sexta-feira, 4 de junho de 2010

OPERAÇÃO DO DETRAN VIRA ATRAÇÃO E VERGONHA

Eles acabam de chegar em Santa Maria. Os agentes do DETRAN.



No início da semana Santa Maria se viu às voltas com um passado longínquo e histórico.
A operação do Departamento Estadual de Trânsito, o DETRAN, em nossa cidade nos fez regredir no tempo e aterrissamos no século XVI.
O DETRAN nos descobriu um povo sem cultura ou, no mínimo, uma espécie de gente aculturada.
O DETRAN em Santa Maria passou a ter a mesma curiosidade que o 14 Bis pilotado por Santos Dumont causaria a uma tribo indígena no interior da Amazônia, em 1906.
O medo gerado pelo DETRAN gera em Santa Maria só se compara ao pavor que o chupa-chupa causou à população paraense lá por volta de 1978.

Até parece que os guardas do DETRAN são ET’s vindo à bordo de Objetos Voadores Não Identificados (OI.
Um perigo e uma ameaça.
Não se trata nem de uma coisa nem outra coisa.
A cena causada por algumas pessoas arrancando uma motocicleta das mãos dos agentes do DETRAN é surreal.
Algo inimaginável e inexplicável.
Uma afronta à lei.
E uma truculência tal que envergonha nossa cidade.
Sem querer ofender os nossos índios, não é difícil julgar que nem os indígenas mais isolados e sem contato com a chamada civilização, agiria daquela maneira.
Aquilo é uma selvageria e denota total ausência de apego e respeito às normas constitucionais.
Aqueles agentes também são trabalhadores e estavam em pleno cumprimento do exercício legal de suas funções.
O que eles fazem nada mais é que uma obrigação de Estado e do Estado. É o Estado que eles representam e em nome do qual agem.
E acontece aqui, nos EUA, na Europa. Em qualquer lugar do Mundo.

Ocorre é que, em Santa Maria, com as devidas exceções – e elas são muitas – existem aqueles para os quais a lei não deveria existir.
Parece que nos desacostumamos com as regras de civilidade. Talvez porque nunca as tivemos. É uma questão de costume.
O absolutamente normal é que o cidadão de bem, sobretudo o íntegro e o ético se submeta às exigências da Lei.

A presença do DETRAN em uma determinada localidade simboliza um cuidado do Estado com o cidadão e um serviço de suma importância prestado à sociedade.
E objetiva fiscalizar motoristas e pilotos sem carteira de habilitação, sem uso do cinto ou capacete.
O DETRAN também fiscaliza a documentação para coibir o crescimento na escala de roubo a veículos cujos números são espantosamente altos.
As multas e apreensões são perfeitamente legais, coisa normal.

Anormal é infringir as regras de trânsito e sair por aí “sem lenço e sem documento” num veículo cuja procedência ninguém - nem mesmo o "proprietário" conhece, por vezes.
Anormal é andar com a cabeça ao vento, numa moto, sem capacete.
Santa Maria não pode ficar conhecida como terra sem lei e da anormalidade.
Nem entrar na lista das cidades do faroeste.
Somos brasileiros, paraenses e, acima de tudo, santamariesnes.
E a nossa maior característica é a paz.
Somos todos ordeiros e cultuamos a solidariedade em nossos gestos fraternos.
O enfrentamento à Lei e a ignorância em nada contribuem para que Santa Maria possa ser reconhecida pela grandeza e educação do seu povo – seu maior patrimônio.

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