O Golpe de Estado em Honduras pode até ainda não ter se transformado em uma guerra.
Mas no Brasil a Globo aumentou o seu “efetivo” de ódio contra o Governo do Presidente Lula.
A Globo declarou guerra contra Lula desde a primeira surra que ele deu na tucanagem que ela sempre apoiou.
Porque Lula é um operário, vem de origem pobre e é nordestino.
Nessa guerra que a Globo tenta criar em Honduras para ferrar a diplomacia brasileira, a Globo tem apontado seu canhão para entrevistadores e “especialistas” dos mais variados quilates.
No ímpeto de desqualificar a ação do governo brasileiro que acolheu o presidente deposto na sua Embaixada em Tegucigalpa, a Globo entrevistou pessoas e personagens que vão desde uma brasileira que “teme represálias” e se sente “ameaçada e discriminada” pelos hondurenhos , até um carroceiro que, com um microfone em punho, gritava por um auto-falante a fortíssima frase: “fora Lula”.
No ímpeto de desqualificar a ação do governo brasileiro que acolheu o presidente deposto na sua Embaixada em Tegucigalpa, a Globo entrevistou pessoas e personagens que vão desde uma brasileira que “teme represálias” e se sente “ameaçada e discriminada” pelos hondurenhos , até um carroceiro que, com um microfone em punho, gritava por um auto-falante a fortíssima frase: “fora Lula”.
Com aquela reportagem da Globo por pouco o Presidente Lula não foi deposto...
Isso é que é espetáculo!!!
Ontem no JN a Globo entrevistou o Chefe de Estado do Exército Hondurenho.
E ele disse que não houve golpe militar em Honduras.
Depois eu descobri que quem invadiram a casa de Zelaya de madrugada e o expulsaram (à força) do país foram três raquíticos monges franciscanos. Rosários em punho e cantando “SENHOR, FAZEI-ME UM INSTRUMENTO DA VOSSA PAZ...” os penitentes monges disseram: “IRMÃO ZELAYA, SAIA EM NOME DE JESUS”.
Nada do que a Globo fez até agora colou.
Dias antes, a Globo havia entrevistado um diplomata brasileiro em Honduras e ele desancou o seu entrevistador. O Sardenberg, da CBN.
Dias antes, a Globo havia entrevistado um diplomata brasileiro em Honduras e ele desancou o seu entrevistador. O Sardenberg, da CBN.
Hoje a Globo – G1 entrevista Noam Chomsky, “Linguista e professor do MIT, para quem no episódio do golpe hondurenho o Brasil ficou acima das expectativas e os EUA não usaram 'todas as armas'”.
Aliás, nem uma arma.
Para Chomsky, “ter apoiado o presidente deposto de Honduras e ter dado abrigo a ele em sua Embaixada, fez com que o Brasil assumisse uma posição de destaque no confronto de Manuel Zelaya com o governo interino hondurenho. ‘Um papel admirável’, avaliou.
“O professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT) criticou a "fraca" ação norte-americana na crise da América Central.
“Honduras passa por um conflito diplomático e político após um golpe de Estado que retirou do poder o presidente eleito, Manuel Zelaya, em 28 de junho. No dia 21 de setembro, ele voltou ao país de surpresa e se abrigou na Embaixada Brasileira, criando um impasse que dura até esta quarta-feira (30).
“Chomsky publicou mais de 80 obras e desenvolveu uma teoria que revolucionou o estudo da linguística. Ele foi um dos ferozes críticos da Guerra do Vietnã, entre 1959 e “1975, e tem extensos trabalhos que criticam a política externa norte-americana. Após os atentados do 11 de Setembro, fez em seu bestseller "9-11" uma análise polêmica dos ataques, condenando tanto os seus autores como os EUA, a quem chamou de ‘principal nação terrorista’ do mundo”.
Leia parte da entrevista, antes do G1 desconversar ao perceber que Chomsky estava também propenso a dar uma surra no repórter:
“G1 - O senhor acredita que os Estados Unidos apoiaram o golpe em Honduras? Qual tem sido o papel do país nessa crise?
Chomsky - Esse golpe foi incomum, e os Estados Unidos não o apoiaram abertamente. O país se juntou à Organização dos Estados Americanos (OEA) e a outras potências na crítica, mas fez isso de uma maneira fraca - não retiraram seu embaixador, como outras nações fizeram, por exemplo. Também se recusaram a chamar de golpe, o que envolveria cortar muitas ajudas, e não usaram nada de sua capacidade para restaurar a democracia.Os militares de Honduras são muito ligados aos EUA. Aliás, os americanos usam uma base no país. Após a volta de Zelaya, os Estados Unidos passaram a criticar abertamente Zelaya, e seu embaixador na OEA o chamou de irresponsável. Não diria que o país apoia o golpe, mas, com certeza, não está fazendo algo para se opor.
Há fortes segmentos dos Estados Unidos que até são a favor do golpe. A história de que Zelaya queria mudar a Constituição é um pretexto, Zelaya estava aumentando o salário mínimo, introduzindo programas que beneficiariam os pobres, e a pequena elite rica do país não gostou nada daquilo.
G1 - Como o senhor analisa a atitude do Brasil e da Venezuela em relação a Honduras hoje?
Chomsky - Acho que a atitude do Brasil tem sido muito admirável. Ao acolher Zelaya, o país se colocou numa posição a favor da democracia, e é claro que o que o Brasil faz é extremamente importante, pois é o principal país da América Latina.
O caso da Venezuela não é surpreendente, já que Zelaya já era um aliado de Chávez (o presidente Hugo Chávez), então o país se definiu fortemente contrário ao golpe, o que acho que é a posição correta.
G1 - O senhor acha que a volta de Zelaya mudou alguma coisa na dinâmica da organização diplomática na América Latina?
Chomsky - Acho que mudou muito. Os golpistas estão enfrentando uma pressão internacional, da OEA e de maneira mais fraca dos EUA, e agora eles estão caminhando para um confronto direto com o Brasil. Acredito que eles irão recuar. E é uma vergonha que os Estados Unidos não estejam tomando uma atitude mais forte nesse sentido, pois acredito que, se isso acontecesse, o golpe já teria acabado.
A questão crucial vai aparecer em novembro. Porque o que os golpistas estão tentando fazer é manter a situação até as eleições para tentar convencer o mundo de que a eleição é legítima e que isso deveria acabar com a questão. Mas claro que ela não será legítima, não com um governo que foi ao poder por um golpe militar. E a questão crucial vem depois: os EUA irão aceitar o resultado de uma eleição feita por um governo golpista?
G1 - E o que o senhor acha que acontecerá?
Chomsky - Espero que os Estados Unidos recusem, mas não tenho certeza. Acho que os EUA têm simpatia pelo golpe, eles não gostavam dos passos que Zelaya estava dando. Acho que os EUA estão vendo isso como um conflito entre dois grupos opositores que têm diferentes interpretações da lei, e não como um golpe que retirou um presidente eleito do país e o expulsou do país.
G1 - Ainda falando de América Latina, mas sobre a Colômbia. Recentemente...”
A Globo não quis mais saber de Tegucigalpa e enveredou por amenidades.
A Globo queria que Chomsky condenasse Zelaya e fizesse o que ela faz em relação à atitude tomada pelo Presidente Lula.
Não deu certo.
E outra vez o tiro da Globo acertou o pé. Da Globo.
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