quarta-feira, 31 de março de 2010

A SOMA DO PARÁ DIVIDIDO É IGUAL À MULTIPLICAÇÃO DE PERDAS PARA TODOS

O Pará só não é maior que o seu povo.
O Pará não perde em grandeza de tamanho nem de riqueza para ninguém.
O Pará cresceu ecomicamente mais que o Brasil nos últimos oito anos.
Enquanto de 2003 a 2008 o Brasil teve um crescimento de 5,3% da renda per capita, esse índice foi da ordem de 6,9% no Pará.
No Pará a redução da desigualdade e da pobreza sob o governo Lula só não superou a da Região Norte.
No Brasil as classes A, B e C cresceram 28%.
O número de pobres teve uma redução de 41%.

Entre os que saíram da pobreza e migraram para a Classe C no Brasil, a maioria está no Pará.

Os dados são da FGV.
O Pará é uma das grandes potências econômicas do país e o que não lhes falta são recursos naturais como garantia de desenvolvimento contínuo e sustentável.
Só usinas hidrelétricas o Pará tem duas.
E uma terceira será construída em breve.
As três hidrelétricas juntas pagarão em royalties mais de 200 milhões de reais ao Pará.
Acontece que algumas pessoas não gostam do Pará grande e rico.
Pessoas que sequer são paraenses nem do Pará.
Pessoas que não sabem nada do Pará.
Que pouco fazem pelos seus próprios estados e que os paraenses sabem nada sobre elas.
Essas pessoas atendem pelos nomes de Leomar Quintanilha e Mozarildo Cavalcante.
Ambos são Senadores da República.
O primeiro pelo estado do Tocantins.
O outro, por Roraima.

O motivo que os levou a elaboração de um Projeto de Decreto Legislativo que desmembra o Pará é um mistério.
O que estes senhores tem a ver com o Pará e com o seu povo?
Que interesse existe por trás de suas funestas questionáveis atitudes?
Não seria maldade imaginar que os reais interessados na divisão do Pará sejam quem deveria estar no Congresso Nacional para defender o Pará.
Mas acabam revelando-se grandes traidores do povo paraense.
O medo e a covardia os impediram que apresentaram tal projeto.
Aí, solicitaram “uma mãozinha” de seus bravos colegas de parlamento.
Uma bricadeirinha que pode custar muito caro ao Pará.

O Pará bancaria somente com os plebscitos algo em torno de 2 milhões de reais.
Para criar os dois estados – Carajás e Tapajós – os gastos não seriam inferiores a 4 milhões.
E observaríamos o “nascimento” de três estados acolhidos no berço extremo da pobreza.
O Pará perderia oito de seus municípios mais ricos e dez com o maior IDH.
Dos 142 municípios atuais o Pará ficaria apenas com 66.
E somente seis estados brasileiros teriam menos municípios que o Pará.
Tocantins, Amapá, Rondônia e Roraima, emancipados ou surgidos a partir do desmembramento de outros estados, não sobrevivem, até hoje, sem a ajuda financeira da União.
A receita de alguns destes estados é composta em 80% de recursos do Governo Federal.
De um PIB de 50 bilhões, hoje, o Pará despencaria para 29 bilhões.
Uma tragédia.

Que certamente não incomoda os senadores Quintanilha e Mozarildo.
Dois gênios da política irrelevante.
Desmembrado, dividido, repartido e retelhado o Pará se torna menos importante na economia do País e mais dependente também.
Hoje o Pará exporta energia elétrica, por exemplo.
Dividido, o que restar do Pará terá que importar energia para o seu consumo.
Ainda mais agora com os recursos e as obras do PAC 2...

Obras que não seriam realizadas no Pará se ele passasse a ser pequeno.

Mas o Pará continuará sendo grande.
Não tão grande quanto seu povo, lógico.


Um comentário:

  1. Mais dois estados significaria mais quatro senadores, mais um grande número de deputados federais, estaduais e mais dois governadores, por isso não me assustaria que políticos aí do Pará apóiem mais esse descalabro, afinal, o que não falta é canalha. O povo do Pará não pode deixar isso acontecer. Abraço amigão.

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