A agenda de José Serra no dia seguinte à humilhante derrota em 3 de outubro começa a ser montada.
Seu primeiro compromisso pós-campanha aponta para um “encontro” na sede da Polícia Federal de SP.
Lá Serra terá que explicar e provar que o PT mandou quebrar o sigilo fiscal de sua filha, Verônica.
O promotor do Ministério Público Eleitoral de São Paulo, Silvio Hiroshi encaminhou à Justiça Eleitoral no estado pedido de abertura de inquérito policial para investigar se o candidato da Folha cometeu crime de calúnia contra o Partido dos Trabalhadores.
Serra acusa o PT e a campanha de Dilma Rousseff pela violação de sigilos de pessoas ligadas ao PSDB e da ex-sócia de Verônica Dantas, sua filha, Verônica Serra.
Aliás, cadê o sigilo da Verônica e do Eduardo Jorge?
Como todas as denúncias tucanas feitas contra Dilma, fez água.
Deu em nada.
O dossiê do EJ não rendeu um único voto ao Serra.
Ao contrário, foi um desastre retumbante.
E lhe subtraiu milhares.
A história dos sigilos não colou.
Depois da saída de Erenice Guerra da Casa Civil o episódio do tráfico de influência também perdeu importância e o interesse.
A direita caiu no vácuo.
No ridículo já havia caído faz tempo.
O Arthur Virgílio, vendo a chance de vitória da sua candidatura no Amazonas ir pro espaço juntamente com a do aliado Serra ainda apelou.
Virgílio jogou a última cartada.
Recorreu ao golpe baixo.
Coisa de desesperado.
Nas cordas, o papa-tucunaré “convidou” a Presidente Dilma para depor na CCJ do Senado.
Recebeu de Dilma o tiro de misericórdia e foi à nocaute.
Convite do Arthur Virgílio Dilma não aceita nem para cafezinho.
E ele não teve moral nem autoridade nem para espernear.
Tomar cafezinho é o que Serra e Arthur Virgílio mais terão a fazer passada a elçeição.
O primeiro nas salas de espera da PF e dos tribunais onde responderá pelos inúmeros crimes de calúnia e difamação que cometeu contra Dilma Rousseff e seu partido nessa campanha.
(Arthur Virgílio será obrigado a se contentar com as caldeiradas de pescada, já que não terá mais o cartão do Senado para estourar o limite em Paris...).
Serra chamou a campanha petista de “quadrilha” e que Dilma cometeu um crime “contra a Constituição Federal”.
Como diante da CF que Serra levianamente usou para atingir a candidata do PT, acusar sem provas configura crime, Serra é quem responderá por calúnia.
Se há um criminoso à luz da Lei, este é José Serra e não o contrário.
Derrotado, José Serra poderá recorrer o seguro-desemprego e assim se beneficiar da obra de sua “criação”, já que entre as milhares de mentiras que desfila diariamente, o FAT é uma delas.
Para bancar os advogados de defesa outra alternativa atraente seria voltar a vender laranja na Mooca.
Serra é exímio vendedor, sua especialidade é a mentira travestida de verdade.
Ou, ainda, virar comentarista policial do Brasil Urgente.
Assim Serra terminaria onde começou sua morredenta campanha.
No José Luis Datena.
Mas, antes de tudo, que o Serra não esqueça: ele tem uma conversinha com a Justiça.
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