segunda-feira, 30 de abril de 2012

SEM PARAR



Existem coisas na vida que a gente faz uma vez e, que se pudesse, não pararia jamais de fazer.

Ou ao menos as faria sempre.

A verdade é que existe aquilo que a gente faz porque gosta.
Gosta porque atrai, seduz. Dá prazer.
Delicia. Prende algo da gente.

E a gente, por tanto gostar, acaba fazendo aquilo que gosta a toda hora.
Em qualquer lugar.
Sem parar.

Comer chocolate é uma dessas coisas.

O chocolate - essa bebida divina descoberta pela civilização Maia do Período Clássico (250-900 d.C.) se fez pó e se transformou em irresistíveis barras e bombons.
Os lucros obtidos pelas indústrias do chocolate não param de crescer.
Porque o número dos chamados chocólatras, na mesma proporção, cresce sem parar.

Devo confessar que aos poucos vou integrando o time desses aficionados.
Todavia, com certo grau de esforço tenho sido exitoso em meus objetivos de contenção.

Nem uma palavra até aqui empregada na composição deste arremedo de crônica foi usado por mero acaso.

Sem parar lembra uma marca de chocolate que, para ser sincero, faz juz ao nome.
Se se deixar levar pela santa gula, a gente acaba mesmo por comê-la, sem parar.
Imagino que é preciso dizer que o chocolate não é o único causador de sensações assim dominadoras.

A música também exerce essa magia.
Assim como a leitura de um bom livro.
O livro do Amaury Ribeiro Jr. se encaixa nesse perfil.

“A Privataria Tucana” é uma explosão editorial e lieterária.
Ainda que de conteúdo amargo, lê-lo vira uma compulsão.

Vicia.
Como comer chocolate.
A exceção do Roberto Gurgel.

Quanto mais a gente ler “A Privataria Tucana”, mais quer continuar lendo...
E ler. Sem parar.

Para saber aonde tudo aquilo vai acabar.
Porque ainda não acabou.

A CPI da Privataria sob Serra-FHC não pode cair no esquecimento.
Pouco importa que o Serra ganhe a Prefeitura paulista.

A CPI da Privataria tem de ser instalada.
Antes de 2014.


























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