O professor Cristovam Buarque é filiado ao PDT de Leonel Brizola, o grande estadista e trabalhista que mais se dedicou à Educação neste País.
Cristovam se elegeu Senador por Brasília.
Como professor é natural que Cristovam alimente suas utopias. Um professor, como todo trabalhador que se preze não pode perder de vista as matizes dos seus sonhos.
Como senador, porém, não lhe cabe o direito de exercitar tão exacerbadamente o seu lado hipócrita.
Cristovam Buarque fez de conta que queria dá um presente para quem não queria dar. Por isso jamais o dará. E quem devvia recebêlo, não o receberá.
Aí, ele bolou um projeto.
Cristovam se elegeu Senador por Brasília.
Como professor é natural que Cristovam alimente suas utopias. Um professor, como todo trabalhador que se preze não pode perder de vista as matizes dos seus sonhos.
Como senador, porém, não lhe cabe o direito de exercitar tão exacerbadamente o seu lado hipócrita.
Cristovam Buarque fez de conta que queria dá um presente para quem não queria dar. Por isso jamais o dará. E quem devvia recebêlo, não o receberá.
Aí, ele bolou um projeto.
E criou o 14º Salário para os professores das redes públicas de ensino estaduais e municipais.
Para fazer jus a esse salário extra, o professor terá que tirar leite de pedra.
Segundo o projeto do senador brasiliense, o salário só será pago ao professor que melhorar a qualidade do ensino na sua escola.
Ele terá que dobrar o nível do Ideb, dos atuais 4 para sete ou mais pontos. O Ideb vai até 10.
O critério adotado para conceder o 14º salário será a nota dos alunos no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), calculado com base no desempenho dos estudantes na Prova Brasil e no Censo Escolar.
No Brasil apenas 600 escolas atingiram o Ideb 7.
Ou seja, Cristovam sabe que o índice 7 do Idebe como parâmetro para pagar um salário extra no Brasil é tarefa tão difícil de ser executada quanto a de encontrar um senador honesto nos corredores do Senado.
Enquanto se exige tanto de um professor para que receba um “dinheirinho a mais” nos seus suados e minguados vencimentos, seria de bom alvitre que os senadores explicassem as facilidades que tem para aumentar os próprios salários.
E quais os critérios adotados para que recebam o 15º e até o 16º salário.
O professor tem de ser posto à prova...
E um senador, que prova terá de dar à sociedade para tantos benefícios e incontáveis (e afrontosas) mordomias?
Que ele não é mais corrupto do que aquele seu colega mais corrupto?
Que não responde processos nem ao menos perante à Justiça Eleitoral?
Que não fez caixa 2 de campanha?
Veja bem, amigo navegante.
Um senador recebe 24 mil reais por mês para trabalhar de 3ª a 5ª feira, mais ajuda de custo de 15 mil, verba indenizatória de 20 mil, 5 mil de auxílio moradia, quatro passagens aéreas mensalmente, ganha 25 litros de gasolina por dia e conta com 20 funcionários em seu gabinete.
Sem contar com o plano de saúde ilimitado.
O professor trabalha como um burro de segunda a sexta e formula ou corrige atividades sábado e domingo, seus descontos são iguais os vencimentos, toma pó de giz na cara e quase sempre fica sem voz e anda de carro ou a pé – quando tem carro, não tem casolina.
Vale lembrar que o seu plano de saúde só lhe garante 10 consultas por ano.
E ainda assim, um professor lá do Senado lhe nega o seu 14º salário.
Aqui está o Atlântico. Atravessem-o a nado. Quem chegar (vivo) do outro lado, esse receberá um prêmio: o 14º SALÁRIO.
Nisso se traduz o projeto de Cristovam Buarque.
Utopia? Eu chamo isso de hipocrisia.
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