Pensadores, filósofos, poetas e cientistas muito já tentaram...
Mas ninguém jamais conseguiu definir o que é a Vida.
Há quem diga que Vida é um conceito muito amplo e admite diversas definições. Pode-se referir ao processo em curso do qual os seres vivos são uma parte.
Assim, partindo desse conceito, o Planeta Terra é a “mãe” da vida, o caule do qual extraímos – todos os seres vivios – a seiva da vida.
Esta crônica não se propõe confrontar conceitos nem filosóficos, nem cientistas nem teológicos.
Almeja tão-somente fazer a reflexão mais objetiva e serena possível a respeito das definições dessa inominável riqueza que obtivemos gratuitamente – a Vida.
Viver constitui viajar.
E viajar implica em conhecer caminhos e paisagens.
A transpor ou não barreiras. A ficar pelo caminho.
A nos perder nos encontros.
A vida nos leva ao cume do progresso, nos permite iventar máquinas que nos tornam obsoletos, nos substituem e desempregam.
A vida nos leva a enxergar o rio e a ver a ponte.
Mas muitas vezes atrevessamos essa ponte e deixamos insensivelmente sozinho à margem quem necessita da nossa ajuda e da nossa companhia na travessia.
Charles Shaplim uma vez disse que o caminho da Vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.Para ele, a cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria, ainda que nem tanto assim.Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
O que, lamentavelmente não posso afirmar que não seja verdadeira sua afirmação. Chaplim termina dizendo que, mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A vida não pode ser apenas esse conjunto vazio e quase supérfluo de valores que chegam até a desvalorizá-la.
O romantismo poético, mas também
Sem romantismos poéticos, resta-me a impressão de que o divino anda de mãos dadas ao poeta romântico e descubro que a vida se dá... em cada ser, criatura ou entidade.
Não sou adepto da casualidade.
Ao contrrário, creio que nada existe por acaso.
"A história não é fruto de um destino cego ou de uma casualidade, como pode parecer” – disse certa vez João Paulo II. Na sua visão, há uma interveção espiritual na história humana qual se estabelece um diálogo do Homem com Deus.
Na vida a menor, porém não menos bela das flores e na abelha que lhe suga o néctar, ali iirradia e habita a vida.
Na montanha que se atira ao infinito e na planície que busca o horizonte, no mar que encontra o céu. Na criança que brinca na praça e no ancião que senta no esquecimento do banquinho ao canto.
No corre-corre dos dias que não dá tempo ao tempo... que não permite ver e sentir a dificuldade do outro... a dor do enfermo, as tragédias humanas nas quais estamos inseridos e mergulhados, porque fazemos parte delas.
Mas o que é, afinal a vida? Vivemos para quê e como encontrar o sentido de nossas existências? Que compreesão temos da vida?
De uma coisa tenho certeza: todos nascemos para a felicidade, mas ninguém consegue ser feliz isoladamente.
A Felicidade é a mais importante busca já feita pelo homem desde o início de sua existência:
“Não há perfeita compreensão da vida / sem a perfeita compreensão do outro...Deus não nos deu o direito de bem viver / senão pelo caminho da compreensãode que no outro o nosso ser aperfeiçoa / o que nunca poderia aperfeiçoar em si.Não há perfeita sensação de paz / sem plena sensação de que participamosde outras felicidades que não a nossa, / de outros sonhos que não os que temos.De modo que, penso eu, o maior inimigo / não pode ser outro senão o egoísmo,não pode ser outra senão essa alienação / que se perpetua nas pessoas que conhecemapenas o eu e nada mais que esse eu... / Assim, quanto mais ganho, mais perco;quanto mais subo, mais desço; / quanto mais me imponho, mais me deprecio,na contra-mão de que quanto mais compreendo o que é viver menos vazios encontro em minha alma, / e mais plenitude encontro no coração..." (do Blog Companhia da Poesia).
A vida é a sacarose do açúcar, a cereja do bolo, o doce da cocada, a clorofila da folha.
A vida é a maior e mais espetacular invenção de um ser perdidamente romântico, poético e desesperadamente louco por suas criaturas.
domingo, 14 de março de 2010
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