Moro no coração da Amazônia.Belém é chamada a “Metrópole da Amazônia”.
Eu não moro em Belém.
Moro no “Portal de Belém”.
Numa cidade distante apenas 100 quilômetros da capital paraense.
No meu estado e em toda a Amazônia estamos no período das grandes estiagens.
Com poucos ou baixíssimos índices pluviométricos.
A chuva raramente cai nessa estação do ano, chamada verão, na região Norte do Brasil.
Aí explodem e se disseminam as queimadas.
Os incêndios se dão natural e criminosamente.
Os fazendeiros derrubam a floresta e a queimam para o plantio de pastagem.
Os pequenos agricultores fazem o mesmo, para o cultivo de culturas de subsistência.
Traduzindo: está a todo vapor a “cultura do extermínio” das florestas amazônicas.
E assim os incêndios são vistos por todos os lados, em todos os lugares.
A toda hora.
Na Ilha do Marajó, o maior arquipélago do Mundo, com o maior rebanho de búfalos do País a “seca” já dizimou mais de 300 mil cabeças de gado.
O chão rachou, a vegetação desapareceu... e a vida não resiste sem água.
E a pobreza, com sede, só faz crescer e aumentar quantitativamente o número dos empobrecidos sedentos por dignidade.
É a Amazônia, o maior reservatório de água do Planeta pegando fogo.
Mas isso tem todoa uma explicação.
A vegetação ressecada, por sí já consiste em um excelente “combustível” para a propagação dos incêndios.
Só que eu estou falando da Amazônia.
A região dos contrastes naturais, econômicos e sociais.
Ver a Amzônia submersa pelas águas numa determinada estação do ano e percebê-la depois imersa pelo fogo, noutra, é uma coisa.
Outra coisa para a qual não se tem explicação é ver São Paulo dividido por zonas, ser tomado pelas “enchentes”, umas e, sistematicamente consumidas pelas chamas, outras.
Com um fator intrigante e uma coincidência alarmante: são da mesma classe e se inserem na categoria de pobres e/ou nordestinos, os que perdem suas casas, dignidade e a vida nos “alagões” e nas “queimadas” na maior cidade brasileira.
Com um fator intrigante e uma coincidência alarmante: são da mesma classe e se inserem na categoria de pobres e/ou nordestinos, os que perdem suas casas, dignidade e a vida nos “alagões” e nas “queimadas” na maior cidade brasileira.
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