Quero crer que a saudade não é um sentimento egoísta, nem tampouco mesquinho.
Saudade é ausência suave, é solidão contida a refletir o amor que devotamos a alguém.
Saudade é um substantivo abstrato, mas a que sentimos de ti é concreta.
Saudade é a lapidar tradução da falta que faz a tua presença.
Da lembrança que vivamente trazemos do teu sorriso cativante.
Saudade é recordação dos momentos que partilhamos juntos, como as festas de fim de ano.
Inesquecíveis.
Memoráveis.
Saudade é o que sentimos da pessoa, do amigo, do filho, do irmão e do tio que um dia, mesmo sabendo ser impossível, ousamos querer reviver e rever.
Alguém definiu a saudade como a “dor de quem encontrou e nunca mais encontrará, de quem sentiu e nunca mais voltará a sentir”.
Todavia, tão concreta quanto a certeza de que haveremos de nos encontrar é a saudade que, de certa forma, jamais deixou de nos unir.
Na sua insondável sabedoria Deus designou esta data para o que se tornou o teu encontro com Ele.
Os teus planos, como os nossos, não eram os planos d’Ele.
Tu! que tanto ansiavas por ser livre.
Tu! que buscavas a “independência” material.
Algo que, erroneamente imaginamos, o dinheiro propicie.
Tu! que, como o colibri procurava em cada flor o néctar da felicidade.
Tu só vivias para ser livre e feliz.
Então, quando em nosso País comemora sua emancipação política, Deus acolhe na Pátria Celeste um majestoso anjo de luz.
Independente, livre e feliz: o teu espírito.
E nós contemplamos essa acolhida com a resignação dos que confiam nos desígnios divinos.
Com a certeza de que da tua dimensão estás em paz.
Dizem que a saudade se combina com outros sentimentos e procria-se.
E que a soma da saudade com a solidão é igual a Dor.
Se somarmos o resultado da saudade com a Esperança teremos a Motivação.
Talvez todo esse embaralhado de palavras faça algum sentido e acabemos por concluir que a esperança no reencontro é o combustível que nos sustenta.
Que mantém acesa a chama da nossa fé.
Um ano sem a tua presença parece um dia.
Por isso estás tão vivo em nossos corações.
Saudades imorredouras dos seus amigos e familiares.
Estamos bem.
Esteja em paz, Leonardo!
Outro dia, de forma inesperada, tive uma forte sensação de que a saudade me visitava quando a lembrança de pessoas queridas e alegres me fazia falta. Fui lembrando de pessoas que já estiveram no meu dia-a-dia, na escola, nos campos de pelada e nas festas de final de ano. A saudade parece que faz questão de me lembrar desses bons momentos. Sinto muita falta dos meus amigos que já partiram, porém me ensinaram a brincar, sorrir mais, ser livre e feliz com a vida.
ResponderExcluirSei que Deus precisou deles. Quem sou eu para questionar a vontade de Deus. Mesmo assim, sinto a falta de todos eles e sei que eles estão bem.
Alexandro Melo