Conhecer Neuton Miranda foi para mim um grande privilégio.
Habituei-me a entrar no Diretório do PCdoB sempre que voltava da aula, no início da noite, sobretudo, nas sextas feiras.
Neuton Miranda e Socorro Gomes me honravam com momentos inesquecíveis de conversas especiais e empreendedoras do ponto de vista da minha formação política.
Fecundava-se ali, nas e com aquelas conversas cordiais, não certamnte um militante do PCdoB – eu já era filiado ao PDT – mas um cidadão politizado, um misto de comunista com socialista e progressista.
Fui saciado e bebi, incontáveis vezes, direto da fonte do PCdoB.
Olhando no plácido olhar de Neuton Miranda e ouvindo seus sábios e enriquecedores ensinamentos através de sua voz calma e macia.
E isso eu jamais esquecerei.
Foi dali que surgiu o assíduo leitor da Classe Operária no qual me tornei.
Por mais de quatro anos recebi esta conceituada e imprescidível publicação do Partido.
Parecia não haver nada que abalasse o humor e tirasse de Neuton Miranda a serenidade.
A calma, a segurança e a crença inabalável no que pensava, dizia e fazia eram suas marcas resgistradas.
A política partidária, o engrandecimento do PCdoB, concomitantemente à conquista de um Estado socialista, de um país verdadeiramente democrático e soberano consistiam a razão do seu trabalho diuturnamente.
Neuton Miranda entra para o seleto grupo dos heróis nacionais.
Heróis como João Amazonas...
E os heróis até podem morrer.
Os seus sonhos, jamais.
Porque fica o seu legado.
E o legado imortaliza um herói.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
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