domingo, 30 de agosto de 2009

PEDOFILIA, A COVARDIA EM NÚMEROS

O Pará teve pelo menos 100 mil casos de pedofilia nos últimos cinco anos.Um assustador índice de 20 mil crimes desse tipor a cada ano.
Estudos científicos revelam que para cada denúncia de abuso sexual cometido contra crianças e adolescentes (mais) quatro são omitidos.
Somente em Belém são registrados, em média, 949 casos por ano.
Desse montante, 62 crimes são cometidos contra crianças de 0 a 2 anos de idade.Pelo menos a metade delas precisam passar por cirurgias de restauração do órgão genital na UTI da Santa Casa de Misericórdia do Pará.
Um horror.
Os números mostram ainda que do total de casos ocorridos na capital paraense, 144 são cometidos contrra crianças de 3 a 5 anos.
Somando tudo, conclui-se que 20% dos abusos são praticados contra menores entre 0 e 5 anos.
É a covardia das covardias. A covardia em números.
Esses dados que causam repulsa e medo estão no relatório final da CPI da Pedofilia da Assembleia Legislativa do Pará cujos trabalhos de conlusão se dará no início de setembro.
A CPI apurou que 81% dos casos de abuso sexual ocorrem dentro do ambiente familiar, os demais se dão no âmbito social, incluindo-se escolas e até igrejas.
Fatores como ignorância, falta de formação e informação, além da pobreza predominam entre aqueles que justificam o silêncio e a omissão das vítimas – quase sempre personalizada na figura da mãe que se nega a formular queixa nos órgãos competentes.
O relator da CPI, Arnaldo Jordiy disse que dos 25 mil casos registrados pela CPI em todo o Estado, menos de 3% foram setenciados.Segundo Jordy, a impunidade é o maior obstáculo.
E serve até de incentivo para o pedófilo.Ele sabe que dificilmente será denunciado e tão pouco pagará pelo crime cometido.
Na maioria dos casos, a relação de poder e influência dos autores do crime ajuda no prolongamento do processo e até mesmo no arquivamento da denúncia.
O crime cometido pelo pedófilo dificilmente é testemunhado por alguém egeralmente é a palavra da vítima – quase sempre humilde, pobre e desorientada – contra a do agressor, segundo relata Jordy.
A informação é do jornal O Liberal, edição deste domingo, Caderno de Atualidades - 5

Um comentário:

  1. ainda bem que existe alguém que está denunciando e sabe o que escreve

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