Minha experiência pessoal com Deus se deu num átimo de tempo, e se tornou tão pequena.. como um grão de mostarda, minúscula quanto a fé que tenho n’Ele.
Desde a infância eu me detia a olhar o Céu e imaginava ver a Deus por entre nuvens. Aos meus olhos, eu via figuras angelicais por sobre flocos de nuvens que logo se desintegravam no espaço, ao sopro dos ventos.
Minha mãe alimentava a inocência do menino que se perdia em meio a perguntas para as quais resposta era algo impossível.
Eu queria saber aonde estava Deus, como vê-lo e o que fazer para encontrá-lo.
Mamãe sabiamente dizia que Deus está em todo canto da Terra ao mesmo tempo, que Ele tem o poder de saber de tudo e de a tudo resolver. Para ela, Ele estava ali conosco, “mas a gente não pode ver” - divagava.
Na sua simplicidade, e teologicamente falando na linguagem pura dos que amam gratuitamente um Deus desconhecido sem saber Teologia, mamãe o chamava de onipresente.
Hoje, ainda que eu tenha decrescido espiritual e religiosamente, torna-se impossível não perceber a onipresença desse Deus que insiste em se manifestar ao um mundo que rotineiramente o exclui e d’Ele se afasta.
E cada vez mais o “vejo” no dia a dia das coisas, nos fatos que se dão ou nos que deixam de acontecer.
Descobri-me sabedor que Deus está no momento da graça recebida, da conquista almejada, da descoberta da doença sem cura...
está presente no meio do tsunami que devasta a praia e se materializa na pedra ou no tronco ao qual o turista se “agarrou” para salvar-se.
No ar e no espaço que permeiam Terra e Céus por onde plainam aves, aeronaves e satélites artificiais...No alto das montanhas de onde cascateia a neve e no topo das colinas de viçoso verde...
Deus ali está. Como está no olhar e no sorriso de uma criança.
Deus está presente no ombro que o amigo oferece para que nele tu derrames a tua lágrima, no abraço e no aconchego de uma boa e sincera amizade.
Deus está no ramo e nos lírios, na flor e no colibri que a beija.
Deus está no silêncio do coração que, copioso, se mantém em oração fortalecendo e estreitando os elos de ligação com Ele, assim como se manifesta no grito dos que abrem o coração para silenciar numa oração de fervor para elevar a sublimidade de Seu Nome.
De modo que não se faz mais necessário que eu o procure junto às nuvens para vê-lo. Mesmo que possa encontrá-lo tão longinquamente, é bem mais fácil – e de todo provável – que eu sinta a presença de Deus vibrando aqui nesse instante dentro de mim.
Que Deus esteja com vocês.
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