segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A FOLHA - COMO O JORNALISMO BRASILEIRO - CHEGOU AO FUNDO DA POÇA

A expressão “chegou ao fundo do poço” nos remete a chegada de alguém no ponto final da caminhada.
O “fundo do poço” é o “podium” dos que sucumbiram à derrota, é o “sub-altar” onde são sacrificados os parciais que faltaram à isenção e à verdade.
Chegar ao “fundo do poço” é ver fechadas todas as saídas, é olhar para os lados e dá de cara com as paredes do fosso.
Quem chega ao “fundo do poço” perde contato com a realidade e a noção do tempo porque só vislumbra o crepúsculo.

Pior, porém não menos humilhante e sintomático que o fundo do poço é chegar ao fundo da poça.
Os fatores de diferenciação entre o poço e a poça são, respectivamente, ÁGUA e LAMA.
É certo que o poço até pode está seco ou entupido de lixo.
Mas sempre que pensarmos no poço nos lembraremos da água existente em suas profundezas.
Já não se pode dizer (nem pensar) o mesmo da poça de lama.
Quem chega ao fundo da poça de lama não apenas foi por esta infectado e tragado, mas nela metamorfosicamente se materializou e tomou sua forma nas suas substâncias e odores.
Não está somente no fundo, mas na superfície, no centro, nas margens e em todas as dimensões da poça: é a própria lama.

A Folha de São Paulo é exemplo típico e fétido de um jornal que chegou ao fundo da poça.
A matéria deste domingo da repórter Fernanda Odilla “Enviada Especia ao RS” é uma catástrofe do ponto de vista do jornalismo ético, apartidário, independente e imparcial.
E um hino de exaltação ao jornalismo pernóstico, de esgoto e da sarjeta.

É lama na sua real essência.

A Folha envia especialmente uma jornalista a Porto Alegre em mais um episódio da série “os desesperados” que objetiva “fuçar” a todo custo e em qualquer circunstância o passado e a vida da candidata à Presidência Dilma Rousseff.
O que denota despreparo e incompetência ou por outra que há um déficit de”bons” repórteres na capital gaúcha.
A pseuda matéria tem o patético título “Dilma já vendeu bugigangas e “Cavaleiros do Zodíacos” no RS”.
A Folha está à “reboque” do resultado das pesquisas – inclusive das de seu próprio instituto – que dão como favas contadas a surra de seu candidato, José Serra.
A Folha sabe – como sabe o Carlos Augusto Montenegro – que o Brasil já tem uma Presidente.

Que essa eleição acabou.
Já está no papo.
E que o Serra já era.
O Folha não faz nada diferente do que sempre fez.
A política do Serra e do PSDB.
A política da baixaria, da truculência, do preconceito, da arrogância e da infâmia.

Querer atribuir a alguém a pecha de incompetente por não ter obtido êxito empresarial associando isto ao plano político é de uma pobreza jornalística sádico e um ridículo contumaz.
É tentar diminuir o caráter e a integridade ética e moral dessa grande mulher, obscurecer o presente pelo seu passado.
A Folha se contorce e se retorce, faz malabarismos e rapa-pés para encontrar na lama onde fuça algo que ofusque a vida de Dilma Rousseff.

Até onde se sabe, vender artigos de brinquedos e tudo o que estiver no ramo comercial e dentro da lei não desabona a honra de ninguém.
Enquanto Dilma vendia brinquedos, Serra e FHC brincavam de vender a Petrobras e Vale.
Parece obvio o fato de Dilma não ter “quebrado” como empresário sob um governo que QUEBROU o Brasil três vezes e o botou de joelho aos pés do FMI.

É melhor vender brinquedos que simbolizam os sonhos e a alegria de uma criança do que vender mentiras e trair o sonho de uma Nação.

O material da Folha é de uma apelação tão vulgar quanto eticamente pobre e evidencia a bestial necessidade da repórter em associar o nome da empresa “Pão & Circo” à política romana de calar os insatisfeitos Roma Antiga.
A pujante economia do fenomenal Lula nos assegura afirmar que Dilma não precisaria fechar sua “Pão & Circo” se tivesse esperado para abri-la depois de 2002.
E estaria vendendo suas flores, perfumes, tapeçarias, livros, eletrônicos e bebidas feito água.
Não há paralelos na economia do Serra e de Lula.

A economia do Serra era a da falência, do pires na mão e do desemprego.
A de Lula é a economia do desenvolvimento sustentável, do crescimento para todos, da inserção de classes e de 14 milhões de emprego.

Fechar empresa não denigre a imagem de um empresário.
A aminética Folha não lembra o nome do Presidente da República em 1996.

É compreensível. Quem está no fundo da poça e chafurda na lama perdeu mesmo a noção do real, que dirá do passado.
E cai abobalhadamente e tão naturalmente assim no ridículo.







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