segunda-feira, 29 de junho de 2009

MICHAEL JACKSON - PARA QUEM O POP ERA REI?

A imprensa internacional e com ela, a brasileira, se superam a cada dia em matéria de sensacionalismo.
A mídia é perita na arte de transformar notícia em espetáculo para prender a atenção de leitores, ouvintes e espectadores.
Assim foi e assim tem sido em casos como o 11 de setembro, a guerra contra o Iraque, o mensalão e a CPI dos Correios.
Sem esquecer o câncer da Ministra Dilma, a CPI da Petrobrás e a gripe de todos os nomes, que era do México, passou a ser dos porcos e agora é H1N1 – a Nova Gripe, já envelhecida até.
Não raro a imprensa brasileira é retransmisora de fatos importantes... para os americanos e europeus.
Ou para o que a imprensa de lá julga ser importante para eles.
Não consigo entender e me nego a aceitar a ideia de que o que é bom para os Estados Unidos é ótimo para nós no Brasil.
O pior é que uma imensa parcela de brasileiros - por desentendimento mesmo – por não achar nada de nada e em nada, é a confirmação disso.
Sabe por que? Porque a imprensa, sobretudo, trabalha para isso.
No dia 25 de junho o mundo se viu tomado por uma notícia impactante. Morria o cantor americano Michael Jackson.
A mídia brasileira, em particular a TV, transformou a morte do mito, segundo ela, em um espetáculo nunca antes visto na história deste país.
O Jornal Nacional da Globo do dia 26, produziu até um editorial na voz embargada do Willian Bonner e a Fátima Bernardes fez biquinho de menina triste. A cobertura sobre a morte de Michael Jakcson ultrapassou os 25 minutos de duração.
Clipes do astro eram mostrados a cada intervalo, e no final do jornal, as legendas passaram ao som de um sucesso do falecido.
A Globo quase botou uma tarja de luto na tela.
Nem nas mortes de Roberto Marinho e do Papa João Paulo II a Globo demonstrou tanto pesar.
Pelo que pude perceber, a Globo vai cobrir do velório ao enterro, e se duvidar, até a Missa de Sétimo Dia de Michael Jackson.
Mas o que me chama mesmo a atenção é a facilidade com que o povo “viaja” nos propósitos da mídia.
A mídia fez de tudo para passar a certeza de que o mundo havia perdido um rei – nobre, humano e gentil.
Um rei cujo legado ajudou a transformar a vida dos americanos e, por conseguinte, a nossa também.
Os africanos, os afegãos e os brasileiros devem muito a Michel Jackson, segundo a módia. Um astro da MPB disse que Jackson foi responsável pela eleição de um negro – Barack Obama – para a presidência dos Estados Unidos.
Logo ele, que negava a própira cor...
Não acho correta a tentativa de isentar de suas falhas e dos seus pecados o falho e pecador, só porque ele faleceu.
A morte não apaga as marcas dos nossos atos e ações, sejam elas boas ou o contrário.
Michael Jackcon foi um personagem controverso, um ser de atitudes esquisitas e questionáveis.
Nada nele merece a minha admiração, a não ser o seu talento como artista. Talento que fez a mídia chamá-lo de rei... um para o qual a cor da pele era mais importante que a própria vida.



3 comentários:

  1. Um astro, um rei, um prodígio, um paradoxo. Michael Jackon foi tudo isso e muito mais. O cantor, compositor e extraordinário dançarino a quem especialista atribuem a criação do pop, ao ser o primeiro a oferecer a multidões uma musica capaz de congregar negros e brancos, criou hits que não conheceram fronteiras.
    Um final indubitavelmente triste para um astro da envergadura, mas coerente com sua vida de garoto, cuja infância foi roubada. Ele ú um gênio indelegável com moonualk o mais imitado passo de dança no mundo inteiro.
    Então um Rei do Pop...que morreu como viveu: enigmaticamente.

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  2. Concordo com q fala da emissora sensacionalista e formadora de opiniões com certeza tanto derruba um artista como fez com Michael Jackson qdo ainda era vivo acabou com ele de todos os sentidos e depois de morto virou herói e rei como foi mencionado no texto.
    Eles só pensam em si mesmo e eles são os verdadeiros atores e como interpretam bem!!!

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  3. E dai que o povo gosta dele agora, e você é contra? quando você morrer ninguém vai lembrar mesmo. Vai pra PQP!

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