sexta-feira, 24 de setembro de 2010

COM A DIREITA TODO CUIDADO NUNCA É MUITO

Fazia 365 dias – exatamente um ano – que o Serra não ganhava um mísero voto, sequer.

Nenhum.

Desde setembro os gráficos do pupilo de FHC só apontavam para baixo.
Serra entrará para a história como o maior “caidor” da política nacional numa campanha eleitoral.

Um fenômeno na arte de perder eleição.

O Serra cai como ninguém e ninguém, jamais, cai como o Serra.

Um desastre.

Nem as mangas maduras das frondosas mangueiras de Belém caem tão facilmente como ele.

Uma raridade.

Até que a última pesquisa Datafolha me despertasse a atenção.

Serra subiu.
Não importa o percentual.

Tampouco se o índice está na margem de erro.
Porque estava.

Trata-se de um episódio, porém, que visto isoladamente não teria qualquer força de alterar o panorama eleitoral e interferir no resultado das eleições que consagrarão a candidatura de Dilma Rousseff.

Isso se o Datafolha não fosse sucedido quase imediatamente por um Ibope.

Sites independentes como o Conversa Afiada analisaram que o Vox Populi desmoralizou o Datafolha.

A assertiva só não é de toda verdadeira por que parte-se da premissa de que não se perde o que nunca se teve.
O Datafolha teria sido desmoralizado se a moral fosse parte de seus princípios.

A expectativa é de que nesta sexta saia um novo Ibope para Presidente.
Imagino que está em curso o golpe midiático de encolhimento da Dilma e o crescimento do candidato da direita.

O circo vertiginoso dos ataques e das acusações ao PT e à campanha dilmista armado há praticamente dois meses foi a senha para “justificar” um pseudo desgaste na imagem da candidata de Lula.
Prevejo uma queda de Dilma nas pesquisas daqui para frente.
Tudo em função dos “escândalos” a que ela foi ligada.
Sem contar as duas últimas capas que ainda restam à Veja.

Dilma vai ganhar, estou certo disso.

Estou igualmente convencido de que a “bala de prata” ainda não foi disparada.
O que deverá ser feito entre quinta e sexta feira.

Depois que a ministra Dilma partiu pra cima da Folha desmascarando sua parcialidade a Folha recuou na estratégia de seus ataques.
O ponto perdido de Dilma e os dois ganhos por Serra pode ser o início da tentativa do golpe final.

Mostrar uma candidatura fragilizada e consumida por uma avassaladora onda de denúncias de corrupção.
Uma candidata autoritária e assassina que, como afirmou a mulher do Serra em plena Copacabana, come criancinha.

Uma candidata que vem de um governo autoritário, cujo chefe, um certo nordestino a quem falta um dedo e não fala inglês, ameaça a democracia.

O Vox Populi e o Sensus sentirão a pressão.
Os dois estarão a postos na dificílima função de desmoralizar os institutos da Globo – Folha/estadão/Ibope.

Eles tentarão a qualquer custo o encolhimento da Dilma.
O Serra não comenta pesquisa.

Mas aquele sorriso de vampiro ao comentar o Datafolha revelou algo insólito.

Tomara que esteja enganado.


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