Conversa Afiada: O pré-sal é a maior vitória de Lula.
Sobre FHC
Deixa o PiG pensar que foi só um bombom
É provável que o principal legado do Governo Lula à presidente Dilma Rousseff e ao Brasil seja a vitória no Senado na madrugada de quinta feira, dia 10 de junho de 2010.
Lula aprovou uma Lei 2004 – como se Vargas recriasse a Petrobrás em 2010.
Lula, Dilma e Sergio Gabrielli, presidente da Petrobrás, estão na moita.
Para não despertar a ira do Roberto Marinho, Assis Chateaubriand e seus sucedâneos (mais medíocres).
O Farol de Alexandria tentou passar uma rasteira na Petrobrás e abriu uma brecha na exploração do petróleo.
Anteontem, Lula desmontou a arquitetura privatizante da Petrobrax.
A Petrobrás de Vargas e Lula deverá realizar a maior capitalização o mundo – US$ 60 bilhões – para poder explorar o pré-sal.
A Petrobrás é que vai explorar o pré-sal, com uma participação MÍNIMA de 30% em cada bloco de exploração.
O regime de exploração será o de “partilha”.
Vargas e Lula sepultaram o regime do Farol, que era o de “concessão”, que vem da mesma raiz etimológica de “conceder”.
Ou seja, os exploradores das jazidas, agora, vão ter que rachar com o povo brasileiro o que encontrarem lá embaixo.
Antes, eles levavam a grana para casa.
A participação da União no capital da Petrobrás deve aumentar de 32% para 42%.
O PiG (*) ainda não acordou para o que aconteceu naquela madrugada histórica.
Na primeira página, o Estadão parece (como sempre) preocupado com a “estatização” da Petrobrax.
A Folha (**) tem um novo colonista (***), que adverte, na pág. B15 (clique aqui para ler): a Petrobrás é maior do que no Brasil.
(Ele poderia sobrevoar a região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e dar uma olha nas plantações de cana, nas usinas, nas fábricas de equipamento para o etanol.)
O Globo se dedica à prática de uma calistenia provinciana: os royalties do Rio.
(Que serão do Rio faça chuva, faça sol.)
A elite conservadora piorou de qualidade.
Fossem o Chateaubriand e o Roberto Marinho vivos, e a Lula e Gabrielli não sairiam assim, de mansinho, com um sorriso discreto nos lábios, como se o Senado lhes tivesse dado de presente uma caixa de Sonho de Valsa.
Paulo Henrique Amorim
Sobre FHC
Deixa o PiG pensar que foi só um bombom
É provável que o principal legado do Governo Lula à presidente Dilma Rousseff e ao Brasil seja a vitória no Senado na madrugada de quinta feira, dia 10 de junho de 2010.
Lula aprovou uma Lei 2004 – como se Vargas recriasse a Petrobrás em 2010.
Lula, Dilma e Sergio Gabrielli, presidente da Petrobrás, estão na moita.
Para não despertar a ira do Roberto Marinho, Assis Chateaubriand e seus sucedâneos (mais medíocres).
O Farol de Alexandria tentou passar uma rasteira na Petrobrás e abriu uma brecha na exploração do petróleo.
Anteontem, Lula desmontou a arquitetura privatizante da Petrobrax.
A Petrobrás de Vargas e Lula deverá realizar a maior capitalização o mundo – US$ 60 bilhões – para poder explorar o pré-sal.
A Petrobrás é que vai explorar o pré-sal, com uma participação MÍNIMA de 30% em cada bloco de exploração.
O regime de exploração será o de “partilha”.
Vargas e Lula sepultaram o regime do Farol, que era o de “concessão”, que vem da mesma raiz etimológica de “conceder”.
Ou seja, os exploradores das jazidas, agora, vão ter que rachar com o povo brasileiro o que encontrarem lá embaixo.
Antes, eles levavam a grana para casa.
A participação da União no capital da Petrobrás deve aumentar de 32% para 42%.
O PiG (*) ainda não acordou para o que aconteceu naquela madrugada histórica.
Na primeira página, o Estadão parece (como sempre) preocupado com a “estatização” da Petrobrax.
A Folha (**) tem um novo colonista (***), que adverte, na pág. B15 (clique aqui para ler): a Petrobrás é maior do que no Brasil.
(Ele poderia sobrevoar a região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e dar uma olha nas plantações de cana, nas usinas, nas fábricas de equipamento para o etanol.)
O Globo se dedica à prática de uma calistenia provinciana: os royalties do Rio.
(Que serão do Rio faça chuva, faça sol.)
A elite conservadora piorou de qualidade.
Fossem o Chateaubriand e o Roberto Marinho vivos, e a Lula e Gabrielli não sairiam assim, de mansinho, com um sorriso discreto nos lábios, como se o Senado lhes tivesse dado de presente uma caixa de Sonho de Valsa.
Paulo Henrique Amorim
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