quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O ABRAÇO DE SIMON

O senador Pedro Simon disse que hoje era um dia triste para o PT.
Ele lamentava (com a sua peculiar carga de ironia e hipocrisia) pelo arquivamento no Conselho de Ética do Senado das acusações contra José Sarney e pela saída do Partido dos Trabalhadores da Senadora Marina da Silva.

Como Simon é do PSDB (ele apenas tem ficha de filiação no PMDB) ele e o PFL precisavam dos votos dos senadores petistas para o não arquivamento da matéria.

O arquivamento o desnorteou. Assim como desnorteou o PIG. O PIG anda louco por uma nova matéria sensacionalista, um factóide qualquer daqueles que são caraterísticos para desestruturar o Governo Lula e desestabiliazar a provável candidatura à presidência da ministra Dilma Rousseff.

Simon, aquele que fala para a Globo, disse que hoje era o dia no qual o PT abraçava o Sarney e o Collor.

Assim como ele abraçou o Arthur Virgílio e Agripino Maia.
Assim como ele abraçou Yeda Crusius tentando ajudá-la a encobrir 44 milhões desviados do Dentran gaúcho.

Pedro Simon é um falsomoralista, um falastrão a quem Collor chamou de parlapatão, o que trocando em miúdos, é o mesmo que mentiroso.
E Pedro Simon mente ao falar de ética. Porque ética é algo que lhe falta.

A ética que ele defende no Senado não a mesma ética que ele vive no seu Estado.
O senador Simon é o presidente do PMDB no Rio Grande do Sul. Ele segurou até quando não pode mais a bancada peemedebista na Assembleia Legislativa gaúcha para que os deputados não subscrevessem o requerimento da oposição que pedia a abertura de uma CPI para investigar a Governadora Yeda Crusius.
Simon é um velho político desgastado. Ele não se elege nunca mais para senador. Nem ao menos para vereador em Porto Alegre.

Ele está aproveitando os seus últimos dias de exposição a que tem direito no PIG.
A Globo lhe dá quase diariamente, seus três minutos no Jornal Nacional.
Simon não sabe quem representa o PT lá nas origens, se o Lula do Sarney ou se a Marina.
Mas de uma coisa todos sabem: quem representa originalmente o PSDB de Tasso e Virgílio é o senador Pedro Simon.

E isso também é muito triste para o Rio Grande do Sul, para o Senado e para o Brasil.

Um comentário:

DEIXE O SEU COMENTÁRIO