sábado, 11 de julho de 2009

Fraudador da Constituinte acha voto impresso “retrocesso”

Repruduzo texto do site Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, sobre uma figura controversa, autoritária e arrogante que, somente o fato de ser do PMDB pode explicar a sua permanência no ministério do Presidente Lula - Nélson Jobim, da Defesa.

Extraído do site Tijolaço, de Brizola Neto, por sugestão do amigo navegante Oswaldo:
O sr. Nélson Jobim diz à
Agência Brasil que a decisão da Câmara dos Deputados de adotar o voto impresso dentro das urnas eletrônicas, para evitar fraudes informatizadas é um “brutal retrocesso”. Devemos dar muita atenção às palavras do Sr. Jobim.Primeiro, porque ele tem 20 anos de experiência em matéria de fraude já que, confessadamente, introduziu, sem votação e sem conhecimento público, artigos na Constituição promulgada em 1988, o que ele próprio confessou aos jornais em 2003 e é objeto de um detalhado estudo dos professores Adriano Benayon e Pedro Antonio de Rezende, da Unb.Segundo, porque não é qualquer um que, como ele, conseguiu reunir episódios vergonhosos e toscos nos três poderes da República. Aliás, não conseguiu, ainda consegue, como fez, há poucos dias, com suas grosseiras e desumanas considerações, diante dos parentes das vítimas do acidente da Air France, sobre tubarões e corpos decompostos. O senhor, Ministro Jobim, como especialista em aeronáutica, não conseguiu nem aumentar o espaço nas poltronas dos aviões de carreira, sua grande bandeira quando assumiu o Ministério da Defesa, no lugar do honrado Waldir Pires. Agora, é especialista em informática, que garante a segurança de qualquer computador.Mas vamos dar a palavra ao grande especialista Nélson Jobim. Segundo ele, o voto impresso “um equívoco técnico e político”. Nisso também devemos dar atenção a ele, pois sua presença como relator da Constituinte, como Ministro do STF e como Ministro da Defesa foi e é, também, um equívoco técnico e político.Senhor Jobim. O senhor é um gênio. Burros e retrógrados são a Alemanha, a Holanda e até o Paraguai, que baniram as urnas eletrônicas. Ou os professores-doutores que assinaram um manifesto sobre a insegurança de nossas urnas.A sua presença na vida brasileira, Ministro Jobim, vai ficar na história. Como uma vergonha para este país. Aliás, já está. Leiam o que, em 2003, Leonel Brizola escrevia sobre Nélson Jobim.
Em tempo: a proposta de reintroduzir o voto impresso faz parte do
projeto de reforma eleitoral, de que é relator o deputado Flávio Dino, do PC do B, do Maranhão. É o que o grande estadista Leonel Brizola chamava de “papelzinho”. Sem “papelzinho”, não há como recontar votos. Nelson Jobim e Eduardo Azeredo, aquele do “valerioduto” dos tucanos de Minas, são os responsáveis pelo fim do “papelzinho” ( PHA).Em tempo 2: o Ministro serrista Nelson Jobim foi quem produziu uma “babá eletrônica” que teria sido usada pelo ínclito delegado Paulo Lacerda para grampear Gilmar Dantas (*). O grampo não tem áudio – e, portanto, não existiu, foi uma invenção da Veja – , Lacerda não grampeou ninguém, foi parar em Lisboa, e Lula não demitiu Jobim. Viva o Brasil ! (PHA).Em tempo 3 – quem também foi contra o “papelzinho” foi o Ministro Marco Aurélio de Mello, que, quando presidiu o Tribunal Superior Eleitoral – e quase não dá posse a Lula … -, achava os argumentos a favor do “papelzinho” obra de feitiçaria (PHA).

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