Nunca antes na história desse País elas foram tão magistralmente utilizadas.
E incomodado a tantos e descontrolado a outros.
As metáforas de Lula são como os elefantes.
Uma incomoda muita gente.
Duas metáforas incomodam milhares.
A tucanos e demos.
À classe média e ao PIG.
Uma gente que não resiste a uma metáfora lulista.
Porque já não resiste ao seu ator. Aliás, nunca resistiu.
Lula tem a inteligência e a perspicácia à flor da alma.
E sabe como poucos atingir a sensibilidade das pessoas e tocar-lhes a essência do espírito.
Com sutileza e malícia transforma em eloquente o discurso morno, em ato motivador e contagiante o mais simples evento, em qualquer circunstância.
Um desespero para a oposição.
Um furor para o PIG.
E haja papel para extravasar tanto descontrole.
E tentar reverter mentiras em verdades.
Ao falar por metáforas às multidões Lula, mais que desenhar, nos mostra os múltiplos cenários – físicos e virtuais – políticos que indicam com indubitável clareza que o povo brasileiro deseja dar seguimento às demandas de seu governo.
O povo diz que não quer o fim do PAC. Nem a privatização do patrimônio nacional.
O povo quer a Petrobras com “S” e não com “X” e um País com liberdade para ir e vir – e não “alagado” por praças de pedágios em todos os sentidos.
Lula contagia e apaixona.
E o faz com malícia, mas não por maldade.
Foi isso que Lula fez ao inaugurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Bairro Santa Luzia, em Juiz de Fora/MG.
O prefeito da cidade é tucano. Que nem o Aécio – o ex-pré-candidato a presidente. E possível vice de José Serra, o Zé Alagão que alagou duplamente São Paulo: com água e pedágios.
Lula foi ovacionado. Dilma “aclamada”.
O prefeito, Custódio Mattos, muito vaiado.
As vaias se inflamavam quando o nome de Aécio Neves era citado.
Ele mandou a penas o Secretário de Saúde para receber por ele as vaias.
Lula até fora complacente e solidário com os tucanos torturados pelos apulpos, sem contudo, perder sua infalível perspicácia ao defendê-los:
“Obviamente, sei que muitos de vocês estavam esperando há meses a oportunidade para vaiar o Custódio. Queria dizer aos meus companheiros que não é correto esperar a vinda do presidente da República para inaugurar uma obra para fazer isso."
E, para fazer delirar as 1.500 pessoas que o esperavam falar, disse se dirigindo à futura Presidente:
"Dilma Rousseff, eu queria dizer a você que tenho uma história de gratidão com esse povo de Juiz de Fora. Em todas as eleições que eu participei para presidente da República, se dependesse de Juiz de Fora, eu teria sido presidente em todas."
Como se não bastasse, sabendo que poderia falar diretamente de política para não motivar novas ações do PSDB, Lula tascou aquela que certamente se transformará numa das mais brilhantes metáforas ditas por ele, pela sua clareza, por preencher todos os conornos comparativos, por aguçar o imaginário e responder a todos os questinamentos.
Falando sobre o Brasil sob FHC e comparando-o com o País da criação do emprego e da geração de renda – o Brasil da Era Lula, o nordestino de quatro dedos foi eloquas:
"Tem época na vida da gente que tudo dá errado. Os filhos não vão bem na escola, a mulher e o marido têm desentendimento até por causa da novela, o salário nunca dá para atender às necessidades da família... E o Brasil passou muitas décadas vivendo essa fase. Foram mais de 20 anos, porque praticamente uma geração toda não teve notícia de geração de emprego, de aumento de vagas nas universidades ..."
Lula disse que a situação mudou a partir de 2003.O Brasil mudou.
Mudaram os cenários, Presidente. O senhor os mudou.
Eles virtualmente indicam a vitória de uma dama...
Dama, que o País começa a amá-la. A filha do Lula, a Mãe do PAC:
Dilma Rousseff.
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