Via de regra, as grandes datas, como o 1º de Maio, eclodem a partir do luto e da luta subscrita com sangue e suor das classes organizadas.
A redução da jornada de trabalho, o fim da violência ou do preconceito; a busca pelo respeito e o direito à justiça e isonomias foram e serão, sempre, o aporte, o caule e a seiva dessas manifestações que visam conduzir à conquistas de quem produz a riqueza da sociedade ou de quem dela é excluído.
A História foi generosa com o 1º de Maio.
Dos fatos que o marcaram merecem destaque a greve geral ocorrida nas ruas de Chicago, nos EUA, em 1886.
Os eventos que se seguiram motivaram a criação do Dia do Trabalhador ao redor do Mundo.
Principiava-se as batalhas reinvidicatórias por melhores condições de trabalho e maior salário sob o patrocínio das combatidas centrais trabalhadoras.
No Brasil o 1º de Maio começa a ser escrrito pelas mãos do Trabalhista-Mor, Getúlio Vargas.
Em 1940, ele institui o salário mínimo.
Passado um ano após, Getúlio cria a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores.
O mestre de Leonel Brizola sanciona o Decreto-lei nº 5452 unificando as leis do trabalho existentes no Brasil.
Está crianda e estatuída a Consolidação das Leis do Trabalho no País de Lula e Dilma.
E, mais do que nunca, agora, do Brizola Neto!
A humanidade já estava à bordo deste primeiro século do Terceiro Milênio quando o presidente boliviano, Evo Morales, decreta a nacionalização dos hidrocarbonetos (gás natural) e petróleo, tropas do exército boliviano ocupam uma das instalações da Petrobrás.
Para o delírio da mídia tupiniquin – camuflada de azul e amarelo. Prendominando o amarelo...
Claro! O dia era 1º de Maio. O ano, 2006.
E o governo Lula não caiu.
De volta à Europa, no dia 1º de Maio de 1934, foi abolida a escravatura nas colônias inglesas
Muito antes (1707), entrava em vigor o Tratado de União que unia o Reino da Inglaterra ao da Escócia para formar o Reino da Grã-Bretanha.
Corria o ano de 1865 quando os império do Brasil, Argentina e Uruguai se uniram para assinar o que se chamou Tratado da Tríplice Aliança.
A história obsequiou o Brasil com um 1º de Maio singular. E fez nascer, em 1829, José de Alencar.
Não o empresário boa gente e vice duas vezes do Lula.
Mas um dos mairores escritores - e também político – brasileiro.
O 1º de Maio ficou marcado também por fatos de ordem religiosa e eclasiástica.
A elevação das dioceses de Mariana/MG e Belém/PA à categoria de arquidioceses, feitas pelo Papa São Pio X, atratavés da bula Sempiternam humani generis é um desses.
Em 1906.
Contrariando todas as bulas e catecismos da Igreja, a Suécia legaliza, em 2009, o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Passados dois anos, em 1º de Maio de 2011, é feita a Beatificação de João Paulo II, em celebração dirigida pelo Papa Bento XVI, no Vaticano.
Em 1º de Maio de 1961, o então primeiro-ministro de Cuba, Fidel Castro, proclama o país como nação socialista e vira o inimigo implacável dos Estados Unidos Americanistas – a epiderme do mundo.
Ayrton Senna sofre acidente grave no Grande Prêmio de San Marino, na Itália.
Morre no mesmo dia. 1º de Maio.
E nem o Massa nem o Barrichello o viram correr...
Ao menos isso é deduzível...
Em 1º de Maio, os Estados Unidos pensavam ter reinventado a roda.
Só que mais (ainda mais) redonda!
E redescoberto a penicilina.
A cura da Aids era irrelevante.
A crise financeira que rebocou alguns milhares de norteamericanos às classes C, D e E estava suprimida.
O mundo são e salvo.
Os deuses se curvavam ao pavilhão imperialista listrado.
Nos parvosos editoriais piguistas. Sobre tudo os daqui.
Barack Obama, anuncia, em um pronunciamento, a morte do terrorista saudita Osama Bin Laden, da Al-Qaeda.
Nada disso, além do assassinato de Osama por Obama aconteceu, à exceção do aumento do ódio, da contumaz arrogância, da sede inominavelmente sangrenta americana.
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