segunda-feira, 12 de abril de 2010

O BEIJO INTRAGÁVEL

Que beijinho doce...
Blogueiros de todo o Brasil classificaram como insólita uns e demagógica outros, a cena do beijo dado pelo Zé Alagão em Aécio Neves.
Um gesto nauseante jamais visto no meio político.
Uma profanação aos reais sentidos que pode ter um beijo.
E um aviso funesto da chegada de uma pesarosa carga de azar dado à vítima beijada, o governador mineiro.
Estudos indicam que um beijo pode ser doce, lento, rápido, suave, simples, quente.
Contudo, nem a Ciência foi capaz de atribuir outra denominação que classifique o beijo do tucano. Frio e falso.
Como o de Judas Escariotes.
Não há vocabulário capaz de dizer o que os lábios transmitem em um beijo. Imagine o bico de uma ave.

O beijo, dizem, é uma arte.
O do Serra, um desastre.
Serra deve ser adepto do Kama Sutra.
Porque seu beijo expressou o maior e mais forte dos sentimentos que carrega por trás de suas horrendas olheiras: o do desprezo pelas pessoas, em especial a quem beija.

Beijar é protagonizar um ato no qual paladar, tato e o olfato se combinam.
O beijo vindo das dilatadas gengivas vampirescas de Zé Serra tem o sabor amargo da derrota.
Sem tato nem pudores, Serra apelou feio.
Quem viu o esforço de Aécio para se livrar das embaraçosas garras serranas, pode imaginar que o beijo pegajoso do vampiro paulista tem inomináveis propriedades de matar pelos fortes odores.
O beijo libera uma carga de reações emocionais que podem transportar a pessoa para o “céu”
Se isso fosse verdade, é possível que o do Serra leve qualquer um para o inferno – o astral, quando nada dá certo.

Quando o assunto é beijo, segundo o Kama Sutra, existem lugares recomendados para iniciar a "batalha" (para Serra a “batalha” é política), como: a testa, os olhos, as bochechas, o peito, os seios, a zona abaixo da boca, a cabeça, a nuca e o pescoço junto com a clavícula.
Serra escolheu as bochechas mineiras de Aécio. O beijou de peito aberto e com um sorriso sínico.
Uma cabeçada abaixo da linha da cintura desferido na esperança.
Serra é um desesperado.
Pra ele é tudo ou nada.
Terá a segunda alternativa.
Sem que seja possível comprovar, conta-se que o beijo entre um homem e uma mulher foi dado pela primeira vez, entre 500 a.C a 1500 a. C.
Sabe-se mesmo é que o dia internacional do beijo é 13 de abril.
Os tucanos escolheram mal a data para lançar Serra candidato.
Erraram por três dias.
Mas acertaram no sentido e no gesto: o beijo de Serra é flagrante demagogia e desesperada tentativa de demonstrar unidade entre os tucanos. E mais: uma cartada decisiva na espera de que Aécio Neves mude de idéia e aceite ser o vice de sua chapa.
No mais, serviu o beijo do emplumado vampiro, para avivar nossas mentes para o fato de que Judas entregou Jesus com um beijo. E com um beijo, Serra não trai apenas seu correligionário, mas, sobretudo, o povo brasileiro.
Talvez Aécio Neves se aperceba disso.

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