sexta-feira, 16 de abril de 2010

DILMA FALA AO ZERO À ESQUERDA, DIGO, AO ZERO HORA DA DIREITA

Um jornal cujo valor é zero
O ALMANAQUE da crônica tem o prazer de publicar post do excelente Briguilino, do notável Joel dos Santos Neto.

Entrevista da Dilma

Abaixo trechos da entrevista, cuja íntegra pode ser lida aqui e aqui.

Circula na web dossiê que lhe atribui assaltos a bancos e atos de terrorismo no regime militar. Sente-se preparada para a campanha eleitoral?

Ninguém participa de governo sem aprender a conviver com críticas, deturpações e difamações. Há uma campanha insidiosa porque as pessoas pouco lembram daquela época. [...] Não tive nenhuma ação armada. Se tivesse ação armada, não teria recebido condenação de dois anos. Cumpri três anos de cadeia, mas fui condenada a dois.

–Quem estaria por trás dessa campanha?

Acho que as reações são de setores inconformados com a abertura democrática e que acham que uma pessoa que esteve presa [...], durante todo o período da ditadura, não pode ser hoje vitoriosa.

–Adversários levantam dúvidas sobre o que seria o seu governo em matéria de liberdade de expressão. Qual é o seu compromisso?

Adversário só não fala que a gente é bonita, o resto tudo fala. Eu sei o que é viver na ditadura, e sei a pior parte dela. Não acho que faz bem para nenhuma geração o que a minha passou...

–Como a senhora pretende reverter no RS os índices desfavoráveis?

Nós Começamos agora. Pesquisa retrata o momento. [...] Todo mundo que sentou na cadeira antes se danou.

–Acha possível subir nos palanques de Tarso Genro e José Fogaça?

Não vou trabalhar hipótese, até porque não é prudente. Quando a gente tiver feito aliança nacional [PT-PMDB], eu posso responder isso...
a não causar problema.

–Trabalha com a possibilidade de ter o PMDB gaúcho todo a seu lado?

[...] Acredito que a grande maioria do PMDB fica conosco.
–Já consegue fazer com naturalidade o que o presidente faz, como entrar na casa dos eleitores? Perfeitamente, sou uma boa aluna. Nessa relação com ele, tenho anos de praia. Ando pelo Brasil afora com ele há sete anos e meio...

– O presidente tem dado conselhos sobre a campanha?

Graças a Deus, dá. O presidente é uma pessoa experiente. Temos uma longa caminhada juntos, a nossa relação é de quem priva da intimidade...

– Sente falta da preseença de Lula nas viagens?

Sempre falo que tenho muita saudade dele. O que me consola é que acho que ele também tem muita saudade minha. Porque convivíamos o dia inteiro.

– Acha que o eleitorado sente diferença com a ausência do presidente?

Andei por esse país afora sozinha quantas vezes? O pessoal está inventando. Ser governo e decidir todo dia é muito difícil. Eu cuidei do PAC, de R$ 636 bilhões, da execução, tinha de discutir isso do Oiapoque ao Chuí. O presidente ia para um lado e eu, para o outro.

– Até que ponto a popularidade de Lula pode resultar em votos?

Se pode resultar em votos para alguém, imagino que seja para mim. Por quê? Porque entrei no Ministério de Minas e Energia, depois fui para Casa Civil, participei de cada um desses programas. Eles têm meu esforço pessoal. [...] Então posso reivindicar a continuidade do governo Lula. O povo não acredita em promessa, acredita que quem faz pode fazer mais. Podemos fazer mais, porque fizemos. [...] Tem meu trabalho nisso, eu me sinto absolutamente legitimada para achar que nesses 76% [de aprovação de Lula] tem uma parte que eu contribuí.

– O PMDB se encaminha pra indicar Michel Temer para vice. Qual é a sua relação com o deputado?

Tenho uma ótima relação com Michel Temer, respeito bastante o deputado, acho ele uma pessoa talentosa, bom articulador político, excelente presidente da Câmara, uma pessoa tranquila, não aposta no conflito, trabalha no acordo e no consenso. [...] Considero o Michel Temer uma pessoa de qualidades excepcionais.

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