanha eleitoral.
A eleição de Assange como "homem do ano" por um dos maiores jornais do mundo, não pode deixar de conferir honras ao Presidente Lula pela sua clareza e coragem ao defender Assange e desmascarar a hipocrisia de uma mídia combalida e parcial que usa dois pesos e duas medidas, de acordo com seus interesses e conveniências.
Julian Assange foi escolhido o "homem do ano" pela redação do prestigiado jornal francês "Le Monde", que dedicará a capa e um artigo biográfico ao fundador do site WikiLeaks em seu suplemento semanal a ser publicado nesta sexta-feira (24).

O diário é uma das publicações de grande circulação que se associou com o WikiLeaks para publicar milhares de documentos secretos da diplomacia americana.

Assange, que passou nove dias em uma prisão britânica no início de dezembro, encontra-se atualmente em liberdade condicional com a ameaça de ser extraditado à Suécia, país que o acusa por supostos crimes de agressões sexuais contra duas mulheres, que o processam por ter supostamente imposto a prática de relações sexuais sem preservativo.

Os internautas do "Le Monde" também elegeram Assange como "homem do ano", com 56,2% dos votos, na frente do Prêmio Nobel da Paz Liu Xiaobo (22,3%) e do americano Mark Zuckerberg (6,9%), fundador do Facebook.

REVISTA "TIME"

A revista americana "Time" nomeou na última semana Mark Zuckerberg como "homem do ano", apesar dos leitores da publicação terem escolhido Assange.

Assange bateu personalidades como Lady Gaga, o presidente americano, Barack Obama, e os 33 mineiros resgatados no Chile.

Segundo a "Time", Assange recebeu 382.024 dos 1.249.425 votos, em um primeiro lugar folgado. O segundo lugar ficou com o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, com 233.639 votos.

MAIS UMA VEZ É NATAL

Feliz Natal


Mais uma vez é Natal!
É tempo de olhar pelo retrovisor da vida...
E agradecer pelas vitórias e conquistas obtidas ao longo do ano que agora termina.
É tempo de dar um toque na vida com as cores da esperança...
E preparar nossos corações para as inevitáveis surpresas que nos esperam no Novo Ano.

Mais uma vez é Natal!
É tempo de falar de paz e de amor.
E repaginar nossos espíritos para receber as sublimes lições da Sagrada Família de Nazaré
É tempo de olhar para o céu...
E no horizonte dos nossos sonhos contemplar a estrela que guiou os magos do oriente.

Mais uma vez é Natal!
É tempo abençoado onde todo adulto se faz criança...
E no seu peregrinar procura, no semblante do outro, encontrar o seu Deus-Menino.
É tempo de colher, ouvir, acolher e transmitir a mensagem dos Anjos de Deus...
E fazer com que o milagre do amor ressoe como toque musical nos ouvidos dos homens de boa vontade.

Mais uma vez é Natal!
É tempo de acalentar sonhos de harmonia e paz...
E de empreendermos nossos melhores esforços para tornarmos a Terra um pouco mais parecida com o Céu.
É tempo acariciar em oração o Menino Jesus e Sua Mãe...
E descobrir que Deus nasce a cada dia no silêncio orante do coração que a Ele se eleva.

Mais uma vez é Natal!
É tempo de agradecer as manifestações de Deus em nossas vidas...
E deixarmo-nos extasiar por essa criança pobre e frágil nascida de Maria.
É tempo de suavizar os gestos e palavras, moderar as atitudes e se voltar para o bem...
E deixar que a nossa fé seja iluminada pelo Sol nascente que nos veio visitar.

Mais uma vez é Natal!
É tempo de darmos júbilo e cantarmos regozijados um canto de gratidão e amor...
E em gestos práticos de ternura e solidariedade entrar em sintonia com Deus ao dar de nós o que falta ao irmão próximo e distante.
É tempo de descobrir que Natal se resume na palavra amor...
E que sem amor não haveria Natal.

PORQUE PELO NATAL O AMOR SE MATERIALIZOU ENTRE NÓS!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PEDOFILIA: UMA VERGONHA PARA O PAÍS E O PARÁ

Todos contra a pedofilia


Em 2009 publiquei aqui, no ALMANAQUE, pelo menos duas crônicas que abordavam o ultrajante tema da “pedofilia”.
A primeira, no dia 29 de junho – UMA VERGONHA CHAMADA PEDOFILIA – objetivava despertar a atenção para o crescimento assustador dos casos de pedofilia.
O país começava, de maneira efetiva, a conviver com o noticiário e denúncias desse que é, senão o pior, um dos mais covardes e brutais crimes cometidos contra a pessoa.
Porque a vítima de tal violência é sempre alguém frágil e indefesa do ponto de vista moral, social, cultural e financeiro.
Alguém psicologicamente afetada posta em absoluta desigualdade ante seu agressor e, por conseguinte, incapaz de enfrentá-lo.

A segunda publicação tratando do mesmo assunto se deu no dia 30 de agosto, um domingo.
Naquela data foi divulgado aquilo que viria ser o resultado da relatório da CPI da Pedofilia na Assembleia Legislativa do Pará, cujo encerramento se deu em setembro daquele ano.
O relator foi o Deputado Estadual, hoje eleito para Câmara Federal, Arnaldo Jordy.

Com o título “PEDOFILIA, A COVARDIA EM NÚMEROS”, aquela crônica era uma resenha do citado relatório.
Números grotescos, repulsivos e vergonhosos foram apresentados.
O Pará despontava como campeão nacional no nefasto ranking dos crimes por abuso de menores.
CPI’s ocorriam em diversos estados país afora, naquele período, além da do Senado Federal, em Brasília, cuja presidência foi do senador pelo Espírito Santo, Magno Malta, eleito governador daquele estado nas últimas eleições.

A relatoria coube ao Senador Demóstenes Torres, de Goiás. Ele foi reeleito.

Por que o Pará sustenta o triste troféu de campeão da pedofilia?
Porque somente nos últimos cinco anos, mais de 100 mil casos de abuso sexual contra menores foram identificados no Estado.
Isso dá uma média de 20 mil casos por ano.

Um vexame.

Pior: para cada denúncia de abuso sexual, quatro são omitidas.
Nessas proporções pelo menos 400 mil menores sofreram abuso sexual em todo o Pará.
As vítimas potenciais dos pedófilos tem de 0 a 5 anos e 81% dos casos ocorrem no ambiente familiar.

Mas existem também os estarrecedores registros de crimes cometidos dentro de tribunais, escritórios, igrejas e templos religiosos.
De juízes, passando por promotores, doutores, advogados, sacerdotes e pastores...
Tem pedófilo de todo tipo e matiz, origem, formação, raça e crença religiosa.
Gente da pior espécime, verdadeiros frutos apodrecidos em ramagem seca e desfolhada.

A CPI da Pedofilia no Pará, como disse, foi encerrada em setembro do ano passado.
Ninguém foi sentenciado por ser pedófilo.
Que bom é ser pedófilo no Brasil e no Pará!

Nesta quinta, 16 de dezembro, o relatório final da CPI da Pedofilia do Senado da República foi fechado.
A mídia deu destaque em demasia, o relator apresentou números e mudanças nas leis que, em tese, ficaram mais duras para combater esse tipo de violência.
No entanto, como no Pará, ninguém foi preso ou condenado, se quer indiciado no Brasil inteiro.

Viva o país que passa a mão na cabeça de seus bandidos!

A questão da pedofilia no Pará é “gravíssima” segundo o relatório da CPI do Senado.
De Belém a Ilha do Marajó e até em Santa Maria, o nosso até então recatado município, os pedófilos se fazem presentes, ainda que invisíveis.
Como uma doença cancerígena que se esconde por muito tempo e afeta a saúde do paciente, os pedófilos estão à solta por aí.

Traçando seus planos diabólicos e como serpentes que atraem suas vítimas para o laço, eles vagueiam disfarçadamente entre nós, convivem perigosamente no nosso meio, observam e miram nossos filhos, crianças e jovens menores.

Os pedófilos escondem sua monstruosidade, às vezes, sob um terno lustroso e gravata bem passada, ou uma túnica, ou ainda sob tortura da ameaça e da chantagem psicológica.
Diante do perigo que o pedófilo representa para a sociedade, corremos todos um risco iminente.

É lamentável que todos os acusados estejam em liberdade.
Presos ficamos nós, as pessoas de bem, no silêncio dos nossos medos e revoltas.

Um brinde à impunidade!

PARABÉNS, PROFESSOR E AMIGO EDILSON AQUINO



A natureza tem a capacidade de desabrochar a cada nova estação.
Ao homem é concedido o milagre de recomeçar a cada ano uma nova etapa da vida.
Nos dois casos, natureza e homem não são nada além de seres privilegiados e objetos resultantes da infinita sabedoria de um Deus que os criou.
Hoje e agora, vivemos um sublime momento de renovação interior do Edilson a quem desejamos um ano cheio de boas amizades, muito amor e de não poucas alegrias.
O perfil de quem teve a graça de vir ao mundo nesta data, ainda que abstratamente, revela um ser iluminado pelas luzes do céu e em sintonia com a Mãe e sempre bela natureza.
Alguém devotado aos ideais da juventude, um utópico que acredita na paz e na justiça.

O Edilson encarna com majestosa fidelidade este homem.

Os sonhos e a poesia.
A esperança e visão íntima das possibilidades de futuro.
Criatividade e inspiração.
Intuição para resolver os problemas comuns da vida.
Entusiasmo e bom humor. Adaptação às necessidades: suporta-se alegremente qualquer dificuldade.
Confiança, inocência, ingenuidade, encanto, sensibilidade, ternura.
União entre a mente e o coração.

Eis que temos aí o perfil e a descrição sucinta do educador, escritor, autor e do admirável amigo e ser humano, Edilson.

Muito já foi dito que, mais do que somar idade, fazer aniversário é ter a chance de fazer novos amigos, ajudar mais pessoas, aprender e ensinar novas lições, vivenciar outras dores e suportar velhos problemas.
Talvez seja provável que tais afirmativas não se façam necessárias por tentarem dizer o que já foi dito outras vezes e se tornem palavras vãs.

Mas a verdade não foi feita para ficar escondida.

Por isso, cabe repetir que aniversariar é sorrir novos motivos e chorar outros.
Porque, amar o próximo é dar mais amparo, rezar mais preces e agradecer mais vezes.

Quem faz aniversário recebe como presente a oportunidade de amadurecer um pouco mais e olhar a vida como uma dádiva de Deus.

Fazer aniversário é ser grato, reconhecido, forte, destemido.

É ser rima, é ser verso, é ver Deus no universo no rosto de cada amigo ou pessoa.

Se “amigo é aquele que toca sua ferida, vibra com as suas vitórias, ou faz piadas para amenizar o problema” - esse amigo é o Edilson.

Parabéns, e Feliz Aniversário!

FREI BETO - PORTA-VOZ DOS BRASILEIROS

Nele, o sorriso do brasileiro


Obrigado, Lula

Republico postagem do Jornal do Brasil de autoria do Frei Beto. O teólogo presta um dos mais comoventes gesto de agradecimento e reconhecimento ao Presidente Lula pelo ineditismo que configurou seu governo ao longo desses frutíferos oito anos de mandato.

Lula conclui o mandato mais exitoso de um presidente brasileiro

Nunca antes na história deste país um metalúrgico havia ocupado a presidência da República. Quantos temores e terrores a cada vez que você se apresentava como candidato! Diziam que o PT, a ferro e fogo, implantaria o socialismo no Brasil.

Quanta esperança refletida na euforia que contaminou a Esplanada dos Ministérios no dia de sua posse! Decorridos oito anos, eis que a aprovação de seu governo alcança o admirável índice de 84% que o consideram ótimo e bom. Apenas 3% o reprovam.

O Brasil mudou para melhor. Cerca de 20 milhões de pessoas, graças ao Bolsa Família e outros programas sociais, saíram da miséria, e 30 milhões ingressaram na classe média. Ainda temos outros 30 milhões sobrevivendo sob o espectro da fome e quem sabe o Fome Zero, com seu caráter emancipatório, a tivesse erradicado se o seu governo não o trocasse pelo Bolsa Família, de caráter compensatório, e que até hoje não encontrou a porta de saída para as famílias beneficiárias.

Você resgatou o papel do Estado como indutor do desenvolvimento e, através dos programas sociais e da Previdência, promoveu a distribuição de renda que aqueceu o mercado interno de consumo. O BNDES tornou as grandes empresas brasileiras competitivas no mercado internacional. Tomara que no governo Dilma seja possível destinar recursos também a empreedimentos de pequeno e médio porte e favorecer nossas pesquisas em ciência e tecnologia.

Enquanto os países metropolitanos, afetados pela crise financeira, enxugam a liquidez do mercado e travam o aumento de salários, você ampliou o acesso ao crédito (R$ 1 trilhão disponíveis), aumentou o salário mínimo acima da inflação, manteve sob controle os preços da cesta básica e desonerou eletrodomésticos e carros. Hoje, 72% dos domicílios brasileiros possuem geladeira, televisor, fogão, máquina de lavar, embora 52% ainda careçam de saneamento básico.

Seu governo multiplicou o emprego formal, sobretudo no Nordeste, cuja perfil social sofre substancial mudança para melhor. Hoje, numa população de 190 milhões, 105 milhões são trabalhadores, dos quais 59,6% possuem carteira assinada. É verdade que, a muitos, falta melhor qualificação profissional. Contudo, avançou-se: 43,1% completaram o ensino médio e 11,1% o ensino superior.

Na política externa o Brasil afirmou-se como soberano e independente, livrando-se da órbita usamericana, rechaçando a ALCA proposta pela Casa Branca, apoiando a UNASUL e empenhando-se na unidade latino-americana e caribenha. Graças à sua vontade política, nosso país mira com simpatia a ascensão de novos governantes democráticos-populares na América Latina; condena o bloqueio dos EUA a Cuba e defende a autodeterminação deste país; investe em países da África; estreita relações com o mundo árabe; e denuncia a hipocrisia de se querer impedir o acesso do Irã ao urânio enriquecido, enquanto países vizinhos a ele, como Israel, dispõem de artefatos nucleares.

Seu governo, Lula, incutiu autoestima no povo brasileiro e, hoje, é admirado em todo o mundo. Poderia ter sido melhor se houvesse realizado reformas estruturais, como a agrária, a política e a tributária; determinado a abertura dos arquivos da ditadura em poder das Forças Armadas; duplicado o investimento em educação, saúde e cultura.

Nunca antes na história deste país um governo respaldou sua Polícia Federal para levar à cadeia dois governadores; prender políticos e empresários corruptos; combater com rigor o narcotráfico. Pena que o Plano Nacional dos Direitos Humanos 3 – quase um plágio dos 1 e 2 do governo FHC –tenha sido escanteado por preconceitos e covardia de ministros que o aprovaram previamente e não tiveram a honradez de defendê-lo quando escutaram protestos de vozes conservadoras.

Espero que o governo Dilma complemente o que faltou ao seu: a federalização dos crimes contra os direitos humanos; uma agenda mais agressiva em defesa da preservação ambiental, em especial da Amazônia; a melhoria do nosso sistema de saúde, tão deficiente que obriga 40 milhões de brasileiros a dependerem de planos de empresas privadas; a reforma das redes de ensino público municipais e estaduais.

Seu governo ousou criar, no ensino superior, o sistema de cotas; o ProUni e o ENEM; a ampliação do número de escolas técnicas; maior atenção às universidades federais. Mas é preciso que o governo Dilma cumpra o preceito constitucional de investir 8% do PIB em educação.

Obrigado, Lula, por jamais criminalizar movimentos sociais; preservar áreas indígenas como Raposa Serra do Sol; trazer Luz para Todos. Sim, sei que você não fez mais do que a obrigação. Para isso foi eleito. Mas considerando os demais governantes de nossa história republicana, tão reféns da elite e com nojo do “cheiro de povo”, como um deles confessou, há que reconhecer os avanços e méritos de sua administração.

Deus permita que, o quanto antes, você consiga desencarnar-se da presidência e voltar a ser um cidadão militante em prol do Brasil e de um mundo melhor.




quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A EDUCAÇÃO COMO UM DIREITO SOCIAL

Educar para não excluir


O Estado existe em função do homem, e não o homem em função do Estado.
O homem não pode ser transformado em mero objeto do Estado.
Compete ao Estado prover o homem nas suas condições básicas para uma existência digna.

O direito à educação enquanto princípio constitucional equivale a um direito social que veicula a dignidade da pessoa humana a sua qualidade de vida em vários aspectos e dimensões.
Com certeza, quando se fala em dignidade da pessoa humana parece difícil compreender a complexidade que tal expressão abarca.
Não menos fácil, também, seja relacionar dignidade humana com educação.

Falar de direitos e dignidade da pessoa enquanto ser humano, passou a ser algo quase que superficialmente desconexo, uma linguagem conceitual recheada de lugar-comum e poucas vezes associadas à educação.

A educação como um direito social, por ser um conceito bastante amplo e genérico não pode ser esgotado nem definido no contexto da dignidade humana.
O que se faz necessário é que encontremos elementos no âmbito constitucional em que se vislumbrem o homem como ser humano: uma pessoa dotada de personalidade, com direitos e deveres, membro da sociedade em que vive e merecedora de uma existência humana, na melhor acepção do termo e do sentido.

Existência humana implica em condições mínimas para uma vida digna.
Implica em possuir, cada pessoa, as condições mínimas de sustento físico próprio e possa participar da vida social de seu Estado.

As condições sem as quais o homem não pode viver dignamente, estão expressas no art. 6º da Constituição Federal de 1988, que trata dos direitos sociais à educação, saúde, trabalho e lazer, entre outros.

A Carta Magna de 1988, nos termos do art. 1º, inciso III, consagrou o princípio da dignidade da pessoa humana, colocando-o como um dos fundamentos da República Federativa do Brasil constituída em Estado Democrático de Direito.

A educação faz parte deste elenco de direitos e garantias que se somam ao que dispõem no art. 5º que trata dos direitos individuais da pessoa e direitos sociais previstos no art. 6º da mesma Carta.
A educação como direito social é consagrada de maneira inequívoca e cristalina no art. 6º da CF/98 e visa possibilitar ao homem os meios necessários para que se desenvolva social, intelectual, cultural e economicamente.

É repetitivo dizer que ao Estado cabe proteger indistintamente a todos, mas em especial aos mais carentes e desprotegidos.
Neste sentido, a educação - sobretudo no que se refere ao ensino publico fundamental gratuito nos estabelecimentos oficiais de ensino – se reveste de substancial importância como uma das condições de que a pessoa necessita para viver em sociedade, para ter uma vida digna.

A educação como direito social é, acima de tudo, condição essencial para uma existência digna.
Contudo, não convém ao cidadão anular-se enquanto agente em evolução contínua no seu papel multiplicador do conhecimento e transformador de sua realidade.
Atribuir responsabilidade única e exclusiva ao Estado pela qualidade da educação implica em omitir-se ante sua complexa gama de problemas e dificuldades que identificamos país a fora.

Ainda que o Estado exista para servir ao homem e não o contrário, já não é condizente que este fique passivamente a requerer soluções mágicas e utópicas, vislumbrado uma vida digna apenas por apego a princípios constitucionais.

É hora de fazermos todos – e cada um pela educação – a nossa parte.

Fonte: PERES, Pedro Pereira Dos Santos. O direito à educação e o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 417, 28 ago. 2004.

O SILÊNCIO DO GOLPE OU O GOLPE DO SILÊNCIO

Eles persistem...



Do Conversa Afiada, via Blog da Cidadania, o texto abaixo constitui a ferramenta que desserra o pano que encobria a canalhice da mídia nacional.
Da mesma imprensa que se arvora em cobrar liberdade de expressão como se a esta houvesse ameaças.
Quando, efetivamente, não havia liberdade de imprensa, esta mídia não só foi omissa em cobrar o restabelcimento da ordem constitucional, mas se colocou ao lado dos golpistas e se transformou em agente de repressão à medida que a este servia e se deixava servir.

Kotscho afirma: O PiG (*) existe

Kotscho: o PiG não falava em liberdade de imprensa durante a ditadura

Extraído do Blog da Cidadania, de Eduardo Guimarães:
Kotscho diz a Jô Soares que imprensa foi golpista

Não pode passar batida a entrevista que o ex-assessor de imprensa e amigo do presidente Lula, o jornalista Ricardo Kotscho, concedeu ao programa do apresentador Jô Soares, na tevê Globo, na madrugada desta quarta-feira (08/12).

Que eu saiba, foi a primeira vez que alguém conseguiu dizer, na sede da imprensa conservadora de direita, que ela, que acusa o atual governo de censura, foi a única, entre os dois lados, que defendeu um estado de exceção que se baseava justamente em… Censura!

No segundo bloco do programa, diante de questionamento feito pelo apresentador sobre supostas intenções deste governo de impor censura a uma mídia que se notabilizou por tentar ser mais oposicionista do que a própria oposição, Kotscho não perdoou.

Abaixo, reproduzo o diálogo entre Ricardo Kotscho e Jô Soares no programa da Globo supramencionado.

Jô Soares – O governo, parece que o governo está estudando a criação de um órgão pra controle, pra controle de conteúdo de rádio e televisão. O que você sabe dessa proposta, o que é que há de concreto e o que você acha disso?

Ricardo Kotscho – Olha, de concreto não há nada – até é bom levantar isso. Participei de um congresso, semana passada, na TV Cultura, sobre liberdade de imprensa, e estava esse negócio – o medo, o pânico, a censura, a volta da censura… Mas, quem fala isso, não viveu aquele tempo – eu vivi e eu sei como é que é…

Jô – Não, eu também e eu sei, inclusive, que é inconstitucional…

Kotscho – É impossível, hoje nós vivemos em uma democracia…

Jô – Então por que é que há essa onda, que tem até nome?

Kotscho – Então eu vou te falar: controle social da mídia, são documentos que circulam em sindicatos… Da categoria de comunicação, em congressos, simpósios, seminários… Tem gente que quer isso mesmo. Mas é uma minoria que nunca consegue…

Jô – Sempre tem gente…

Kotscho – Sempre tem, sempre tem… Desde sempre, desde o começo, quando eu trabalhava lá com ele [Lula] como secretário de imprensa. Nunca houve nenhuma medida de controle da imprensa.

Aí vão dizer assim: “Ah, mas o Estadão…”; o Estadão é uma questão do Judiciário. Todos os problemas que existirem de controle da informação são da Justiça, não tem nada a ver com o governo federal. Nem do atual governo Lula. E conheço muito bem a presidente eleita, Dilma, e não vai ter.

O Franklin Martins, nesse seminário da TV Cultura, disse, com todas as letras: “Controle social da informação é bobagem por um motivo muito simples: é inviável”. Sabe, não dá pra fazer. Quem vai controlar? Como vai controlar? Quem controla, somos todos nós. O controlamos sempre…

Jô – Dá pra controlar, não precisa nem levantar, hoje…

[apresentador faz mímica simulando uso do controle remoto]

Kotscho – Não ta gostando da nossa conversa, muda lá no controle remoto, compra outro jornal amanhã… É esse o controle que existe.

Jô – Agora, tem uma coisa, por exemplo…

Kotscho – Só uma coisa, Jô, deixa eu só complementar. Quem ta falando isso, todo dia, em manchetes, esse negócio de ameaça, na campanha eleitoral se falou… Não tem.

Eu me lembro muito bem, que eu sou dessa época, o Estadão ajudou a dar o golpe de 64. Ele fez reuniões dentro do jornal, que acabaram implantando a censura no Brasil, a ditadura que ele não gostou.

A Folha de São Paulo, você vai se lembrar disso, demitiu o Cláudio Abramo, que era um grande diretor de Redação, a pedido dos militares. Aí ninguém fala em liberdade de imprensa.

A Veja…

Jô – Mas aí havia uma ditadura… Reinando.

Kotscho – Exatamente, isso que eu quero dizer. Aí havia censura, e aí ninguém falava em liberdade de imprensa…

Jô – Por isso tão rígido a…

Kotscho – A revista Veja, a editora Abril, também não falava em liberdade de imprensa, a pedido dos militares.

Jô – Foi tão rígida, na Constituição, a medida que se tomou pra que não houvesse mais…

Kotscho – Olha, eu tenho mais de cinqüenta anos de profissão. Eu tenho um nome a zelar. Eu não vou falar pra um grande público como o teu, aqui, uma coisa que eu acho que pode estar errada. Eu tenho certeza: não houve e não haverá nenhum risco (…)