quinta-feira, 15 de julho de 2010

O INSOSSO SERRA: DO APERREIO AO DESTEMPERO

Serra em entrevista concedida ao PIG
Saiu no Portal Carta Maior: UM POUCO MAIS DE SERIEDADE

O candidato piguista-demotucano, José Serra, é daquele tipo de gente que se distingue pela incapacidade loquaz que tem de disfarçar sua xenofobia em relação às classes pobres e trabalhadoras.
Serra tem aversão e medo do diferente.
Para Serra, o diferente é o povo.

O povo que fez de Lula o maior Presidente da República duas vezes consecutivas e vai eleger sua sucessora é diferente daquilo e do quê Serra conceitua como verdades dogmáticas.
O Brasil pensado por Serra não é o Brasil de Lula e do Povo.
Serra vive uma experiência que não necessitaria lhe ser estranha.

Ele a revive.
Tudo se repete como em 2002.

O descontrole emocional e verbal, o destemperamento, o autoritarismo e as baixarias somadas às mentiras de Serra revelam seu caráter de mal perdedor.
Serra navega num mar de turbulências e adversidades.
Ele sabe - e há muito já previu - que sua canôa irá a pique.
Serra solta farpas, insultos e ofensas a cada abrimento de boca.
Áspero e insosso não convence nem a mídia golpista e sua partidária, quiçá o Arthur Virgílio!

Pouco a pouco, Serra vai desqualificando seus interlocotures, humilhando jornalistas Brasil afora e conquistando inimizades e antipatia.
Sua verborragia é o produto resultante de um ser ínócuo e arrogante, um indivíduo descaracterizado de pudores e dominado pelo ódio e temor do povo.
Do povo que lhe outorgará uma nova derrota em outubro.
Fará de Dilma Rousseff a primeira Presidenta deste País.

E isso lhe sôa diferente... muito diferente.
Ele nunca parece falar a verdade, todavia, como diz a Carta, "um pouco mais de seriedade" e de respeito, eu acrescentaria - ainda que a situação lhe seja desfavrável - é sempre recomendável.

Depois de fracassar na versão 'continuador de Lula', Serra adota o discurso da UDN de 1964 e fala como um ectoplasma de Carlos Lacerda. Em SP, na 4ª feira e 5ª, no Rio, onde sua candidatura derrete, o presidenciável demotucano afirmou que as centrais sindicais que apóiam Dilma são pelegas e que o Brasil se transformou numa ' república sindicalista sob o governo Lula'.
Em outubro de 2002, em momento igualmente desfavorável como candidato de FHC contra Lula, Serra declarava que se o petista vencesse as eleições --como de fato venceu e gerou 10 milhões de empregos de janeiro de 2003 a junho de 2010-- o Brasil iria se transformar numa Venezuela e a economia explodiria, como na Argentina.
Diante do destempero, o saudoso economista Celso Furtado declarou então ao site de campanha do PT, numa entrevista publicada em 13-10-2002.
Aspas para as atualíssimas observações do grande economista brasileiro:
'O Serra está aperreado.
Como ele vê que todos os apoios vão para o Lula, ele se destempera, diz coisas descabidas, tenta juntar fatos sem nexo.
Mistura tudo, Brasil, Venezuela, descontrole cambial e eleições. Um pouco mais de seriedade. O Brasil precisa de seriedade. Existe uma expressão francesa para definir esse comportamento [de Serra]: aux bois, quer dizer, ladrando a torto e a direito.
Enfim, o sujeito está no sufoco, fala qualquer coisa. É o fim de festa'.

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