quinta-feira, 11 de novembro de 2010

TIRIRICA: A VITÓRIA CONTRA O PRECONCEITO E A DESMORALIZAÇÃO DA JUSTIÇA

O pior crime cometido pelo Tiririca foi ele ter nascido no Nordeste.
E ser de origem pobre.
Como o Lula.
Um retirante que conheceu o flagelo da fome nos confins do agreste pernambucano.

Tiririca não teria sido acusado de ser analfabeto e sofrido a humilhação que sofreu a ponto de ver ameaçada sua diplomação se fosse paulista ou paulistano.
Se tivesse olhos azuis, diploma de nível superior e falasse inglês.
Tiririca é vítima do preconceito e da arrogância que corroi por dentro a elite brasileira.
Uma elite abominavelmente conservadora para qual trabalha e serve – de forma escandalosa – grande parte da Justiça.

O deputado federal mais votado do país foi obrigado a fazer um teste realizado pela Justiça Eleitoral de São Paulo para provar que sabe ler e escrever.

E provou que sabe.
Mas nem precisava provar.

Porque diz a Constituição Federal Brasileira que todos são iguais perante a Lei.

Isto quer dizer que, ainda que fosse analfabeto, isso não impediria Tiririca de ser candidato.
A própria Carta Magna preconiza a todo e qualquer cidadão brasileiro o direito de votar e ser votado.
O branco e o preto; o rico e o pobre; o bonito e o feio e alfabetizado e o analfabeto.

Caso quisessem barrar a candidatura do Tiririca que o tivessem feito quando de seu registro e não depois do resultado das urnas.
Aí é jogo baixo, jogo sujo e rancoroso, mesmo.
Por não ter sido acusado de corrupção ativa nem passiva, estelionato, evasão de divisas ou tráfico de drogas ou influência antes, durante nem após a eleição o mínimo que se pode concluir é que Tiririca está pagando o preço de ser um “abestado”.
Tiririca tem a cara do povo, o jeito do povo, o sentimento do povo brasileiro.
Um povo que congrega em si um misto de pureza e de sensibilidade, uma mistura de humildade e solidariedade extrema e extremada.
Um povo demasiadamente bom, que extrapola, por vezes, seus próprios limites e beira a ingenuidade.
Tiririca recebeu 1.300 mil votos da população do maior estado brasileiro.
Sua votação ajudou eleger mais cinco deputados de sua coligação.

A elite imaginava que derrubando o palhaço Tiririca derrubaria também os demais deputados que ele elegeu.
Entre estes deputados estaria o Delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz.
O delegado Protógenes mandou prender duas vezes o banqueiro Daniel Dantas por lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Ocorre que Queiroz teve votos suficientes que garantiram a sua eleição.
Ele é do PC do B, partido da base de apoio do Presidente Lula.
Assim como Tiririca e todos os parlamentares que tiveram sua ajuda, apoiarão a Presidente Dilma no Congresso.

Está devidamente explicada a razão de tantas e vexatórias manobras para prejudicar um deputado cujo pecado maior é não trabalhar na Globo.

Agora, me responda, você que me acompanha:

De quem é mesmo a palhaçada nessa lambança toda? Do Tiririca é que não é porque ele provou que sabe ler, escrever e até interpretou um texto ditado pelo juiz.
Como fica a cara do Promotor que o acusou sem provas e sem base legal?

Isto sim, é uma palhaçada.
E o deputado Francisco Everardo, o Tiririca, definitivamente, não é o palhaço.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE O SEU COMENTÁRIO