Lula, amado e respeitado pelo mundo
Portal Vermelho: Lula critica EUA e diz que quer Irã igual ao Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas indiretas à forma como os Estados Unidos negociaram até aqui uma solução para o impasse em torno do programa nuclear do Irã.
Questionado sobre a declaração da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que afirmara não esperar uma resposta séria do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad após o diálogo com o Brasil, Lula reprovou o envio de "funcionários de terceiro escalão" para discussões diplomáticas tratadas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
As críticas foram feitas em Doha, minutos após o encontro oficial com o emir do Catar, Hamad Bin Khalifa Al Thani. Em rápida entrevista a jornalistas brasileiros, Lula voltou a se manifestar sobre sua visita ao Irã, cuja agenda oficial começa hoje. Dizendo-se tranquilo sobre o papel do Brasil - que intermedeia um diálogo, ao lado da Turquia - o presidente disse que se criou "uma expectativa exagerada sobre o assunto". "O Brasil é um país que não tem armas nucleares, não é membro do Conselho de Segurança da ONU. O Brasil pode é contribuir. Não é uma negociação entre o Brasil e o Irã", afirmou, definindo a missão brasileira como "tranquila e de responsabilidade".
"Vou conversar com muita franqueza com o presidente iraniano, com a franqueza que uma conversa dessas precisa ter, lamentando que os outros presidentes não tenham conversado com o presidente do Irã", argumentou, em uma primeira crítica aos chefes de Estado e de governo dos Estados Unidos, da França e do Reino Unido, países-membros do Conselho de Segurança da ONU e que pregam sanções ao Irã em decorrência de seu programa nuclear.
Indagado sobre a expectativa negativa de Hillary Clinton sobre o encontro entre Lula e Ahmadinejad, o presidente retrucou: "Eu não sei com base no que as pessoas falam". "A política existe exatamente para você exercitá-la na sua plenitude, para tentar conversar, convencer", afirmou. "Política não é uma coisa de que se pode fazer transferência, terceirizando. Eu mando um funcionário de terceiro escalão do governo para negociar uma coisa grave que o Conselho de Segurança está decidindo."
O presidente disse ainda que não sabe se o encontro com Ahmadinejad é de fato a última chance de o governo do Irã evitar sanções econômicas contra o país, como afirmaram nos últimos dias Hillary Clinton e o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev. "Não sei. Não queria ser tão fatalista."
Lula lembrou que a constituição brasileira impede o país de ter armas nucleares e, falando sobre seus propósitos em Teerã, foi claro, repetindo o que tem afirmado sobre o direito de o país ter acesso à energia nuclear para fins pacíficos. "O que eu quero é que o Irã faça o mesmo que o Brasil faz. É isso."
Em sua primeira visita oficial a Doha - uma primeira, em 2009, não tinha esse caráter -, o presidente participou pela manhã do Seminário Empresarial Brasil-Catar.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Questionado sobre a declaração da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que afirmara não esperar uma resposta séria do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad após o diálogo com o Brasil, Lula reprovou o envio de "funcionários de terceiro escalão" para discussões diplomáticas tratadas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
As críticas foram feitas em Doha, minutos após o encontro oficial com o emir do Catar, Hamad Bin Khalifa Al Thani. Em rápida entrevista a jornalistas brasileiros, Lula voltou a se manifestar sobre sua visita ao Irã, cuja agenda oficial começa hoje. Dizendo-se tranquilo sobre o papel do Brasil - que intermedeia um diálogo, ao lado da Turquia - o presidente disse que se criou "uma expectativa exagerada sobre o assunto". "O Brasil é um país que não tem armas nucleares, não é membro do Conselho de Segurança da ONU. O Brasil pode é contribuir. Não é uma negociação entre o Brasil e o Irã", afirmou, definindo a missão brasileira como "tranquila e de responsabilidade".
"Vou conversar com muita franqueza com o presidente iraniano, com a franqueza que uma conversa dessas precisa ter, lamentando que os outros presidentes não tenham conversado com o presidente do Irã", argumentou, em uma primeira crítica aos chefes de Estado e de governo dos Estados Unidos, da França e do Reino Unido, países-membros do Conselho de Segurança da ONU e que pregam sanções ao Irã em decorrência de seu programa nuclear.
Indagado sobre a expectativa negativa de Hillary Clinton sobre o encontro entre Lula e Ahmadinejad, o presidente retrucou: "Eu não sei com base no que as pessoas falam". "A política existe exatamente para você exercitá-la na sua plenitude, para tentar conversar, convencer", afirmou. "Política não é uma coisa de que se pode fazer transferência, terceirizando. Eu mando um funcionário de terceiro escalão do governo para negociar uma coisa grave que o Conselho de Segurança está decidindo."
O presidente disse ainda que não sabe se o encontro com Ahmadinejad é de fato a última chance de o governo do Irã evitar sanções econômicas contra o país, como afirmaram nos últimos dias Hillary Clinton e o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev. "Não sei. Não queria ser tão fatalista."
Lula lembrou que a constituição brasileira impede o país de ter armas nucleares e, falando sobre seus propósitos em Teerã, foi claro, repetindo o que tem afirmado sobre o direito de o país ter acesso à energia nuclear para fins pacíficos. "O que eu quero é que o Irã faça o mesmo que o Brasil faz. É isso."
Em sua primeira visita oficial a Doha - uma primeira, em 2009, não tinha esse caráter -, o presidente participou pela manhã do Seminário Empresarial Brasil-Catar.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE O SEU COMENTÁRIO