Fazia 365 dias – exatamente um ano – que o Serra não ganhava um mísero voto, sequer.
Nenhum.
Desde setembro os gráficos do pupilo de FHC só apontavam para baixo.
Serra entrará para a história como o maior “caidor” da política nacional numa campanha eleitoral.
Um fenômeno na arte de perder eleição.
O Serra cai como ninguém e ninguém, jamais, cai como o Serra.
Um desastre.
Nem as mangas maduras das frondosas mangueiras de Belém caem tão facilmente como ele.
Uma raridade.
Até que a última pesquisa Datafolha me despertasse a atenção.
Serra subiu.
Não importa o percentual.
Tampouco se o índice está na margem de erro.
Porque estava.
Trata-se de um episódio, porém, que visto isoladamente não teria qualquer força de alterar o panorama eleitoral e interferir no resultado das eleições que consagrarão a candidatura de Dilma Rousseff.
Isso se o Datafolha não fosse sucedido quase imediatamente por um Ibope.
Sites independentes como o Conversa Afiada analisaram que o Vox Populi desmoralizou o Datafolha.
A assertiva só não é de toda verdadeira por que parte-se da premissa de que não se perde o que nunca se teve.
O Datafolha teria sido desmoralizado se a moral fosse parte de seus princípios.
A expectativa é de que nesta sexta saia um novo Ibope para Presidente.
Imagino que está em curso o golpe midiático de encolhimento da Dilma e o crescimento do candidato da direita.
O circo vertiginoso dos ataques e das acusações ao PT e à campanha dilmista armado há praticamente dois meses foi a senha para “justificar” um pseudo desgaste na imagem da candidata de Lula.
Prevejo uma queda de Dilma nas pesquisas daqui para frente.
Tudo em função dos “escândalos” a que ela foi ligada.
Sem contar as duas últimas capas que ainda restam à Veja.
Dilma vai ganhar, estou certo disso.
Estou igualmente convencido de que a “bala de prata” ainda não foi disparada.
O que deverá ser feito entre quinta e sexta feira.
Depois que a ministra Dilma partiu pra cima da Folha desmascarando sua parcialidade a Folha recuou na estratégia de seus ataques.
O ponto perdido de Dilma e os dois ganhos por Serra pode ser o início da tentativa do golpe final.
Mostrar uma candidatura fragilizada e consumida por uma avassaladora onda de denúncias de corrupção.
Uma candidata autoritária e assassina que, como afirmou a mulher do Serra em plena Copacabana, come criancinha.
Uma candidata que vem de um governo autoritário, cujo chefe, um certo nordestino a quem falta um dedo e não fala inglês, ameaça a democracia.
O Vox Populi e o Sensus sentirão a pressão.
Os dois estarão a postos na dificílima função de desmoralizar os institutos da Globo – Folha/estadão/Ibope.
Eles tentarão a qualquer custo o encolhimento da Dilma.
O Serra não comenta pesquisa.
Mas aquele sorriso de vampiro ao comentar o Datafolha revelou algo insólito.
Tomara que esteja enganado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE O SEU COMENTÁRIO