segunda-feira, 14 de junho de 2010

DEIXA A FOLHA PENSAR QUE "DOSSIÊ" AJUDA O SERRA

Sem um dossiêzinho aqui e outro ali, esse trio tá ferrado
Dirceu: dossiê contra Eduardo Jorge é factóide
Sentado em um cadeira fora da área reservada aos integrantes da cúpula dos partidos, num canto no fundo do salão da convenção do PT, José Dirceu negou ao blog que o partido tenha feito “qualquer” levantamento de dados fiscais e financeiros contra o vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge.
O evento, no qual Dilma foi lançada como candidata à sucessão de Lula, foi realizado em Brasília.
“Essa coisa do Eduardo Jorge é um factóide total porque é a declaração do Imposto de Renda dele que a Folha teve acesso. Não fomos nós. E quanto à CPI do Banestado, o relatório é público. É um factóide. A agenda do dia de ontem e hoje se dá em torno do dossiê e não da convenção”, contestou Dirceu.

O Serra disputa sua última eleição para a Presidência da República.
Ele leva também, por consequência, a sua segunda e última surra num pleito desse tipo.
A primeira, em 2002, a despeito dossiês contra Serra e os tucanos atribuídos ao PT, o candidato da direita foi atropelado por Lula com uma senhora lavagem.
Na gerência do festival de denuncismo e dos factóides de oito anos atraz estava - como continua até hoje e como sempre esteve - a grande imprensa nacional em sua quase totalidade.
E na vanguarda da imprensa conservadora e inescrupulosa a Folha de São Paulo se destaca ao lado de O Globo e do Estadão.
A Folha, no entanto, ultrapassa a todos e se supera a cada dia na ânsia de criar um fato político capaz de abalar o crescimento incontido da Ministra Dilma Rousseff.
Os dossiês contra Serra, que na verdade, trata-se de um livro do Jornalista Amaury Ribeiro a ser lançado depois da Copa do Mundo onde ele revela os bastidores da privataria tucana nos governos FHC/Serra e esse factóide do Eduardo Jorge não interessam ao PT nem à Dilma.

Dilma não precisa de nada disso para ser eleita.
No primeiro turno.
A Folha não aprende: se dossiê ganhasse eleição o candidato dela, teria sido eleito em 2002.
Mas deixem que ela e o PIG insistam no contrário.
O JN de sábado deu exatos trinta segundos sobre Dilma Rousseff e Michel Temer enquanto exibiu um espantalho com uma camisa amarela sobre outra azul em Salvador por absurdos quatro minutos.

Uma vergonha de tratamento desigual.
Dilma, como Lula, ganha deles mais fácil do que muitos imaginam.
O Globo:
Matéria publicada nesse sábado (13), pela Folha de S.Paulo, diz que a "equipe de inteligência" da pré-campanha de Dilma (PT), teve acesso a informações sigilosas do Imposto de Renda e movimentação bancária de EJ.
Segundo a reportagem, os dados foram coletados após quebra do sigilo fiscal de EJ, feito por uma equipe de arapongas que começou a atuar na pré-campanha de Dilma.
Ainda de acordo com o diário, os arapongas também reuniram documentos contra pessoas próximas de José Serra (PSDB) investigadas pela CPI do Banestado (2003-2004), e contra a filha do candidato.
Quanto ao papel que vai exercer nos próximos meses na campanha de Dilma, Dirceu disse que hoje presta apenas uma “ajuda” e que seu futuro está nas mãos de José Eduardo Dutra, presidente do PT.

“Não sou membro da coordenação de campanha. Às vezes, vou à coordenação porque a matéria diz respeito ao que o PT está encaminhando e que eu estou ajudando, só isso. Depois, quando acabar as convenções oficiais, o que o Eduardo Dutra mandar eu faço”, disse.
Mesmo com o discurso de que faz um papel de coadjuvante, Dirceu confessou que aproveitou a convenção do partido para tentar fechar acordos regionais para o palanque da Dilma.

“Conversei com os presidentes dos partidos presentes porque ainda não conseguimos chegar a um acordo no Paraná, em Santa Catarina e no Pará”, ressaltou.
Quanto ao êxito nas conversas de hoje, Dirceu foi enfático: “Temos ainda uma semana de conversas”.
Assim como fez Lula durante o discurso na convenção, Dirceu também criticou a cobertura da campanha pela imprensa.

“Muitos órgãos de imprensa estão favorecendo a campanha do Serra há muito tempo. A cobertura não é igual, mas é o direito que os donos dos jornais têm. Cada um faça o que quiser. Mas que tenham dignidade de assumir no editorial como a Carta Capital assumiu que está apoiando a Dilma, como apoiou o Lula”, disparou.

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