terça-feira, 21 de junho de 2011

LIÇÕES


Aprendi que os que partem de nossas vidas levam pouco ou quase nada de nós...
Aprendi que eles simplesmente deixam em nós profundas - e fecundas - lembranças...

De um olhar insinuante,
De um abraço apertado,
De um sorriso trocado,
De uma piada contada.
E uma saudade cortante...

Aprendi que a dor é uma metáfora do amor quando este nos dá a dimensão da dor em razão de uma perda sentida...
Aprendi que ela (a dor) tem a faculdade de sulcar no coração da gente a lágrima que chega até (e se derrama de) nossos olhos...
E a lágrima pode ser a expressão de uma palavra que não pôde ser dita...

Do sorriso que os lábios não souberam mostrar,
Da tristeza silenciosa que fez eco na alma,
Da indignação amargamente engolida,
Da felicidade encontrada,
E da alegria perdida...

Aprendi que o tempo não tem tempo de passar quando percebe que podemos deixar para trás as lembranças deixadas por um amor que nos fez seguir adiante mesmo depois que o perdemos...
Aprendi que o amor é dos sentimentos o mais intransigente: ele não tem a menor noção do quanto pode machucar um coração.
Aprendi que a saudade não é símbolo somente da perda irreparável nem da falta de uma presença: ela tanto pode ser objeto dos sentidos sentida pela distância, quanto pela vã tentativa de gritarmos por um nome sabendo que, ainda de perto, não seremos ouvidos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE O SEU COMENTÁRIO