segunda-feira, 1 de novembro de 2010

OS SAPATOS DE DILMA ROUSSEFF

Se o quesito beleza fosse requisito de escolha da eleição presidencial a surra aplicada por Dilma sobre o Serra teria sido ainda maior.
Até a única eleitora que pode achar o Serra um cara bonito e votou nele, sequer é brasileira.
É a mulher dele, a Mônica Allende, a do aborto.
Ela é chilena.

A feiúra exterior do Serra, somada à de sua alma, acabou por lhe subtrair alguns milhares de votos.
Tudo porque a campanha do Serra atropelou todos os limites da racionalidade e enveredou descontroladamente na vala comum da baixaria e da mediocridade ao não medir esforços para ridicularizar e desconstruir a imagem de Dilma Rousseff como sendo uma mulher sem atributos pessoais (técnicos, éticos e morais) para presidir o País.

Em especial na política, o atributo pessoal é uma tela reflexiva.
Ela reflete e manda de volta a quem criticou, distorceu ou mal comparou a imagem de outrem, associado-a a um feito ou fato negativo.
Quem introduz com interesses pejorativos a questão dos atributos pessoais numa campanha presidencial como a que se encerrou neste domingo, tem que estar preparado para descobrir que, enquanto aponta com um dedo os erros alheios, outros três dedos apontam de volta os seus.

É o chamado “efeito bumerangue”.
Serra foi vítima dessa arma.

Serra e sua mídia aliada e igualmente com ele derrotada insistiram em associar a imagem de Dilma à ex-guerrilheira, assassina, mulher feia e durona, truculenta e sem os sentimentos afeitos ao sexo frágil.

Isso sem contar os atributos pessoais relacionados à capacidade técnica, gerencial e profissional que alegavam lhe faltar.
Ao passo que Serra sempre foi o mais “preparado”.
O mais competente e melhor Ministro da Saúde que o Brasil já teve.

Para a cínica de despropositada campanha tucana até o fato de Serra ter fugido à luta contra a ditadura e se refugiado no Chile, onde ganhou a vida como estudante e professor, é tido como bravura e heroísmo ante uma Dilma que enfrentou seus algozes, foi presa e brutalmente torturada nos porões das delegacias de SP.
Isso foi um a mais, entre outros tantos erros que Serra cometeu.

Serra – sob nem um aspecto – seja de beleza, profissional, ético, técnico ou moral - jamais será maior ou melhor que Dilma Rousseff.
Dá náusea ver o Serra destratando jornalista e pedindo sua cabeça e associar perguntas que lhe são feitas por repórteres ao trololó petista falar de liberdade de expressão, em democracia e imprensa livre.

Serra relacionou a imagem de Dilma ao autoritarismo até em seu último discurso quando anunciou seu enterro político.
Serra, o autoritário.
Quando Serra atribuiu os “escândalos” da Casa Civil e da quebra de sigilo de pessoas do seu ninho, ele não se lembrara de um certo Paulo Preto da Dersa que a imprensa partidária escondeu.

Sinceridade é outro atributo pessoal do qual Serra é órfão.
Serra não é confiável nem humano.
Serra extrapola toda escala do autoritarismo, da arrogância e agressividade.
Sua astúcia ambição em ser o Presidente do Brasil levaram seu partido e toda a direita a uma derrota irrecuperável a longo prazo.

O povo viu em Dilma Rousseff o oposto do que Serra dizia. E mais: do que era o próprio Serra.
Isso explica o fato de Dilma já ter comprado, por exemplo, o sapado para a posse.
Um mimo de calçado, uma carícia ao pezinho presidencial.

Dilma é uma mulher sensível, dona de um fino bom gosto, elegante, vaidosa e carinhosa com os seus, ao contrário do que tentaram mostrar.
O sapato de Dilma tem salto mediano e lhe cai charmosamente bem.

Dilma não põe salto alto.
Não é de seu feitio.
Isso todos viram.
Todos sabem.


















Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE O SEU COMENTÁRIO