terça-feira, 14 de julho de 2009

CPI – O FALSO PALANQUE DA OPOSIÇÃO

Mais uma derrota de José Serra numa eleião presidencial tem início hoje, com a armação do palanque político que se dará nesta tarde, no Senado.
A CPI da Petrobrás terá um efeito bumerangue para a oposição, sobretudo para o PSDB, já que o PFL não passa de coadjuvante e um apêndice, tipo uma íngua, do partido de Arthur Virgílio (o tic-tic nervoso) e não tem em seus quadros um único nome com qualquer representatividade, a não ser nos quesitos “folclore” e “esquisito”, no qual auele camarada, o chamado Heráclito Fortes é imbatível. Aliás, esse senhor faria tremendo sucesso no “ingênuo” e desinxabido programa infantil Chaves, do SBT.
Desmoralizado depois de concluída a CPI, o PSDB vais descer de um palanque no qual tentou falar muito e não disse nada e subirá noutro, para não ter nada pra dizer.
Isso se o partido de FHC não for surpreendido com o feitiço se voltando pra cima do feiticeiro. Coisa bem parecida já está acontecendo antes mesmo do início dos trabalhos da CPI enolvendo o IFHC (Instituto Fernando Henrique Cardoso) que tem os mesmos objetivos da Fundação José Sarney, que é o de preservar a memória de um ex-presidente da república.
Paulo Henrique Amorim, publica no seu Conversa Afiada, matéria na qual informa que o IFHC fez algo semelhante ao que fez a Fundação José Sarney. Veja nesse trecho o que ele diz, reproduzindo notícia divulgada no Blog dos Amigos de Presidente Lula:
"Nesta quinta-feira (9) o Estadão traz denúncias contra a Fundação José Sarney (uma entidade privada, tanto quanto o Instituto FHC e a Fundação Roberto Marinho), por ter projeto de preservação e Recuperação dos Acervos Bibliográfico e Museológico da Fundação José Sarney, com base na lei de incentivo à cultura.Com base nesta lei a Fundação apresentou projeto ao ministério da Cultura, foi aprovado, e a Fundação pode captar dinheiro de empresas para patrocinar o projeto. As empresas, em compensação, podem abater este valor do imposto de renda a pagar.Quem patrocinou o projeto foi a Petrobras, e o valor foi de R$ 1.213.205,39.O Estadão denuncia que houve desvios dentro da Fundação José Sarney com este dinheiro. Ainda não há, até o momento desta nota, resposta no blog Fatos e Dados da Petrobras.Mas até onde entendo, a empresa não tem qualquer ingerência na execução do que se passa dentro da Fundação José Sarney. Ela apenas fez o patrocínio, e tem, em contrapartida, compensação nos impostos, e divulgação da marca. Pode-se questionar se o patrocínio é bom ou ruim, e se tratar-se-ia de favorecimento político.Porém, outro ex-presidente está na mesma situação, e em montantes bem maiores.Então, como alegar favorecimento à Sarney, se outro ex-presidente usa do mesmo expediente para preservar sua memória?O Instituto FHC, apresentou seu projeto de digitalização do acervo de FHC e captou da mesma forma um valor quase 5 vezes mais elevado do que Sarney: R$ 5,7 milhões.A captação de FHC se deu na Sabesp (estatal do governo paulista, hoje de José Serra, na época, de Geraldo Alckmin), e diversas empresas beneficiadas pelas privatizações, ligadas aos tucanos. Todas descontaram no Imposto de Renda o valor repassado ao iFHC, portanto trata-se de dinheiro público dos impostos que, em vez de serem recolhidos à receita federal, são usados no iFHC, a título de incentivo fiscal à cultura".
Isso pode ser só o começo do tamanho da arapuca que a oposição armou e na qual ela própria irá cair.
Não adianta dizer que Sarney foi obrigado a instalar a CPI por pressão da oposição como consequência das denúncias que pipocam na mídia (que Paulo Henrique Amorim chama de PIG – Partido da Imprensa Golpista) contra ele diariamente.
Um Jereissati, um Arthur Virgílio (já o vejo dando xiliques ao discursar e pedir mais tempo para falar), um José Agripino e Pedro Simon estão tão ou mais desgastados quanto um Sarney da vida. Com uma diferença. Eles superam, em muito, o maranhense em matéria de cinismo e hipocrisia. E até os cegos veem isso.
Li recentemente que o sinal verde para o começo dos trabalhos da CPI partiu do Palácio do Planalto.
Lula sabe que não é somente Sarney que está enxovalhado, mas todo o Senado e senadores se encontram em situação estremamente desconfortável e desacreditados junto a opinião pública.
Por mais que a imprensa ultra-conservadora e golpista, com a Globo à frente, tente sempre, CPI nunca foi o forte do brasileiro. Assistir a sessões de comissões parlamentares de inquérito não tem sido nem de longe, um bom programa para a desatenta plateia em sua grande maioria.
Ainda mais quando até um débil mental percebe que ali no Senado poucos são os que se salvam e que a oposição almeja mesmo é enfraquecer a candidata à presidente do Presidente Lula com denúncias sem provas nem fundamento, como tem feito em todoas as CPIs.
A essa altura e com esses senadores que aí estão, ninguém vai dar ouvidos para CPI. O que esses senhores dizem em plenário não merece a atenção do Brasil.
A CPI da Petrobrás é a CPI do Álvaro Dias e será esvaziada. Basta que a base do governa tenha um pouquinho só de bom senso e inteligência e o que o Mercadante e o Delcídio Amaral não vistam, como sempre, a camisa tucana e joguem contra o Lula.
Eles adoram fazer isso. Até dão entrevista à Veja a CBN. Que vergonha!
Pelo que se está vendo, antes da CPI o Aécio Neves se contorce de desejo de dizer que é candidato mas teme ser barrado pelo partido. O Serra, todo mundo sabe que já é. Mas, amanhã, quando a CPI acabar, vai ser difícil ele sustentar a sua candidatura, imagina ganhar a eleição da Ministra Dilma.
Não me surpreenderá se a oposição ficar no mato sem cachorro, sem nome, sem voz e (cada vez mais) sem moral.

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