sábado, 29 de janeiro de 2011

A IMPRENSA GOLPISTA SILENCIA



Do excelente VERMELHO:
O vexame dos brasileiros que defenderam o golpe em Honduras

Se tivéssemos uma imprensa séria e profissional de verdade no país, determinados “comentaristas políticos” já teriam sido despachados e as empresas que eles trabalham veiculariam desculpas pelas asneiras que disseram. Como não são e ainda duvidam da inteligência de quem os lê, vê e ouve, fica tudo por isso mesmo e quem falou ou escreveu a sandice continua ocupando espaço, ignorando solenemente a necessidade de se explicar ao distinto público.

por Bruno Ribeiro, no blog A Trincheira

Poderia citar aqui vários jornalistas e comentaristas que usaram os mesmíssimos argumentos, e isso mostra como a maioria reza pela mesma cartilha, mas dentre todos os entoadores de mantra ninguém defendeu o golpe em Honduras com mais paixão e afinco do que Alexandre Garcia e Arnaldo Jabor.

Quando em 2009 os milicos tomaram o poder em Honduras, expulsando o presidente eleito legitimamente, a opinião pública internacional condenou de imediato. O comportamento da imprensa nacional foi esquizofrênico, fazendo eco a princípio com a reação internacional, mas logo em seguida mudando lentamente de posição, até defender abertamente a “legalidade” de um vergonhoso golpe de estado.

Assim que o Brasil assumiu posição de protagonista ao enfrentar os golpistas e dar abrigo ao presidente legítimo na sua embaixada em Tegucigalpa, esse pessoal que ficou responsável por defender a legitimidade do golpe frente à opinião pública brasileira começou a repetir os argumentos fajutos dados pelos golpistas para tentar justificar o atentado contra a democracia daquele país.

Afirmaram enfaticamente que o golpe era legítimo porque Zelaya tentara mudar a constituição. Na verdade, o que Zelaya tentou fazer foi um plebiscito onde a população decidiria se o presidente poderia ser reeleito ou não. Muito mais democrático do que tentar o mesmo através de emenda constitucional, sem respaldo popular como fez FHC em 1997.

A desculpa oficial para justificar o golpe era uma cláusula pétrea na constituição que impedia a reeleição do presidente, portanto passaram a defender que não existiu golpe nenhum, e da mesma forma que vivem tentando reescrever a nossa história, determinaram que o que houve em Honduras em 2009 e no Brasil em 1964 foram “contra-golpes”.

Nem o fato do governo golpista ter fechado TV, rádios e jornais à força, além de ter reprimido com violência manifestações populares mexeu com os brios de quem trabalha com imprensa ou estimulou condenações contra a restrição às liberdades de imprensa. Até a população que protestava contra o golpe e tomou as ruas de Tegucigalpa, chegando a fazer um cerco de proteção à embaixada do Brasil foi classificada como “partidários de Zelaya” e não “dissidentes” como eles costumam classificar opositores de regimes que eles consideram ditaduras.

A humilhação já tinha vindo com uma das revelações do Wikileaks onde o embaixador americano em Honduras classificou o golpe como golpe, simples assim. Logo os EUA, por quem essas pessoas dedicam toda a sua reverência, vem a público ridicularizar suas teorias de “golpe branco”. Naquela ocasião já deveriam ter pedido o boné, como se diz no popular, mas o castigo tinha de ser maior.

Pois bem, nessa semana o governo atual de Honduras, eleito em pleito não reconhecido pela maioria dos países, inclusive o Brasil, e o congresso daquele país aprovaram, em uma ação pouco noticiada pela imprensa brasileira, uma modificação na constiuição que permitirá a reeleição do presidente. Exatamente o que Zelaya tentou fazer e virou desculpa para o golpe de estado.

Alexandre Garcia e Arnaldo Jabor não vão se explicar, vão continuar com espaço para falar o que o diretor de jornalismo da Rede Globo e os diretores da emissora gostariam de dizer, mas não tem coragem, no entanto, a cada dia mais gente vai entendendo o papel a que essas se prestam.

HOSNI MUBARAK É UM DITADOR. E SÓ A GLOBO NÃO SABE


Ditadura arde em chama no Egito


Hosni Mubarak espanca repórteres e mata civis no Egito.
Ataca a liberdade de expressão e bloqueia o acesso à internet.
No Egito o Facebook , o Twitter e outros sites de comunicação foram retirados do ar.
Por determinação do governo, as companhias telefônicas simplesmente cancelaram o número de telefones de ativistas.

Mas nada tem impedido o crescimento dos protestos exigindo a renúncia do ditador egípcio.
Por conta das manifestações a polícia já matou mais de 70 pessoas e feriu outras duas mil em todo país.
Hosni Mubarak é ex-militar da Aeronáutica e está há três décadas no poder.
Ele impôs o toque de recolher das dezesseis às oito horas da manhã, nas principais cidades do Egito, incluindo Cairo, a capital, e Alexandria.
Esse é o seu sexto mandado consecutivo.
E até agora o JN não disse que Mubarak é um ditador.

(A Folha.com (viva!) já não tem dúvida quanto a isso!).

Porque o Egito é o maior aliado dos EUA no mundo árabe.
E os EUA são seu principal aliado do Ocidente.
Os EUA apóiam governos antidemocráticos de países do Oriente Médio e norte da África, em especial o Egito, para o qual envia bilionária ajuda militar.

Esse filme já foi visto em Bagdá.

O enviado da Globo ao Cairo, Ari Peixoto, entende que o clima é festivo.
Segundo ele, o Exército tomou as ruas em substituição à polícia.
E isso teria deixado a população feliz.
Porque o Exército não bate tanto quanto a polícia.
O povo quebra um toque de recolher, apanha, é atacada com jatos de água, bala de borracha e gás lacrimogêneo e o repórter global acha tudo divertido.
Divertido para quem observava tudo do 17º andar de um hotel, como ele.

Obama, agora, se ver na constrangedora situação de pedir que seu parceiro cumpra o que prometeu.
Os EUA muniram de armas e dólares o Egito e ajudaram a implantar ali um regime ditatorial que já dura 30 anos.
Mudar o regime sem mudar quem o dirige e lidera parece não ser tarefa das mais simples.

A Secretária de Estado Americana, Hillary Clinton, sabe disso.
Hosni Mubarak pode estar com os dias contados.
É com isso que o povo egípcio conta.
E o mundo espera.













sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

MINHA CASA, MEU TUDO

Minha casa, minha vida


Em idades remotas, as cavernas foram utilizadas como ambiente seguro de moradia para o homem primitivo.
As cavernas constituíram o primeiro modelo de habitação humana.
A dimensão de casa e lar nascia no crepúsculo de uma gruta há alguns milhares de anos.

O homem contemporâneo nem de longe lembra mais aquele ser, que sequer sabia fazer uso da palavra, e convivia nos recônditos subterrâneos, no seio quente ou gelado de uma rocha.

A casa – faz tempo – passou a ser a necessidade primária e conceitual para a proteção e o bem estar da humanidade.

É lugar-comum a ideia de que o homem não é homem na sua dimensão, caráter e dignidade se a este não é dado o direito de ter uma casa.
A casa não implica somente em ter, as pessoas, um espaço ou lugar onde se sintam protegidos dos fenômenos naturais exteriores (como a precipitação, o vento, o calor e o frio).
A isso podemos chamar de abrigo, ainda que todo abrigo seja uma casa.
Mas toda casa jamais poderá ser simplesmente um abrigo.
Muito menos um lar.

A casa é uma construção cultural de uma sociedade.
O lar enseja o lugar em que se dão as relações afetivas e pessoais de seus habitantes.
É a casa, a propriedade íntima e privada de seus proprietários.
Um bem inalienável, intocável e inviolável.
Um espaço que ganha a conotação de templo e altar da família, que acolhe e protege.
Que guarda e resguarda.

A casa é um patrimônio material incalculável que ganha conotações quase imaterial e divino entre todos os bens que uma família pode ter.
Mas, quantos ainda não o tem ou a tinham e perderam.
Quantos são os que vivem ao desabrigo de um lar.
Sem nada que os identifiquem, já que a casa está estreitamente relacionada à família.
E parece não existir família fora da imtimidade e do abrigo de um lar.

Assim como a casa é uma unidade fundamental para a cidade, a família constitui insubstituível valor na - e para - a estrutura social.
Traduzindo, não há cidade sem que haja casas e, se estas não existem, é pouco provável que a família resista ou sobreviva.

A casa não se constitui apenas na divisão de espaços e cômodos.

Uma casa não corresponde ao conceito tão-somente de quartos, salas e cosinha.
É no seio do lar onde os afetos são partilhados e vivenciadas todas as experiências familiares.

O sorriso, as lágrimas, as dores sentidas e as vitórias alcançadas.
A fome, a fartura, a pobreza, as tristezas, a riqueza e as alegrias.
O som, o silêncio, as brigas, a paz e harmonia das pessoas.

Na casa – bem mais que piso, paredes e telhado – há gente, seres humanos com alma e sentimentos.
A casa – não importa sua estrutura, se casebre, bangalô ou sobrado – constitui fonte reveladora do poder social e força econômica de quem nela mora.

De qualquer forma, tê-la é sempre um direito intransferível que não pode ser negado a ninguém.
Sobretudo àquelas famílias que a tinham e viram ser levada pela enchente, dizimada pelo incêndio ou soterrada pelo deslizamento de uma encosta.















JATENE E O IMPROVÁVEL DESFECHO DO ESCÂNDALO DA CERPA

A bebida certa para tucano bom de bico



Do Blog Os amigos do presidente Lula, via Conversa Afiada, do Paulo Henrique Amorim:
Governador do Cerra enfrenta escândalo da Cerpa.

Cerpa é a Cervejaria do Pará S/A, o maior fabricante de bebidas da Amazônia.
A Cerpa abriu o caixa 2 para os tucanos na eleição de 2002 quando Jatene foi eleito pela primeira vez, sucedendo o governo de Almir Gabriel,à época do PSDB - ele hoje está desfiliado do Partido.

Os tucanos são chegados a uma cervejinha.
Mas coisa não andou muito de lá para cá.
Tanto que Jatene atravessou incólume oito longos anos, incluino o seu e o mandado da governadora Ana Júlia - PT.
Nas duas eleições que se sucederam, o escândalo da Cerpa passou ao largo dos debates.
Na vitória de Ana Júlia e agora, na do próprio Jatene, o caixa dois da Cerpa não teve força nem importância suficiente para interferir nos resultados das campanhas.
Todavia, a tucanada deve botar a penugem e o bico de molho.
O exemplo de seu aliado no DF, José Roberto Arruda, está ainda bem vivo nas suas retinas e memória. 
Muito embora este fazedor de crônicas seja sumamente incrédulo quanto a possibilidade da perda de mandato do atual governador paraense por conta desse êpisódio.
É esperar para ver no que vai (ou não) dar.

Simão Jatene segue os passos de Arruda, com escândalo da cervejaria Cerpa

O governador tucano do Pará, Simão Jatene, pode ser a bola da vez entre os governadores que caem por envolvimento em escândalo de corrupção, seguindo os passos de José Roberto Arruda (ex-DEMos/DF).

O motivo é o processo 2007.39.00.009063-6 no Tribunal Regional Federal do Pará, contra o governador demo-tucano e outros. Trata-se de um inquérito policial que apura:

- Corrupção Passiva;
- Crimes contra a administração pública;
- Falsidade Ideológica;
- Crimes contra a fé pública;
- Corrupção ativa;
- Crimes praticados por particular contra a administração em geral.

Eleito governador, recobrou foro privilegiado, e o processo contra ele deve subir para o STJ, o mesmo tribunal onde foi expedido o mandado de prisão contra Arruda.

O escândalo vem desde a eleição de 2002 (primeira vitória de Jatene), conforme descreveu reportagem da revista IstoÉ nº 1833 de novembro/2004:

Tudo começou na manhã de 12 de agosto de 2004, quando o fiscal do Ministério Público do Trabalho, acompanhado de um procurador e dois delegados da Polícia Federal, chegou à sede da Cerpa, flagrando uma funcionária do departamento pessoal com a boca na botija: Ana Lúcia Santos separava os envelopes e contava R$ 300 mil em notas miúdas com que fazia o pagamento “por fora” dos funcionários, sem registro em carteira.

Com a perícia sobre documentos e computadores apreendidos, além da fraude trabalhista, os agentes encontraram relatórios detalhados com nomes, datas e valores descrevendo a relação de corrupção explícita existente entre a cervejaria e a campanha do governador.

Em um dos documentos, como atas de reunião, um executivo da Cerpa descreveu a decisão de agosto de 2002, em plena campanha eleitoral: “Ajuda a campanha do Simão Jatene p/Governo, reunião feita com Dr. Sérgio Leão, Dr. Jorge, Sr. Seibel, a partir de 30/08/02 (toda Sexta-feira), R$ 500.000, totalizando seis parcelas no final.”

Seibel é Konrad Karl Seibel, dono da Cerpa.

Leão é Francisco Sérgio Leão – atual secretário de Governo – que presidia a comissão estadual que avaliava a política de incentivos, na época.

Perdão de impostos e “caixinha” de campanha

Em 2000, no governo Almir Gabriel, a CERPA ganhou de presente o perdão da dívida de quase R$ 47 milhões de ICMS atrasado e uma dezena de autuações por fraude e sonegação. Uma caixa com 24 garrafas de cerveja, com valor de R$ 21, viajava com nota fiscal de R$ 3, segundo apuraram os promotores.

Em contrapartida ao perdão, acusa a representação do INSS enviada ao procurador-chefe do Ministério Público do Pará, Ubiratan Cazeta, a Cerpa prometia contribuir com R$ 4 milhões para a campanha de Jatene, “além de se comprometer a efetuar outros pagamentos no montante de R$ 12,5 milhões”.

Os primeiros R$ 3 milhões foram pagos em seis parcelas de R$ 500 mil – a última exatamente no dia da eleição, 3 de outubro. O troco de R$ 1 milhão foi pago 21 dias depois.

O reforço de R$ 12,5 milhões, conforme os livros de contabilidade apreendidos na blitz, foi pago em prestações durante do final do mandato de Gabriel e nos dois primeiros anos do governo de Jatene, em 2003 e 2004.

A cota final de R$ 6 milhões foi parcelada em dez vezes – a última delas programada para agosto de 2004.

Caixa-2

Nas fichas de lançamento da Cerpa, processadas pelo assessor da diretoria Pedro Valdo Saldanha Souza, a caixinha de Jatene é camuflada como “despesa de mesas e cadeiras para postos de venda” ou “compra de brindes de fim de ano”.

No final de agosto de 2002, poucas semanas antes das eleições, a Cerpa repassou R$ 202.050 para a campanha tucana, disfarçados de “patrocínio das festividades do Círio de Nazaré”, a maior festa católica da Amazônia. Nenhum pagamento foi contabilizado como doação de campanha.

Nove meses depois da posse, Jatene assinou três decretos num único dia, 29 de setembro de 2003, concedendo à Cerpa um desconto de 95% no ICMS devido ao Estado e prorrogando seus benefícios fiscais por mais 12 anos, ao lado de outras 37 empresas.

Os “favores” resultaram no inquérito por favorecimento ilícito à Cerpa. Correm outros processos correlatos a este.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

OBAMA LAMBE AS BOTAS DE COMUNISTA CHINÊS E A IMPRENSA INTERNACIONAL ACHO ISSO BONITO E NORMAL

Esse não deve ser o livro de cabeceira do Obama
 
A China e os Estados Unidos tem algo em comum, a lhes unir, além da economia.
O gosto pela censura às liberdades individuais, de imprensa, de expressão, pela tortura e a pena de morte.
A China censura o Google.
Os EUA o WikiLeaks.
Uma vergonha bilateral.
Que a imprensa internacional engole em seco.
Obama está à frente de uma nação que sente calafrios quando o assunto é Hugo Chaves e Mohamad Ahmadinejad.
Hu Jintao não é menos ditador que Fidel Castro.
Na China as mulheres ainda tem aborto forçado pelo Estado.
Na China cujo presidente é recebido com tapete vermelho na Casa Branca, ainda se matam crianças nascidas fora do controle familiar.
Presos políticos são mortos sob brutal tortura e sem direito a julgamento – como em Guantânamo.
A China, inexplicavelmente faz parte do Conselho de Segurança da ONU.
Talvez por ter um arsenal atômico e militar tão poderoso quanto o dos EUA e Israel.
Coisa que o Irã não tem o direito de ter.
O que a imprensa internacional acha tudo muito natural.
Mas não é.
A cobertura parcial e passional da mídia brasileira à visita do presidente chinês aos Estados Unidos é uma afronta aos direitos civis e humanos aqui, na China e qualquer parte do mundo.
O G1, portal da Globo, e a Folha On Line que apoiaram o regime militar ditatorial de 64, não escreveram juntos mais do que vinte linhas sobre os direitos humanos na China.
Porque eles simplesmente não são respeitados naquele imenso país asiático.
A quem interessar saber um pouco mais do comunismo chinês e suas atrocidades sugiro a leitura do livro “Cisnes Selvagens – Três filhas da China”, de Jung Chang.
Editores, redatores, colunistas e repórteres – sobretudo da conservadora e nada imparcial imprensa nacional – que babam Barack Obama que por sua vez baba Ju Jintao e tem horror a Lula e Dilma Rousseff, deveriam conhecer aquela obra histórica, revolucionária e impactante.
Deveriam, sim, porque a imprensa brasileira precisa, mais do que nunca, romper com os velhos mitos que a persegue.





LULA VOLTA À CENA

Uma estrela cujo brilho incomoda a mída


Lula deve reaparecer em público no Fórum Social Mundial

A despeito do "exílio midiático" que a grande imprensa lhe "concedeu" após 1º de janeiro, a estrela chamada Lula voltará à cena agora em fevereiro.
Ele deverá participar da edição do Fórum Social Mundial (FSM) que este ano se dará no Senegal.

Lula irá porque foi convidado.
Coisas assim, A mídia azul e amarela não diz porque não quer.
FHC não vai porque não foi convidado.
Isso a mídia tucana não diz porque não pode.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve voltar à cena política no Fórum Social Mundial (FSM), marcado para fevereiro, em Dacar, no Senegal. Para Lula, a escolha é oportuna, já que ele tem afirmado que o foco de sua atuação internacional será o combate à miséria e à fome na África.

A organização do FSM ainda aguarda a confirmação da presença do ex-presidente. Segundo Salete Canba, do grupo de apoio e reflexão do Fórum, o ex-ministro Luiz Dulci acenou com a possibilidade de Lula comparecer ao evento, em dezembro. De lá para cá, nenhum contato foi feito — e Salete espera justamente esta confirmação para apresentar uma agenda de atividades para o ex-presidente em Dacar. A assessoria de Lula afirma que a viagem só será avaliada em reunião nesta quinta-feira.

Foi no primeiro Fórum Social Mundial, em 2001, em Porto Alegre, que Lula lançou sua campanha vitoriosa à Presidência. Agora, na 11ª edição do evento, o ex-presidente é esperado como a maior estrela da festa.

Quando era presidente, Lula chegou a participar tanto do FSM quanto do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Os dois eventos ocorriam simultaneamente, já que o Fórum Social foi criado como um contraponto a Davos. Neste ano o FSM será promovido depois de Davos, que acontece no final de janeiro.

“Não dá para entender o que se passa em Davos. Ficam todos como baratas tontas. Antes, era a celebração do neoliberalismo. Com a crise econômica, não defendem mais o neoliberalismo. Já nós discutíamos a crise quando eles (Davos) não falavam desse assunto”, afirmou Oded Grajew, um dos criadores do FSM, para quem o fórum ficou maior do que o “contraponto” ao neoliberalismo.

A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, não é esperada em Dacar. O secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, deverá representá-la. Segundo o Itamaraty, Dilma também não irá a Davos, sendo representada pelo chanceler Antonio Patriota. Por enquanto, na agenda da presidente para fevereiro, só há o roteiro da América do Sul.












terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O ESPETÁCULO DO TEMPO

É espetacular!


Tempo como serviço, não como espetáculo

Não é nenhuma novidade: a cada tragédia, e o PIG lança mão de seu arsenal de fuzilamento contra o Governo.
Lula foi o responsável pelo choque em pleno ar do boing da Gol com o Legacy da Embraer.
O nordestino de Garanhuns não controlou o jato da TAM que não parou e pegou fogo em Guarulhos.
Foi Dilma - e não Deus, como em São Paulo - com a "ajuda" de Lula que fez desmanchar com água vinda do céu os morros cariocas.
Pior: Dilma não avisou a população que a morte estava chegando.
Assim como o próprio PIG.
Esta postagem, extraída da Carta Maior, do professor da USP, o jornalista Laurindo Filho bota a mão nessa ferida.
O PIG, sem nenhum princípio ético e moral, faz uso político de uma tragédia e expõe milhares de vítimas ao constrangimento.

Quantas vidas não poderiam ter sido salvas se, em vez colocar no ar o Ratinho ou o Big Brother, as emissoras tivessem avisado à população de que fortes chuvas estavam previstas para a serra fluminense na noite anterior à tragédia, com instruções dos poderes públicos sobre como agir.

Laurindo Lalo Leal Filho

Todas as redes comerciais de televisão no Brasil têm as suas moças do tempo. São herdeiras, em São Paulo, do Narciso Vernizzi, o primeiro “homem do tempo” da rádio Jovem Pan.

Elas surgem do nada, entre uma notícia e outra, aparecem no canto da tela e caminham para o centro, mostrando mais que o tempo as suas belas curvas.

Em casa, o telespectador vê atrás das moças as indicações do clima e da temperatura em todo o Brasil. Com algumas variações, esse tipo de informação é universal. O canal mundial da BBC mostra o tempo em várias partes do mundo, sem as moças.

São informações úteis, mas limitadas. Ajudam a sair de guarda-chuva no dia seguinte ou, aos viajantes, a escolha do que colocar na mala. Não sei se informações tão superficiais e genéricas contribuem para decisões mais importantes, como dos agricultores, por exemplo.

Apesar do avanço da internet, o rádio e a televisão ainda são os mais eficientes e abrangentes serviços públicos de informação. Não há outro meio que consiga falar de forma tão rápida para milhões de pessoas ao mesmo tempo.

Em momentos críticos tornam-se imprescindíveis. Pena que, por aqui, são pouco usados nesse tipo de prestação de serviços.

No caso de tragédias, como as deste início de ano, ao invés de moças desfilando à frente de ilustrações artísticas, deveríamos ter as programações interrompidas.

Em seu lugar seriam formadas cadeias nacionais ou locais de rádio e TV, antes das catástrofes, dando orientações seguras para a população. Sem pânico, mas com precisão e firmeza. E não generalizando com frases do tipo “chove no litoral do nordeste”.

Trata-se de um de trabalho que deve ser o mais localizado possível, com o envolvimento articulado dos serviços de meteorologia, da defesa civil e do jornalismo, na produção das informações.

Quantas vidas não poderiam ter sido salvas se, em vez de colocar no ar o Ratinho ou o Big Brother, as emissoras tivessem avisado à população de que fortes chuvas estavam previstas para a serra fluminense na noite anterior à tragédia, com instruções dos poderes públicos sobre como agir.

Ou, no caso, de São Paulo que vias deveriam ser evitadas na iminência dos temporais, já que não há segredo nessa cidade sobre onde se localizam os eternos pontos de alagamento.

Para obter mais eficiência, esse serviço deveria ter seu foco nas informações locais. Dai a importância da regionalização das programações de rádio e TV, tão combatida pelos concessionários do setor.

No entanto são elas que darão às emissoras regionais e locais experiência, tanto na produção como na técnica, para enfrentar com competência situações extraordinárias.

Nem todos se salvariam, é verdade. Mas, com certeza, os danos seriam menores.

Furacões violentos que varrem o Caribe todos os anos causam grandes estragos materiais em Cuba, mas pouquíssimas vítimas.

Simplesmente porque as autoridades estabelecem planos precisos para a retirada da população das áreas criticas e a orientam através do rádio e da TV, com razoável antecedência, sobre as medidas que devem ser tomadas.

Muitos navios não foram à pique na costa brasileira graças ao programa radiofônico “A Voz do Brasil”. A seção “Aviso aos navegantes” informava todos os dias, minuciosamente, as condições das bóias de luz, sinalizadoras dos perigos naturais existentes no mar.

Era o rádio atuando como serviço público numa época de recursos eletrônicos muito limitados, se comparada aos hoje existentes.

Satélites transmitem informações meteorológicas com alto grau de precisão e as redes de rádio e TV cobrem todo o território nacional.

Falta apenas articular esses dois serviços com planos nacionais e locais de prevenção à catástrofes naturais.

No caso das enchentes no sudeste e centro-oeste, trata-se de problema datado, de dezembro a março. Há todo o resto do ano para o trabalho de planejamento e articulação.

Quem toma a iniciativa?

Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP. É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial). Twitter: @lalolealfilho.



APOCALIPSE

Dilma abrindo as comportas dando início à tragédio final

Vai dar tudo errado ! É a nova palavra de ordem do PiG

Partilho irretocável texto do irreprensível site Conversa Afiada do afiadíssimo Paulo Henrique Amorim.
PHA entende que para o PIG a Presidenta Dilma dá início ao acabamento do final dos tempos no porque nada mais dará certo.
O fim do Brasil está próximo.
É o apocalípse.

 A fase I do PiG (*) foi “a culpa é do Lula”.
 (Em São Paulo é de Deus ou da chuva. A escolher.)
A fase II foi “a culpa é do Cabral”.
A fase III já se desenha, pelas manchetes dos portais piguentos – UOL, Estadão, Folha etc etc:
“Tudo o que a Dilma fizer vai dar errado.”

O supercomputador Tupã vai dar pau, ao ser atingido por um raio disparado pela urubóloga.
Os Governos estaduais não conseguirão montar esquemas de alerta com as prefeituras.
Os mapas das áreas de risco serão destruídos no computador por um vírus instalado por uma multinacional que produz padiolas e body-bags.

As prefeituras vão torrar o dinheiro em chafariz e estádio de futebol, especialmente as do PT, como o Satã que governa Teresópolis.
(Com exceção da de São Paulo, que, como se sabe, não alaga, especialmente na Zona Leste – leia aqui sobre a hipótese de um crime eleitoral. E onde a empresa de saneamento se especializa em inundar bairro de nordestino pobre.)

O Pão de Açúcar se transformará num vulcão e as lavas subirão o Cristo, que se lançará de cima do Corcovado.

O Minha Casa Minha Vida não vai construir mais um kitchnete/banheiro.
As turbinas de Itaipu racharam – como demonstrou a Eliane Catanhêde -, vão alagar e inundar Buenos Aires e o Rio de Janeiro.

A transposição vai afundar o rio São Francisco e inundará de Minas abaixo e devolverá o Norte Fluminense à Idade de Pedra.

Furnas entrará em colapso e vai faltar luz em todo o Sudeste – com exceção de São Paulo, onde não falta nada.

As operadoras de telefonia vão se concentrar em fazer a extra-mile da banda larga e se esquecerão de prover telefone celular para todo o estado Rio.

A Dilma nunca mais pisará no Rio.
E o Pezão vai abandonar a política para se transformar em passista da Mangueira.

O Rio acaba.
E São Paulo se separa do Brasil.
E instala a República da Daslu.


Paulo Henrique Amorim

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

REPRISE

Esse bis o carioca não pediu

Até as pedras que rolaram dos morros e as águas que se precipitaram além do leito dos rios sabiam que essa tragédia iria acontecer.

Porque se tratava apenas da repetição de cenas já tragicamente vistas antes.

Aliás, repetidas a cada ano.

E aconteceu.

De novo.

A reprise.

Sem que pouco tivesse sido feito para evitá-la.

Porque no Brasil a regra é deixar que o mal ocorra para só depois procurar pela cura.

E isso em todos os aspectos, níveis e áreas que ensejam uma ação de governo.

Da Saúde à Educação, passando pela Segurança até a preservação do Meio Ambiente.

É menos custoso prevenir a doença que curá-la.

A presidenta Dilma disse no Rio que moradia em área de risco é a regra e não a exceção.

É como afirmar que no Brasil a ocupação desordenada do solo que gera catástrofes como esta é algo normal e comum.

Agora, prevenir é que parece ser anormal.
A exceção.

Embora a prevenção e ordenamento de construções seja atribuição da Defesa Civil nos estados e municípios, Dilma preferiu, por solidariedade, repartir a responsabilidade com quem se furtou a fazê-la.

Entretanto, o Jornal Nacional não hesitou logo em apontar um culpado pelas centenas de mortes: o Governo Lula.

Lula não teria repassado os recursos necessários para prevenção de catástrofes e contenção das encostas nas cidades atingidas.

Esse Lula é um bárbaro!

Porém, chamou a atenção o que disse logo em seguida um “especialista” da Globo.

Segundo ele, medida alguma evitaria uma tragédia cujo início se deu há mais de quarenta anos.

Mesmo porque a chuva que desabou sobre os morros foi de uma intensidade desproporcional.

E sua força destruidora não fez distinção entre destruir casas humildes, barracos ou mansões.

É certo que as autoridades do Rio, mesmo avisadas, nada fizeram para evitar que a tragédia tomasse as proporções que tomou.

Mas tiveram mais de cinco décadas para fazê-lo.

Os 780 milhões disponibilizados pelo Governo Federal significa muito pouco, não para ajudar na reconstrução de pontes e estradas, e sim porque nada há que reconstrua uma vida.

A dignidade da pessoa e a vida humana não se reconstroi com doações ou fundos financeiros.

A dor e o desespero que dilacera a esperança de quem perdeu tudo em segundos não tem preço.

Muito embora de uma hora para outra se descubra que a vida vale muito pouco.

Mas também que vale sempre a pena lutar por ela.

Até a próxima reprise da próxima tragédia, em 2012.



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A COISA JÁ ESTEVE MELHOR PARA A MÍDIA

A minguante lua-de-mel da mídia com Dilma


A lua-de-mel da mídia nacional com o governo Dilma Rousseff já nasceu, literalmente, na sua fase minguante.

(Era costume dos povos germânicos casar no período da Lua Nova. Eles preparavam uma mistura de água com mel - o hidromel - para ser tomada pelos recém-casados sob a luz da lua, daí, a lua-de-mel). 


E seu final pode ter começado hoje, em Brasília, com a posse da nova Ministra de Direitos Humanos, Maria do Carmo.
Quando a lua já se encaminha para a fase nova, a ministra surge como bela novidade.

É que em seu discurso a ministra pediu que o Congresso implemente a Comissão da Verdade.

Um terror da grande imprensa brasileira.

Projeto de Lei nesse sentido foi encaminhado em maio de 2010, pelo então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Maria do Carmo promete - bem mais que avançar no processo de reconhecimento das violações contra os direitos humanos no período do regime militar - cumprir o temido, renegado e combatido Plano Nacional de Direitos Humanos ou, simplesmente, PNDH3.

A mídia, que maciçamente apoiou o regime militar de 64, desaprovou o discurso inaugural da Ministra.

A coisa já teve melhor para ela (a mídia).

Porque o PNDH não vislumbra dar seguimento ao processo de reconhecimento da responsabilidade do Estado por graves violações de Direitos Humanos, com vistas à sua não repetição, com ênfase no período 1964-1985, somente.
Ele vai mais além.
E nesse além é aonde se localiza o calo da mídia.

O plano visa a defesa da descriminalização do aborto, da união civil homossexual, da revisão da Lei da Anistia e da mudança de regras na reintegração de posse em invasões de terras.
E critérios de acompanhamento editorial" de meios de comunicação.

Que pavor dá isso!

Quando se fala em PNDH fica impossível não lembrar o Arnaldo Jabor.
O Instituto Milleniun.
A Globo e o Willian Wack.

Ao longo da campanha eleitoral a imprensa se travestiu de porta-voz do seu candidato, o Serra.
Serra se interpôs como o defensor das liberdades de expressão e paladino da moral e da ética.
Dilma foi chamada de guerrilheira e acusada de matar criancinhas.
Até que se tornou público o aborto da Mônica Serra praticado no Chile.

Aí, o feitiço virou-se contra o feiticeiro.
E a bolinha de papel se tornou não mais que um desnecessário detalhe.
Mas nada impediu que uma avalanche de denúncias fosse difundida em apaixonados e irresponsáveis editoriais ligando a então candidata Dilma Rousseff à aprovação do PNDH.
Tudo à serviço da candidatura Serra.

Em vão.

Agora aparece de uma tribuna uma petista dos pampas gaúchos, vira ministra dos Direitos Humanos pelas mãos de Dilma Rousseff.
A Globo procura azedar a empada da Ministra.
E torce para que o Supremo – ao menos no que se refere à ação proposta em abril de 2010 pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na qual questionava a concessão de anistia a agentes de Estado envolvidos em crimes como tortura, assassinatos e desaparecimentos durante o regime militar – ratifique sua rejeição a grande parte do Projeto.

Que ninguém possa duvidar de tal possibilidade.
Afinal, não estamos falando nem tampouco vivendo na Argentina.
O discurso de posse da ministra Maria do Carmo já foi prova suficiente de que a mídia com seu leque de interesses terá do governo Dilma tratamento diferente.

A lua de mel parece que foi pro espaço.
Eu acho.