sexta-feira, 23 de abril de 2010

O PARÁ É UM AQUÍFERO DE RIQUEZAS

O Brasil está entre os maiores produtores de bens minerais do mundo.
E isso graças ao Pará.
O Pará tem reservas minerais de escala internacional.
Ferro, bauxita, ouro, manganês e caulim são os principais minérios extraídos do rico solo paraense.

Segundo o jornalista Lúcio Flávio Pinto, “o setor mineral investirá 40 bilhões de dólares (quase 70 bilhões de reais) no Pará” até 2014.
O equivalente a US$ 8 bilhões ao ano.
É provável que, no máximo em 2018, o Pará assuma a liderança da economia mineral brasileira.
Empresas de mineração que operam no Pará programam investimentos da ordem de US$ 40 bilhões no setor.
Tanto investimento incrementará ainda mais a especialização do Pará como Estado exportador.
Em 2014 calcula-se que o Pará venha a ser o 4º ou 3º maior exportador brasileiro.
De tudo o que é exportado pelo Pará 85% são minérios e derivados.
E essas exportações sofrer uma expansão ainda maior, chegando à casa dos 90%.
O Pará é uma fonte perene de riqueza.
A maior delas foi descoberta por geólogos da Universidade Federal do Pará – UFPa.
E não se trata de uma mina de ouro nem de ferro.
Mas da maior reserva natural de água potável do planeta.
O Aquífero Alter do Chão.
Aqüífero é uma formação geológica que pode armazenar águas subterrâneas.
São rochas porosoas e permeáveis, capaz de reter água e de cedê-la.
O Aquífero Alter do Chão descoberto tem um volume em torno de 86 mil Km3 de água doce.
Daria para abastecer toda a população mundial em torno de cem vezes.
Ele ocupa os estados do Pará, Amazonas e Amapá, sendo genuinamente uma reserva brasileira.
E pode ser ainda maior do que o calculado pelos cientistas.
Até então, o maior aqüífero em volume d’água era o Guarani que passa, além do Brasil, pela Argentina, Paraguai e Uruguai.
O Aquífero Alter do Chão localiza-se no subsolo de Alter do Chão, em Santarém.
A descoberta de um manancial subterrâneo desse tipo e tamanho pode nos dá a impressão de que a água é um elemento inesgotável. Mas não é.
Do total da água presente no mundo, apenas 0,63% é água doce, e grande parte dela é imprópria para consumo
As águas ocupam 71% da superfície do planeta.
Porém, o potencial hídrico subterrâneo é 100 vezes maior que o potencial das águas superficiais.
A água subterrânea é a mais pura que existe e representa uma reserva permanente, mas pode ser contaminada pelo homem.
A parte de água doce do planeta que é viável para aproveitamento pelo ser humano, é de 14 mil Km3/ano. Caso se mantenha a taxa de crescimento da população mundial, em 1,6% ao ano, e o consumo per capita se mantiver, o planeta terá 50 anos garantidos e a partir daí a procura será maior que a demanda.
(A população mundial atingirá o patamar de 7 bilhões de pessoas em 2012, segundo as projeções de uma pesquisa oficial dos Estados Unidos).
Quer dizer, mesmo que pareça mentira, chegará o dia em que faltará água para todos.
Pelo menos água própria para o consumo humano.
A água já é o bem mais valioso que existe.
Valioso, insubstituível e vital.
O sangue humano é constituído de 40% de células sanguíneas e 60% de plasma, que tem a água como importante componente.
60% do peso do nosso organismo é constituído por água.
Nós perdemos em média, diariamente, através da urina, fezes, suor e respiração cerca de 2.5 litros d’água sendo que é estimado um consumo mínimo de 2 litros diários.
Mas o desperdício de água é alarmante.
Numa chuveirada se gasta entre 100 a 180 litros. Quem costuma escovar os dentes com a torneira aberta desperdiça até 25 litros de água.
É comum se notar torneiras abertas desnecessariamente. Ali estão sendo mandados para a sarjeta de 12 a 20 litros de água por minuto. Se deixar pingando, são desperdiçados 46 litros de água por dia.
E ainda temos o carro para lavar com a mangueira: 260 litros d’água que vão para o ralo em meia hora.
Assim, o bem natural mais precioso pode até não acabar de vez, mas chegará o momento em que não se poderá abusar do desperdício como hoje.
Mesmo que se descubra um Aquífero Alter do Chão a cada ano, é recomendável usar racionalmente a água.
Porque tê-la em nossas casas pronta para usá-la custa caro.
Dados indicam que logo neste início de século o Banco Mundial necessitará de investimentos na ordem de US$ 800 bilhões em todo o planeta para que ela não falte.
O certo é que o Pará continuará sendo um celeiro de riquezas naturais. Do ouro ao ferro, do caulim à água, esta a maior de todas elas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE O SEU COMENTÁRIO