quarta-feira, 1 de julho de 2009

A FARRA DAS PASSAGENS AÉREAS DOS SENADORES E DEPUTADOS

O que acontece quando um simples mortal, uma pessoa normal que nem e você, precisa fazer uma viagem?
Acontece que é preciso ter o dinheiro da passagem, caso contrário, não viaja. Mas, atenção: isso vale somente para um simples mortal, que nem eu e você e acontece com a maioria da população brasileira.
Agora, o que acontece quando um deputado ou um senador deseja viajar?
Ele simplesmente viaja porque dinheiro é o que não lhe falta.
E você sabe quem paga a passagem dos deputados e senadores? Isso mesmo: nós, os simples mortais; nós, pessoas normais – a população brasileira!
Os gastos feitos com o pagamento de passagens só com os senadores, chega à casa de 1.300.000,00 (Um Milhão e Trezentos Mil Reais) por mês.
Pelo mesmo período de trinta dias, os deputados gastam aproximadamente seis milhões de reais somente com passagens, que somados às despesas dos senadores equivale a uma verba de aproximadamente 90 milhões anualmente. Uma imoralidade!
O que chama a atenção é que vossas excelências recebem um salário em torno de 22 mil reais, trabalham apenas quatro dias por semana (de terça a sexta feira), tem direito a algo chamado de verba indenizatória no valor de 15 mil reais e à verba de gabinete, no valor de 60 mil reais e andam somente de avião!
Enquanto isso, a maioria do trabalhador brasileiro ganha um salário mínimo por mês, trabalha todos os dias e anda a pé, de ônibus ou metrô (nas grandes cidades) em estradas ou ruas esburacadas.
Pode parecer ironia, mas é a pura realidade. Quando um assalariado ousa fazer um passeio com sua família, ele trabalha, às vezes, um ano ou mais, juntando todas as economias para isso.
Já os senadores e deputados quando querem viajar para Nova York, Londres, ou Paris (e eles viajam quando bem querem), não precisam planejar antecipadamente. E ainda levam a família, a sogra, a namorada, os parentes, os amigos... o cachorro, o papagaio!
E não precisam economizar nada. A economia é feita pelo povo, porque é o povo quem paga a conta. É o dinheiro dos nossos impostos que banca essa farra das passagens aéreas dos senhores parlamentares.
Isso era uma prática ilegal até recentemente. Uma ilegalidade que durou 40 anos para ser denunciada! Para se ter uma base de quanto foi a despesa ou o rombo nos cofres públicos com essa farra, basta criar a média de 75 milhões (que seria, por baixo o total gasto com passagens de deputados e senadores por ano) e multiplicar por 40 anos e se descobre que foram torrados algo como 30 bilhões de reais.
Agora, tentam legalizar o que nunca foi e nem será legal. Criaram a COTA DE PASSAGENS, que é um dinheiro que dá direito ao parlamentar de viajar (ele ou seus assessores quando estiverem a serviço).
Até agora o parlamentar bastava ter o desejo de viajar, e a viagem estava feita, sem comunicar nada a ninguém e sem gastar um tostão. Ele só precisava informar que viajou depois que fez a viagem, é claro.
Algo assim como: “Viajei. E quem vai pagar a conta não sou eu, mas o trouxa do eleitor/contribuinte.”
Sabe como isso se chama lá no Congresso Nacional? Chama-se “prestação de contas”. Tipo: “eu gastei, disse que gastei”. E ponto final.
Essas novas regras começam a valer apenas no Senado, pois os deputados resistem à idéia de verem acabados os seus privilégios, afinal, é muito cômodo ter um alto salário, trabalhar pouco e ter casa pra morar e passagens aéreas de graça pagas pela população.

Observação: Este texto foi escrito no auge da crise das passagens aérea, sendo que algumas pequenas mudanças (maqueadoras) parecem ter ocorrido de lá para cá, no Congresso.

2 comentários:

  1. o problema nao e o gasto apenas! e como o dinheiro publico e utilizado.. vergonhoso;;...e olha que eu adoraraia viajar...pe3lo menos uma vez por ano...rsrsrsr. eu como pobre mortal... mais pelo menos o dinheiro esta dando pra chegar proximo dos amigos em santa maria do pará...
    agora outra observação.. essse comentario ai do indio.. pts..e pra traduzir nas entrelinhas o q quer dizer

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