Não existe nada mais simples e tão fácil para nós do que apontar o erro alheio.
Geralmente temos por hábito a acusação seguida do julgamento impetuoso de acordo com o nosso conceito de justiça e conveniências, como se fôssemos juízes e senhores da razão e da verdade absoluta.
Apontar as falhas, denunciar atitudes e desvios de conduta e de caráter.
Criticar, esnobar e execrar publicamente a vida e a honra de terceiros são ações que, não raro, configuram mais que desejo, um apostolado para considerável número de pessoas.
A despeito de terem diante de si um meio ou instrumento que lhes possibilitam o acesso às massas, como o uso de uma concessão caracterizada no serviço de um jornal ou revista, um canal de televisão ou uma emissora de rádio.
De todos os veículos de comunicação o rádio é o mais popular e eficiente no que se refere ao seu poder de alcance.
Dados estatísticos mostram que de todos os veículos do Brasil, 83% possuem um aparelho de rádio.
A audiência do rádio cresceu, em média, 44% nos últimos cinco anos.
Nesse mesmo período o mercado de publicidade via rádio, teve um crescimento de 25%.
Ao menos 73% da população brasileira escuta uma programação radiofônica diariamente, o equivalente a 138 milhões de ouvintes sintonizados todos os dias numa estação de rádio.
Para quem se acostumou a falar mal dos outros sem reparar nas suas próprias imperfeições, o rádio é um prato feito.
E o rádio está tomado de tipos assim.
Pessoas para quem a irresponsabilidade é o limite.
E gravitam entre o ceú e o inferno.Imaginam-se ungidos e beatificados pelo povo.
E fazem de suas denúncias um gesto revestido da mais pura demagogia e apelação com claro objetivo de promoção pessoal.
É o inescrupuloso falando da falta de escrúpulos.
Apontando os erros dos outros e esquecendo de corrigir os seus.
Esquecendo-se de que o Maior Juiz nos advertiu para que não julgássemos afim de de que não fôssemos também julgados.
Tem ainda, a questão de te incomodares com o argueiro no olho alheio... enquanto não tiras a trave do teu...
Pior que ser julgado por alguém é descobrir que se é julgado pelos próprios erros e pecados.
A mão que sustenta o dedo com que acusas o outro, é composta, também, por mais três (dedos) que apontam diretamente para ti. Na tua direção. Para os teus olhos e o teu coração.
O ideal e o recomendável é que sejamos sensatos e não usemos nem do rádio, nem da TV nem de qualquer outro veículo de comunicação como um instrumento para disseminar meias verdades ou mentiras mesquinhas e maquiavélicas até.
A inteligência, a coerência, e a justiça nos mandam que sejamos inteligentes o suficiente para sermos coerente e justos.
Justos para com os outros.
Justos conosco mesmo.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
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