domingo, 8 de agosto de 2010

HAVIA UM HOMEM (DEUS DÁ UM JEITO)

Pai é tudo
Havia um homem que para mim era o maior e mais importante entre todos os homens.
Um homem cuja fé que devotava removia todas as minhas montanhas.
Não havia obstáculos na vida que aquele grande homem não me ensinasse a superá-los.
Ele carregou até enquanto pode o meu fardo.
E caminho ao meu lado até o fim na viagem que fizemos juntos.
Na sua e na nossa passagem por um mundo que já não lhe pertence.
Com ele eu transpus barreiras e escalei as íngremes ladeiras da vida. E subi degrau após degrau até ver o Sol se abrindo no meu horizonte.
Havia um homem que me ensinou a viver.
Havia um homem que me mostrou a vida.
Um homem que me deu a vida.
Um homem que viveu em mim e por mim.
Lúcido e forte e invencível.
Objetivo e capaz e imbatível.
Como um herói.
Um verdadeiro herói.
Havia um homem que refletia luz no olhar e nele e por ele eu podia enxergar o caminho.
Havia um homem cuja voz me dizia lições.
Um homem que me ensinou a não perder a esperança.
A acreditar sempre na Vida e em Deus - seu autor.
Nem mesmo nas horas extremas aquele homem perdia a calma dos que tem fé.
E quando eu imaginava que não havia uma saída.
E que a curva da estrada se fechara em seu final.
Ele me fazia avistar um mundo verdejante entrecortado de caminhos que levavam ao futuro.
Havia um homem que me dizia coisas simples e nem por isso menos bonitas e verdadeiras.
Havia um homem que passou a vida me ensinando que “Deus não dorme”.
- Para me dizer que Ele vê, dia e noite, as minhas dificuldades.
Um homem que afirmava que “Deus dá o frio conforme a roupa”.
- Para que eu soubesse que Ele sabe das minhas limitações humanas físicas e espirituais.
Havia um homem que me ensinou isso tudo e que me deu mais do que eu merecia. Formou-me, me informou e me fez gente.
Até que um dia ele se foi.
Foi para perto do seu Pai... lá aonde oscila o brilho das estrelas e as nuvens passeiam tangidas pelas correntes de vento.
Lá aonde a paz se faz silêncio sob o soar dos hinos em vozes angelicais.
Até hoje – e, sobretudo no dia de hoje – eu sinto a sua falta.
Vejo o seu olhar e escuto a sua voz.
Porém, me conforta saber que ele estará comigo, sempre.
Por isso haverei de dizer convictamente que receberá sorrindo esta homenagem.
E é nesse misto de alegria e de saudade que lhe digo:
O motivo de eu sobrevir a sua ausência e superar a lancinante dor da separação... é porque, como você me falou tantas e tantas vezes, “DEUS DÁ UM JEITO.”
É do meu jeito, e graças ao jeito que Deus foi me dando que eu vou vivendo aqui sem você.
Porque é inarredável a certeza de que haveremos de nos encontrar novamente – e, para isto, Deus dará um jeito.
Feliz Dia dos Pais!
Te amarei para sempre!



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