sexta-feira, 4 de novembro de 2011

BANCO DO BRASIL: LUCROS E A QUALIDADE DE SEUS SERVIÇOS



Há vinte e três meses – mais precisamente em janeiro de 2010 – eu falava numa crônica do quanto salutar é a concorrência de mercado.

Não importa o produto ofertado.

Refletia ali os malefícios antagônicos que se sobrepõem ao cliente ou consumidor quando uma empresa monopoliza o bem ou serviço que oferece.

O monopólio se caracteriza na e pela falta de concorrência.

E obriga as pessoas ao uso daquilo que lhe é oferecido pela simples falta de opção na escolha de algo que lhe satisfaça.

A agência do Banco do Brasil de Santa Maria era o mote daquela crônica.

Passados quase dois anos, constata-se a gritante escassez de mudanças no Banco do Brasil.

A não ser a sucessão de suas gerências – três, salvo engano – que na prática pouco benefício trouxe ao cliente.

A qualidade dos serviços prestados pelo Banco do Brasil em nossa cidade não condiz com a lucratividade obtida pela instituição no último trimestre deste ano.

O lucro líquido do Banco do Brasil de R$ 2,89 bilhões entre julho e setembro.

Pode parecer utópico, irresponsável e até irônico.

Mas tamanha lucratividade não é o suficiente para o Banco cuidar de suas agências e valorizar sua clientela.

A ocupante da cadeira de gerente em 2010, deixou a sua memorável marca: ela tirou as cadeiras da agência e deixou os idosos e aposentados em pé.

Na fila de espera de atendimento que no Banco do Brasil nunca é inferior a uma hora de tempo.

Ela também mandou retirar o cafezinho...

Hoje as cadeiras voltaram.

O cafezinho também.
Todavia, a espera é a mesma.

O auto-atendimento não passa de aporrinhação.

Com três bilhões de reais em caixa, o Banco do Brasil não compra uma turbina de papel para a impressão de recibos bancários.

Três bilhões não dá para o Banco do Brasil adquirir um caixa de auto-atendimento que funcione.

De cada dez terminais do Banco do Brasil, ao menos sete apresentam um problema.

E deixam o cliente na mão.

A agência de Santa Maria é um horror!

Está há três semanas às escuras.

Quem precisar fazer uma operação bancária após as dezoito horas recomendo levar uma vela.

Um candeeiro, ou uma caixa de fósforo.

A central de ar é barulhenta, mas nada faz além de barulho.

O calor é sufocante e infernal.

Não gela!

O cliente que entra no Banco do Brasil é que acaba entrando numa gelada.

O Banco do Brasil continua precisando de uma coisa chamada concorrência.

Sozinho, o Banco do Brasil faz o que bem entende com seus clientes.

Atende pessimamente mal e fica tudo por isso.

Como se não bastasse, o Banco do Brasil se isola ainda mais no papel monopolista que exerce em Santa Maria.

Ele ganhou a concorrência de banco postal e substituirá o Bradesco no serviço que este oferecia junto aos Correios.

Por outro lado, a mini-agência do Bradesco não está à altura da demanda.

O Bradesco chegou pequeno em Santa Maria e optou por não crescer.

Continua pequeno, frágil e ineficiente.

O Bradesco acabou por tornar fácil o monopólio do Banco do Brasil.

O Banco do Brasil tem um caixa abarrotado de dinheiro.

Ele pode ser o maior banco da América Latina e um dos maiores do mundo.

Mas o Banco do Brasil continua a não ter uma coisa bem básica para quem opera no mercado.

Algo que seria essencial para quem vive a partir do lucro e do seu desempenho na relação com o consumidor – razão maior de sua existência.

O Banco do Brasil não tem o menor respeito por seus clientes.

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