domingo, 13 de novembro de 2011

NINGUÉM PODE DIVIDIR UMA ESTRELA

Diga "não" ao latifúndio

Nas tabelas aritméticas ou nos teoremas que fundamentam as teorias numéricas, verifica-se a existência da indivisibilidade de um número.

O primo.

Tal qual um número primo, uma estrela também é indivisível.
Quem tentar decompô-la, o mínimo que conseguirá será apagar seu brilho e incandescência.
Uma estrela até poderá queimar todo seu hidrogênio, mas levará bilhões de anos para se condensar e se transformar em anã branca.
Mesmo que insistam em dividi-la, ela ainda continuará emitindo luz e sendo vista por muito tempo.

Assim são as estrelas.
Assim é o Pará – a maior estrela da Bandeira Nacional.
A maior e mais resplandecente.
A mais incandescente.
A mais linda e fulgurante da nossa “galáxia azul ”.

Há quem afirme que as estrelas são feitas de gás e poeira cósmica.
E que a energia gravitacional transformou tudo quimicamente em matéria de calor e luz.
De certa forma – asseguram – nós somos formados das e pelas estrelas.
Partículas de suas partículas, matérias de suas matérias.

O que sei é que a Estrela chamada Pará é formada de gente.
Do trabalho, do suor e do sangue que a une.
O sangue que lhe corre nas veias está no vermelho da sua majestosa bandeira.
Ali temos a vida, a honra e a glória de sermos um povo indivisível.

No Pará o que se divide são o sorriso e a solidariedade dos paraenses.
A fartura da chuva que se divide ao cair em gotas para irrigar os teus açaizeiros e açaizais - fonte de energia que alimenta.

O Pará divide com o mundo o aroma e o inigualável sabor do seu cupuaçu – o divino manjar dos deuses que se espalha pelas suas feiras.
No Pará o Sol sedutoramente divide seus raios para aquecer nossos equatoriais e contínuos invernos.
O Pará é a unidade-mãe gentil de sete milhões de filhos entre naturais e “adotivos” - berço acolhedor daqueles que para aqui migram em busca de riqueza e felicidade.

O Pará é uma nação onde cabem duas Franças.
Uma nação apaixonada pelo Pará.

Integralmente.
Literalmente.

Somos um povo guerreiro e defensor até o instante derradeiro da integralidade de nosso Estado.

Isso é amor pelo Pará.
Dividi-lo é falta de amor, é mero interesse político, aliado à ganância econômica.
Dividir o Pará não é apenas torná-lo menor, mas enfraquecê-lo em todos os níveis e sentidos.
É colocá-lo à vexatória condição de um dos menores e mais pobres estados da federação.

Alagoas, Piauí e Maranhão ganharão, em uma eventual divisão do Pará, um novo e pobre “irmão”.

Estudos do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) apontam que os dois novos estados seriam economicamente inviáveis.
Ambos se comparariam à crianças famintas de bocas abertas esperando que lhes dessem de comer.
A União teria que repassar a cada um algo em torno de R$ 3 bi por ano.
E somados, os dois gerariam um déficit que andaria pela casa dos 7,5 bi.

Pra se ter uma idéia, em 2008 o Pará gastou 16% do seu PIB com a manutenção da máquina.
O estado do Tapajós, se criado, gastaria para manter a máquina funcionando, 51% do seu PIB, e o do Carajás, 23%.
A média nacional é de 12,72%.

Isso sem falar nos gastos com a eleição plebiscitária que importará em mais de R$ 12 mi.

No dia 11 de dezembro os paraenses decidirão através do voto se querem um “Pará-mirim” e esquartejado.
Para dizer NÃO ao esfacelamento do Pará que o deixaria pobre e minguado é preciso que todos votem.
A abstenção pode ser a arma dos que interessam a divisão do nosso Estado.

Da nossa estrela azul.
Da estrela indivisível que brilha no ponto mais alto da Bandeira Brasileira.

Vote não.

Vote pela indivisibilidade do Pará.
Porque ninguém pode dividir uma estrela.
















Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE O SEU COMENTÁRIO