O SAC enchendo o nosso saco.
A lei que obriga as empresas prestadoras de serviço a manterem um serviço de atendimento aos clientes entrou em vigor em 2008.
É a lei que regulamenta a disponibilização do SAC.
SAC vem a ser Serviço de Atendimento ao Consumidor.
Tal lei determina a criação de um protocolo.
Nesse protocolo deveria ficar registrado, logo na primeira ligação, o problema relatado pelo cliente.
Para que este não tivesse que repetí-lo mais de uma vez.
Isto quer dizer que o problema do cliente deveria ser registrado e resolvido imediatamente dispensando-o do aborrecimento de sucessivas ligações.
Simples assim.
Mas...
O SAC virou um saco.
Ter que ficar ouvindo aquela musiquinha irritante enquanto aguarda atendimento, não basta.
O cidadão é obrigado a relatar o mesmo bea-a-bá à cada atendente até – num trágico efeito dominó – ser por ele dispensado e empurrado para outro que o empurra para outro.
Um massacre.
Um abuso.
Um absurdo.
Pesquisa feita e divulgada pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça - DPDC, dá conta de que a maior queixa dos clientes é ter que repetir várias vezes o mesmo problema ocorrido a cada ligação feita.
Num período de quinze meses, o DPDC recebeu em torno de 20 mil reclamações.
Esse tipo de problema é relatdado por 87,3% dos queixosos que acessaram o seu site.
E o segmento campeão de reclamações por conta do jogo de empurra é o de telefonia móvel.
O nosso ineficinete e inexplicavelmente adorado celular.
Ele (o serviço de telefonia móvel) responde pela metade praticamente das queixas, com 48,9%.
Ocupando a segunda colocação das reclamações com 27,5% aparece o serviço de telefonia fixa.
De acordo com as leis herméticas, todo efeito tem uma causa.
Ou vice-versa...
Isso é princípio de sabedoria.
No caso das empresas de telefonia, sobretudo de celular, o efeito das reclamações reside na má qualidade dos serviços prestados – a causa.
Não haveria reclamações – ao menos em tais proporções – caso o produto oferecido atendesse satisfatoriamente às necessidades dos usuários.
A TIM ocupa o lugar mais alto do pódio das empresa mais reclamadas entre as operadoras de celular.
Dos clientes que acessaram o Ministério da Justiça, ao menos 29,2% falaram mal da TIM.
A Vivo aparece em segundo lugar, com 23,7%, e a Claro e a Oi empatadas em terceiro, com 22,8% cada das reclamações.
Na telefonia fixa, a mais reclamada é a Oi, com 53,5% das queixas.
O consumidor não quer apenas um canal de acesso à empresa para efetuar sua queixa relativa ao serviço.
Ele busca também qualidade nesse atendimento.
O consumidor quer rapidez e efetividade. Ele quer solução para sua reclamação.
Há mais de 240 milhões de linhas entre fixa e móvel no País.
Ante tamanha demanda, há que considerar-se previsível, a existência de problemas.
Mas nunca haverá de ser normal sua manutenção.
Problemas existem para serem resolvidos, sobretudo quando se fala em eficiência e na qualidade de um produto vendido caro ao consumidor, como o da telefonia.
Diante das informações colhidas na pesquisa, o DPDC pretende cobrar das empresa melhorias no atendimento aos seus clientes.
O Ministério da Justiça recomenda que o consumidor, caso se sinta mal atendido nos SAC, exija a gravação da conversa.
As companhias são obrigadas a fornecer cópia dessa gravação.
Imagina!
Elas mal fornecem o número do protocolo...
O segundo passo seria formalizar reclamação junto ao Procon, para que esse tome as medidas cabíveis.
Caso nada seja resolvido – como na maioria das vezes – a diretora do Programa de Defesa do Consumidor, Juliana Pereira, dá uma dica:
“Mude de empresa, pois ela não merece você como cliente”.
Falando em mudança, mudar pra onde?
Um serviço assim tão ruim quanto o da telofonia, quem merece?
O SAC nos enche mesmo é a paciência...
E o saco.
Coberto de razão Orlando! E nós que moramos na zona rural onde as montanhas e baixadas são nosso visual, somos ainda mais prejudicados. É pena que grandes nomes como: TIM eoutros, tenham falhado tanto... Um abraço.
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