sábado, 13 de novembro de 2010

UM PRESIDENTE PARA OS TUCANOS

Trocar seis por meia dúzia no jargão do futebol é substituir um jogador por outro de perfis e características semelhantes.
Ao menos hipoteticamente suas entrada e saída mantêm inalterada a forma de jogar do time, e tanto o triunfo quanto a derrota independem da troca realizada.

O PSDB – para variar – viverá situação análoga a partir de março quando escolherá seu novo presidente.
O presidente nacional da legenda derrotada por Dilma Rousseff será eleito em maio de 2011.
Os tucanos terão que optar por Tasso Jereissati para assumir o lugar de Sérgio Guerra.
Ou preferir José Serra – de novo – em detrimento de Aécio Neves.

Deve ser terrível ter um leque tão pífio de opções.

Diferentes alas tucanas tentam, cada qual a sua maneira, identificar pseudas vantagens naquilo que seria positivo ao partido a escolha de Tasso ou Aécio.
O Serra, a despeito dos 44 milhões de votos que recebeu na eleição para Presidência da República, não aglutina, não agrega, não soma e em nada engrandece nem qualifica o PSDB enquanto oposição.

Ao contrário.

Por sua arrogância e caráter conservador, burguês, elitista e exarcebado radicalismo José Serra só poderá ser presidente do PSDB por pura necessidade de não sucumbir ao ostracismo.
Pensando em nível de legenda, o melhor seria que sucumbisse.

Tudo leva a crer que o micróbio da presidência que alucina o utópico José Serra resistirá ao tempo, de maneira que em 2014 ele, outra vez, atropelará quem estiver a sua frente para levar a terceira surra numa disputa presidencial.
Isto equivale dizer que Serra não medirá esforços nem baixarias para ser o presidente dos tucanos e mandar para a linha do escanteio o senador eleito por Minas Gerais e seu companheiro de partido, Aécio Neves.

O ex-governador mineiro é tido por alguns como adepto do que poderá vir a ser uma oposição moderadora à Presidente Dilma, contrastando com Serra que prega abertamente o ódio e especializou-se em falar mal do Governo e denegrir a imagem do Brasil até no exterior.

Sou de opinião de que nem Serra nem Aécio são dignos de nada que não seja a desconfiança nacional.
Sendo que, no que se refere a José Serra, a este reputo, também, o meu desprezo.

O PSDB permanece aquele time medíocre que vai perdendo o terceiro jogo consecutivo, tecnicamente é um desastre, peca pela falta de talento e seus jogadores são exímios distribuidores de pancadas em campo.
O PSDB observa com justiificada apreensividade as nuvens opacas que se aproximam de seu horizonte.

A previsão é de que a chuva que encharcará a plumagem das aves bicudas comece a cair em Março, quando se inicia o processo sucessório nas executivas municipais culminando com a eleição do presidente do diretório nacional, em maio.
Ela trará um dilúvio de dificuldades e, de novo, a divisão entre Serra e Aécio.

Fica evidente que os ex-governadores – um paulista e outro mineiro – são o que restou do PSDB que, ao que parece, ainda insiste na ilusão de ver Serra eleito presidente.

Enquanto isso, o time não muda.
E o treinador continua trocando seis por meia dúzia.





















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