Menos, senador! menos!
O Almanaque da crônica tem memória digital.
Que dá um banho de eficiência na minha.
Fui buscar na memória do Almanaque e encontrei.
Lá, no dia 11 de novembro de 2009.
Uma quarta feira.
Naquela data publiquei aqui post que se referia a um determinado projeto da lavra do senador Cristovam Buarque.
14º Salário. Utopia ou Hipocrisia, Professor?
Era o título.
Cristovam propunha o pagamento do 14º salário aos profissionais do Magistério.
À primeira vista parecia tratar-se de algo fenomenal e uma conquista incomensurável, como diria o Presidente Lula, para os professores.
Mas não precisaria demandar maior esforço de ler nas entrelinhas para perceber que Cristovam colocava em prática um discurso claramente recheado de hipocrisia.
Para ser um pouco generoso, o projeto do ex-ministro da Educação não passava de uma peça utópica.
Agora Cristovam ataca com seu lado demagógico revelador de inédito autoritarismo.
Trata-se de um novo (se bem que envelhece a algum tempo nas gavetas do Senado) pelo qual todo ocupante de cargo eletivo – do vereador, passando pelos deputados estaduais, federais, senadores, até o presidente da República e seu vice – seria obrigado a matricular seus filhos e dependentes em escolas da rede pública de ensino.
Certamente por ser ano de eleição o projeto de Cristovam Buarque veio à baila e até mereceu comentários por parte de ávidos parlamentares. Ávidos por voto e pelos holofotes da mídia.
A maioria demonstrou ser contrária a aprovação de uma lei que tolhe a liberdade de quem quer que seja poder escolher a escola para seus filhos.
Cristovam alega que tal medida forçaria a melhoria da qualidade do ensino no País. Imagina que nem um pai deseja o insucesso do filho.
Seria uma maneira de forçar os pais a acompanhar o desempenho de seus filhos e exigir que a escola fizesse mais e melhor.
Um deputado paraense opinou que o Ensino é de responsabilidade dos Executivos e que o simples fato de um vereador matricular seu filho numa escola não significa que esta seja obrigada a otimizar suas atividades.
Isso ela deve fazer sistematicamente, independentemente de quem quer que lá estude, seja filho de vereador, senador ou gari.
Também a “obrigação” de cobrar melhor desempenho das unidades educacionais não deve se restringir “apenas” os que exercem cargos eletivos, mas a toda sociedade.
Possuído por um avassalador espírito de “boa vontade” que vislumbra a acoplagem do Brasil à nave do “mundo dos letrados e desenvolvidos pela educação”, Cristovam Buarque derrapa perigosamente na estrada da demagogia associada a uma ingenuidade que talvez não seja assim tão ingênua.
Mas ao menos absurda ela é. A proposta de Cristovam Buarque.
Demagógica, absurda e autoritária.
Resumindo: inconstitucional.
Que dá um banho de eficiência na minha.
Fui buscar na memória do Almanaque e encontrei.
Lá, no dia 11 de novembro de 2009.
Uma quarta feira.
Naquela data publiquei aqui post que se referia a um determinado projeto da lavra do senador Cristovam Buarque.
14º Salário. Utopia ou Hipocrisia, Professor?
Era o título.
Cristovam propunha o pagamento do 14º salário aos profissionais do Magistério.
À primeira vista parecia tratar-se de algo fenomenal e uma conquista incomensurável, como diria o Presidente Lula, para os professores.
Mas não precisaria demandar maior esforço de ler nas entrelinhas para perceber que Cristovam colocava em prática um discurso claramente recheado de hipocrisia.
Para ser um pouco generoso, o projeto do ex-ministro da Educação não passava de uma peça utópica.
Agora Cristovam ataca com seu lado demagógico revelador de inédito autoritarismo.
Trata-se de um novo (se bem que envelhece a algum tempo nas gavetas do Senado) pelo qual todo ocupante de cargo eletivo – do vereador, passando pelos deputados estaduais, federais, senadores, até o presidente da República e seu vice – seria obrigado a matricular seus filhos e dependentes em escolas da rede pública de ensino.
Certamente por ser ano de eleição o projeto de Cristovam Buarque veio à baila e até mereceu comentários por parte de ávidos parlamentares. Ávidos por voto e pelos holofotes da mídia.
A maioria demonstrou ser contrária a aprovação de uma lei que tolhe a liberdade de quem quer que seja poder escolher a escola para seus filhos.
Cristovam alega que tal medida forçaria a melhoria da qualidade do ensino no País. Imagina que nem um pai deseja o insucesso do filho.
Seria uma maneira de forçar os pais a acompanhar o desempenho de seus filhos e exigir que a escola fizesse mais e melhor.
Um deputado paraense opinou que o Ensino é de responsabilidade dos Executivos e que o simples fato de um vereador matricular seu filho numa escola não significa que esta seja obrigada a otimizar suas atividades.
Isso ela deve fazer sistematicamente, independentemente de quem quer que lá estude, seja filho de vereador, senador ou gari.
Também a “obrigação” de cobrar melhor desempenho das unidades educacionais não deve se restringir “apenas” os que exercem cargos eletivos, mas a toda sociedade.
Possuído por um avassalador espírito de “boa vontade” que vislumbra a acoplagem do Brasil à nave do “mundo dos letrados e desenvolvidos pela educação”, Cristovam Buarque derrapa perigosamente na estrada da demagogia associada a uma ingenuidade que talvez não seja assim tão ingênua.
Mas ao menos absurda ela é. A proposta de Cristovam Buarque.
Demagógica, absurda e autoritária.
Resumindo: inconstitucional.
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